tag:blogger.com,1999:blog-10484905581007709112024-02-21T10:09:05.972-03:00Alma do meu sonhoUma vida descrita aqui em poesias da alma que sonha e sonhos de uma alma totalmente poética e imagética!Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.comBlogger482125tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-19839490394903830712015-03-19T11:32:00.000-03:002015-03-19T11:35:45.291-03:00 Reze pelas mulheres roubadas - Jennifer Clement<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs9ihlZWxtTBExKgL_Q_8958K5v9zUs8XtZ1gmJ9sDTsahDZyUaqN9bQ-9S90Y0pgNwgSUi7IHzSYNtrDMhPoQmiMmacJ7crqbNDtR7vuvE1k1C_JmFtOFGrlX2hls5EL3Ir3yLxOxmIc/s1600/Reze+pelas+mulheres.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs9ihlZWxtTBExKgL_Q_8958K5v9zUs8XtZ1gmJ9sDTsahDZyUaqN9bQ-9S90Y0pgNwgSUi7IHzSYNtrDMhPoQmiMmacJ7crqbNDtR7vuvE1k1C_JmFtOFGrlX2hls5EL3Ir3yLxOxmIc/s1600/Reze+pelas+mulheres.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
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Nascida nos Estados Unidos e criada no México, Jennifer Clement, que foi de 2009 a 2012 presidente do PEN México tendo seu trabalho focado no desaparecimento e assassinato de jornalistas, nos apresenta, em <b>Reze pelas mulheres roubadas </b>o resultado de uma série de entrevistas feitas com toda sorte de mulheres em Guerrero. Série essa que levou mais de dez anos, onde a autora entrevistou assassinas, ex-mulheres e filhas de traficantes, vítimas de abusos, meninas e mães abandonadas por pais, maridos e filhos, entregues a própria sorte numa das regiões mais violentas do México; no entanto, para contrabalancear a acidez de tantas formas de violência, a autora fez desses relatos, com uma boa dose de humor e poesia, uma obra de ficção. </div>
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<i><b>" Na nossa montanha não havia homens. Era como viver onde não havia árvores. É como ser uma pessoa com um braço só, minha mãe dizia. Não, não, não, ela corrigia a si mesma. Morar num lugar sem homens é como dormir sem sonhar.</b></i></blockquote>
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Nas montanhas de Guerrero, próximo a Acapulco, no México, nascer mulher é o pior que pode acontecer a uma família. Nascer mulher é como uma sentença de tortura, numa terra onde o que reina é a violência, seja a dos homens, da natureza, do Governo, do tráfico e a dureza que se auto-impõem, para garantir, diariamente, mais um dia de vida. Não há moradores homens nessa montanha, pois quando adulto eles têm dois caminhos: ou se tornam parte da rede de narcotráfico que controla boa parte do país ou vão embora para as cidades grandes pra conseguirem uma vida melhor e muitos ainda se arriscam em travessias ilegais das fronteiras com os Estados Unidos, em busca do sonho americano, prometendo às mães, esposas e filhas uma vida melhor, que voltarão com dinheiro e ainda acenam com a chance de as tirar da montanha quando tudo se estabilizar. Mas tudo não passa de parcas e porcas promessas... E é justamente quando li sobre essa evasão dos homens que me veio a lembrança um episódio da nossa própria história, os vastos casos das "Viúvas da seca", mulheres de todo o Nordeste brasileiro que foram abandonadas por seus maridos, que partiam para o "Sul" em busca de uma vida melhor, e com as mesmas parcas e porcas promessas, mulheres que tiveram que cuidar sozinhas dos filhos e do pedaço de terra seca que lhes cabiam... </div>
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Mas esse não é apenas mais um ponto antigo da história brasileira, ainda hoje temos notícias das "viúvas da seca" ou como também são chamadas" Viúvas de marido vivo", pois por conta das secas que ainda existem no Nordeste, uma boa parte dos homens ainda se ausentam, nos períodos da seca, enquanto as mulheres permanecem em casa, principalmente na zona rural, mantendo a organização do trabalho que lhe cabe, o feminino, o trato com a casa e os filhos, e ainda dando conta de todo o trabalho tido como masculino, lidando diretamente nos currais e lavoura. Mas diferentemente do Brasil, em Guerrero as mulheres devem se manter feias, precisam se camuflar, se escondem em buracos cavados na floresta, cortam os cabelos curtos, como homens e muitas vezes se mutilam, escondendo todo e qualquer traço de feminilidade, pois só assim se mantêm a salvo de serem simplesmente roubadas e usadas como escravas sexuais dos narcotraficantes.</div>
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Esse é todo o mote de <b>Reze pelas mulheres roubadas, </b>mas ainda há mais. Narrado em primeira pessoa, por LadyDi, (sim, seu nome é por conta da princesa inglesa) uma adolescente que, no vai e vem de seus dias, nos vai contando sua vida, e a das pessoas com quem convive, através de suas vivências, impressões e principalmente de suas memórias. Ela nos fala, num tom cru e direto, mas também poético e com um humor diferenciado, sutil, sobre o calor infernal da montanha, dos bichos peçonhentos que as rondam diariamente, da impossibilidade de ao menos se sentarem ao pé de uma árvore para descansar, pois podem ser "devoradas" pelas formigas e outros insetos; da falta de saneamento básico, de educação e saúde. O único salão de beleza das redondezas é o da bonita Ruth, que tinha o sonho de tornarem as mulheres mais bonitas, e por isso deu o nome de Ilusion ao seu salão... Sim, tudo uma grande ilusão, pois ela só trabalhava para torná-las ainda mais feias. Médicos e professores, só se viam com muito custo, profissionais desinteressados que mal davam conta de cumprir o prazo de sua obrigação de serviço social. Mas é quando o Professor José Rosa chega à cidade, com suas formas educadas e com toda a sua bagagem de conhecimentos que as meninas tomam consciência de quem realmente são e de como vivem.</div>
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<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i><b>"Ela era uma índia mayan pequena, marrom-escura, da Guatemala, com cabelo preto e liso. Eu era uma mistura tamanho médio, marrom-escura, de sangue espanhol e asteca de Guerrero, México, com cabelo crespo que provava que eu também tinha sangue africano, de escravos. Nós éramos apenas duas páginas dos livros de história do continente. Você podia nos arrancar do livro e nos amassar e jogar no lixo."</b></i></blockquote>
<br />
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i><b>“Quando olhamos para ele, olhamos para nós. Cada imperfeição, nossa pele, cicatrizes, coisas que nunca nem tínhamos notado, nós vimos nele”</b></i></blockquote>
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LadyDi ainda nos fala de seu difícil relacionamento com a mãe alcoólatra, cleptomaníaca, forte e que ainda carrega ardendo na pele a mágoa de ter sido traída pelo marido com todas as mulheres do vilarejo bem como com mulheres que ele certamente arrumou na América, mas que também se mantém informada porque, apesar de não ter saneamento básico em casa, elas têm televisão, onde assistem a programas como o National Geographic e a Ophra. </div>
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<i><b>“Minha mãe assistia à televisão porque era a única forma de sair da nossa montanha”</b></i></blockquote>
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<span style="background-color: white; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', Arial, sans-serif; font-size: 11.6639995574951px;"><br /></span></div>
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Nos fala ainda de suas melhores amigas, Maria, Paula e Estefani, de como tinham que correr pra se esconder quando ouviam os helicópteros sobrevoarem a montanha e descarregarem veneno nas plantações de papoula, de como viu Paula, <i><b>"mais bonita que Jennifer Lopez"</b></i> ser roubada pelos traficantes e voltar depois de um ano, como um fantasma, cheia de cicatrizes no corpo e na alma. E nos choca ao demonstrar como todos os tipos de violência são absorvidos ao cotidiano da vida como algo normal e como, apesar de toda dor, ainda há sentimentos de amor pela terra onde nasceu, pelas pessoas que as tornaram, de certa forma, ainda mais áridas.</div>
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<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<b><i>"aqui nós perdemos nossos homens, pegamos AIDS com ele, com suas putas americanas, nossas filhas são roubadas, nossos filhos vão embora, mas eu amo este país mais do que a própria vida.</i></b><b><i>Então ela disse a palavra México bem devagar, e repetiu: México. Foi como se lambesse a palavra de um prato."</i></b></blockquote>
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<b style="text-align: center;"></b></div>
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Ler <b style="font-style: italic;">Reze pelas meninas roubadas </b>foi uma ação totalmente ambígua; foi uma leitura dificílima dado o grau de violência e abandono que circunda a vida destas mulheres; entretanto, a forma como a autora consegue narrar estas histórias de tristeza e abusos, aliando um misto de discurso jornalístico, poesia e humor, a uma escrita econômica mas tão carregada de realismo transformou a experiência em algo fácil e prazeroso... De uma forma tão sensível e mesmo delicada, Jennifer Clement conseguiu esboçar perfeitamente os vínculos que foram criados entre as personagens, nos fazendo crer que apesar da violência e de todo o sofrimento é somente através dos vínculos afetivos que se é capaz de viver e mais, sobreviver. Foi como transitar entre o sagrado e o profano, entre o trágico e a inocência redentora. É um livro incrível, que nos mostra claramente o problema real que permeia as questões de gênero, de violência e de como é construída a vida social dessas comunidades desfavorecidas, esquecidas e deixadas de lado pelo poder público no México e em várias parte desse nosso vasto mundo. </div>
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<i><b>"amor não é um sentimento. É um sacrifício."</b></i></blockquote>
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<span style="color: red; font-size: x-large;">♥♥♥♥♥♥</span></div>
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<span style="text-align: start;"><i><b>PS: Reze pelas mulheres roubadas</b></i> é um dos cinco finalistas do <b>PEN/Faulkner Award for Fiction de 2015</b>, a mais importante premiação a reconhecer as mais relevantes obras de ficção publicadas nos Estados Unidos. O resultado sairá no dia 02 de maio de 2015.</span></div>
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<b>Título: Reze pelas mulheres roubadas</b></div>
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<b>Título original: Prayers for the stolen</b></div>
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<b>Tradução: Léa Viveiros de Castro</b></div>
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<b>Editora: Rocco</b></div>
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<b>Ano de lançamento: 2015</b></div>
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<b>Número de páginas: 240</b></div>
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<blockquote class="tr_bq" style="clear: both; text-align: center;">
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</blockquote>
Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-81619988391593046172015-03-18T14:47:00.000-03:002015-03-18T14:48:45.570-03:00O Buda no sótão - Julie Otsuka<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha7T0b2L4Bek9tYU4oOQUuIdRUoGZMkDcQG-JmBE8tXa_P1YD5U_QTtNqQlrdH_Su2wCyZP3o_krj3xeN_jAc7JZTKRqs5-sDiH-hXcJr_vM-eV3bCnj0rxR9JgBPnOeFAsjFOekpnyUo/s1600/O+Buda+no+s%C3%B3t%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha7T0b2L4Bek9tYU4oOQUuIdRUoGZMkDcQG-JmBE8tXa_P1YD5U_QTtNqQlrdH_Su2wCyZP3o_krj3xeN_jAc7JZTKRqs5-sDiH-hXcJr_vM-eV3bCnj0rxR9JgBPnOeFAsjFOekpnyUo/s1600/O+Buda+no+s%C3%B3t%C3%A3o.jpg" height="400" width="265" /></a></div>
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<i><b>“Porque se nossos maridos tivessem dito a verdade nas cartas - que não eram mercadores de seda, mas apanhadores de frutas, que não viviam em casas com muitos cômodos, mas em barracas, em celeiros e ao ar livre, nos campos, sob o sol e as estrelas - , jamais teríamos vindo para a América fazer o trabalho que nenhum americano com amor-próprio aceitaria fazer.”</b></i></blockquote>
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<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i><b>“Porque no Japão a pior ocupação que uma mulher pode ter é a de serviçal.”</b></i></blockquote>
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Em seu segundo romance, <b>O Buda no sótão</b>, a californiana, de ascendência japonesa, Julie Otsuka (1962) criou uma tapeçaria fina com um texto cru em sua sinceridade direta e emocionante, na qual somos capaz de vivenciar o sofrimento de toda uma comunidade, mas sem ser, de forma alguma, sentimentaloide; sendo ainda surpreendente o fato de tê-lo feito em um romance tão curto, já que o livro tem apenas 144 páginas.</div>
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<b>O Buda no sótão</b> é um romance centrado na vida de mulheres japonesas que emigraram para os Estados Unidos no início do século XX com a promessa, feita por seus desconhecidos maridos, conseguidos através de agências de matrimônio, de uma vida melhor na América; e segue até o lento desaparecimento de comunidades inteiras, enviadas, de forma vergonhosa e traumática, para os campos de concentração no Estados Unidos durante a Segunda Guerra, mais precisamente após o ataque a Pearl Harbor. </div>
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<blockquote class="tr_bq" style="text-align: center;">
<b><i>“No navio éramos quase todas virgens”</i></b></blockquote>
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Notamos, pela primeira frase do livro, que no romance não há uma protagonista, mas que este é narrado com uma espécie de coro, onde cada voz é a de todas as mulheres, onde o "nós" dá vida às experiências e relatos de toda uma individualidade, de vivências pessoais que se somaram. Fragmentos de estórias que falam de suas esperanças, dificuldades de adaptação, da exploração da mão de obra nos campos, a criação dos filhos que crescem aprendendo somente o inglês, até a gradual evacuação para os campos de concentração. O romance também é composto por capítulos que são todos temáticos, como o segundo, e o mais forte pra mim, Primeira noite, onde são relatadas as várias formas como as mulheres japonesas passaram a sua primeira noite com seus maridos que em nada eram como lhes haviam dito. </div>
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<br /></div>
<blockquote class="tr_bq" style="clear: both; text-align: justify;">
<i><b>" Naquela noiter nossos novos maridos nos possuíram prontamente. Nos possuíram com calma. Nos possuíram com gentileza, mas com firmeza, e sem dizer uma só palavra. Eles partiram do principio de que éramos as virgens que os casamenteiros haviam prometido, e por isso nos possuíram com cuidados excessivos(...) Eles nos possuíram como se nos merecessem e presumiram que faríamos por eles o que quer que fosse dito. Por favor, vire para a parede e se apoie sobre as mãos e os joelhos. Eles nos pegaram pelos cotovelos e disseram baixinho: "está na hora". Eles nos possuíram antes de estarmos prontas e por isso o sangramento não parou por três dias(...) Nos possuíram com cobiça, com fome, como se estivessem esperando para pegar uma de nós havia mil anos(...) Eles nos possuíram violentamente, com os punhos, sempre que tentávamos resistir. Eles nos possuíram apesar das mordidas(...) Eles nos possuíram de surpresa, já que algumas de nós nunca tinham recebido instruções da mãe sobre o que exatamente aquela noite representava. Eu tinha treze anos e nunca havia olhado um homem nos olhos."</b></i></blockquote>
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Cada capítulo se interliga de maneira perfeita, sem deixar nenhum fio solto nessa intricada tapeçaria e o ritmo é mantido de maneira impecável e vemos como, depois de décadas em solo americano, os japoneses ainda são submetidos à espoliação de seus bens e à humilhação maior, devido à ridícula xenofobia, que é o envio aos campos de concentração, como se da noite para o dia a condição tivesse se transmutado de uma vez, e o que era vítima, explorado, passasse a ser traidor. E é aqui que o "nós" cede lugar ao "eles".</div>
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<br /></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i><b>“Agora, sempre que converso com alguém, tenho que me perguntar: Será que essa pessoa é capaz de me trair? Precisávamos ter cuidado com o que falávamos perto dos nossos filhos mais novos também. O marido de Chieko foi denunciado como espião pelo filho de apenas oito anos de idade. Algumas de nós começavam a refletir sobre o próprio marido: Será que ele tem uma identidade secreta que eu não conheço?”</b></i></blockquote>
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O Buda no sótão, é, absolutamente, uma das minhas melhores leituras de 2015, devido a sua força, a sua poesia e à coragem de abrir uma fresta numa das passagens históricas mais abjetas do século XX, e que, até hoje, poucos se arriscam a lançar um pouco de luz.</div>
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<span style="color: red; font-size: x-large;">♥♥♥♥♥</span></div>
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<i><b>“Asayo - a mais bonita de nós - partiu do Rancho Novo em Redwood carregando a mesma maleta de junco que havia trazido consigo 23 anos atrás no navio. Ela ainda parecia novinha em folha. Yasuko partiu do apartamento em Long Beach com uma carta de um homem que não era o marido, cuidadosamente dobrada e guardada dentro do estojo de maquiagem no fundo da bolsa. Masayo partiu depois de ter dado adeus ao filho mais novo, Masamichi, no hospital de San Bruno, onde ele morreria de caxumba no fim daquela semana. Hanako partiu com medo e com tosse, mas tudo o que tinha era um resfriado. Matsuko partiu com uma dor de cabeça. Toshiko partiu com febre. Shiki partiu em transe. Mitsuyo partiu com náuseas e com uma gravidez inesperada, pela primeira vez na vida, aos 48 anos de idade. Nobuye partiu se perguntando se havia desligado o ferro de passar roupa, que usara pela manhã para retocar as pregas da blusa. Preciso voltar, ela dizia para o marido, que só olhava para a frente e não respondia. Tora partiu com uma doença venérea contraída na última noite no Hotel Palace. Sachiko partiu praticando o abecedário como se fosse apenas um dia qualquer. Futaye, que tinha o melhor vocabulário de todas nós, partiu atônita. Atsuko partiu com o coração despedaçado depois de se despedir de todas as árvores de seu pomar. Eu as plantei quando eram mudas. Miyoshi partiu com saudades de seu cavalo grande, Ryuu. Satsuyo partiu procurando os vizinhos, Bob e Florence Eldridge, que haviam prometido aparecer para se despedir. Tsugino partiu com a consciência tranquila depois de gritar um segredo horrível e há muito tempo guardado dentro de um poço(...) Shizue partiu do Acampamento número 8 na Ilha Webb entoando um sutra que havia acabado de lembrar depois de 34 anos. Meu pai costumava recitá-lo todas as manhãs diante do altar (…) Chiyoko, que sempre insistira para a chamarmos Charlotte, partiu insistindo para que a chamássemos Chiyoko. Mudei de ideia pela última vez (…) Haruko partiu deixando uma pequena imagem de latão de um Buda risonho lá no alto, em um canto do sótão, onde ele ri até hoje.”</b></i></blockquote>
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PS: Depois de ler a excelente resenha da Juliana Brina em seu blog <a href="http://opintassilgo.org/2014/10/30/resenha-o-buda-no-sotao-the-buddha-in-the-attic-de-julie-otsuka/" target="_blank">O Pintassilgo</a>, fico até encabulada das minhas parcas palavras, mas leiam a resenha dela se não os motivei a ler o livro, com certeza os argumentos dela lhes dará uma luz nova! ;o)</div>
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<b>Título: O Duda no sótão</b></div>
<b>Título original: The buddha in the attic</b><br />
<b>Autora: Julie Otsuka</b><br />
<b>Tradução: Lilian Jenkino</b><br />
<b>Editora: Grua</b><br />
<b>Ano de lançamento: 2014</b><br />
<b>Número de páginas: 144</b><br />
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-89015415014701897332015-03-12T15:10:00.002-03:002015-04-14T22:24:34.424-03:00O lugar sem limites - José Donoso<div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNYHaEt6DvZm_6pHWAwRHRc8PTIioxTOCRrGz-ej8aajAxzzlORt79H21DJGpWAVn1pmOnFtt0hD6D2nlLKIyKhUxNOMcLYPDMXzblEFqgAr_z_KLefL9f7x9GBhohp9rLdStf7nBFXgY/s1600/O+lugar+sem+limites.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNYHaEt6DvZm_6pHWAwRHRc8PTIioxTOCRrGz-ej8aajAxzzlORt79H21DJGpWAVn1pmOnFtt0hD6D2nlLKIyKhUxNOMcLYPDMXzblEFqgAr_z_KLefL9f7x9GBhohp9rLdStf7nBFXgY/s1600/O+lugar+sem+limites.jpg" /></a></div>
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O Lugar sem Limites é o segundo romance do chileno José Donoso (1924-1996), que se destaca ao lado de Gabriel García Márquez, Mario Vargas Llosa e Cortázar como um dos mais importantes escritores do chamado “boom literário latino-americano” do século XX. Publicado em 1965, o livro conta a história da travesti Manuela, proprietária de um bordel junto com sua filha, Japonesita, num vilarejo chefiado por Don Alejo.</div>
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Usando um cenário que é um misto de alegoria bem como de uma boa dose da realidade da América latina, onde o que impera é a violência, o descaso político e uma pobreza extrema, Donoso já colocava em xeque as questões de gênero, o machismo latino americano, nos apresentando a história da Manuela, uma travesti que comanda um bordel com sua filha Japonesita, que só se refere à Manuela por "papai", causando a ela vergonha e raiva, pois se vê como mulher e sofre ainda mais quando diante de todas as suas reiterações a filha não lhe dá ouvidos, e continua se referindo a ela como papai, como que para escancarar a enorme infelicidade de sua própria condição.</div>
<br />
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
"Fausto: Primeiro irei interrogá-lo sobre o inferno.<br />
Diga-me, onde é o lugar que os homens chamam de inferno?<br />
Mefistófeles: Debaixo do firmamento.<br />
Fausto: Está bem, mas onde?<br />
Mefistófeles: Nas entranhas desses elementos, onde somos torturados e ficamos para sempre: o inferno não tem limites, não se localiza num só lugar; porque o inferno é onde estamos, e onde for o inferno, lá estaremos para sempre...</blockquote>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Manuela é uma personagem incrivelmente complexa e vamos descobrindo-a aos poucos, à medida que o dia vai passando, pois o livro relata apenas um dia de sua vida, onde ela reafirma e rememora todos os seus infernos. Um único dia onde ela revive o medo e a esperança que lhe causa a chegada de Pancho Vega, um bruto que já a espancou uma vez e que volta com promessas de fazer o mesmo; mas o corpo, o primeiro e talvez maior inferno de Manuela, e quiçá o de todas as personagens, não quer a agressão prometida, mas o prazer de poder se tornar belo novamente em pleno movimento dentro de seu vestido vermelho...</div>
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<table><tbody>
<tr><td class="line-content" style="text-align: justify;"><blockquote class="tr_bq">
"A dança de Manuela o golpeia e ele quisera agarrá-la assim, assim, até quebrá-la, aquele corpo que começa a exalar seu odor agitando-se em seus braços e eu com Manuela que se agita, apertando para que não se mexa tanto, para que fique sossegada, apertando-a, até que olhe para mim com aqueles olhos de redoma aterrorizados e enfiando minhas mãos em suas vísceras viscosas e quentes para brincar com elas, deixá-la ali estendida, inofensiva, morta: uma coisa.</blockquote>
</td></tr>
</tbody></table>
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<br /></div>
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Como não poderia deixar de ser, o patriarcado, outro inferno, é reforçado na figura de Dom Alejo, uma espécie de coronel, senhor de terras e o todo poderoso da região, que ardilosamente manipula a todos com seu carisma, reforçando ainda mais o conceito da má distribuição de renda, a exploração da população mais humilde que se vê à míngua, abandonados num vilarejo perdido no meio do nada, à margem da sociedade. Será que a questão de gênero está assim tão distante da questão política denunciada por Donoso?</div>
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<br /></div>
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Não se engane com o tamanho do romance (ou novela, como alguns propõem), ou com a fluidez da narrativa de Donoso. <b>O Lugar sem limites </b>não é um livro fácil de ser lido; seja pela questão do mote, da sua força e emotividade, bem como pela própria estrutura narrativa. Donoso avança e retrocede no tempo, a voz narrativa também se altera, entre primeira pessoa e a de várias personagens. É um livro triste, melancólico, tão bem retratado pelo o autor, quando imprime o clima frio ao vilarejo que se torna lamacento e mal cheiroso, como se estivesse descrevendo o próprio inferno das personagens, a dor da incompreensão, do abandono, a própria solidão! </div>
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<span style="color: red; font-size: x-large;">♥♥♥♥♥</span></div>
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O livro também recebeu uma versão cinematográfica em 1978, sob a direção de Arturo Ripstein. </div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/FmANQBBFRSU" width="420"></iframe></div>
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<br />
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Título: O Lugar Sem Limites<br />
<div>
Título original: El lugar sin límites<br />
Autor: José Donoso<br />
Tradução: Heloisa Jahn</div>
<div>
Editora: Cosac Naify<br />
Ano de lançamento: 2013 </div>
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Páginas: 160</div>
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Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-37299221214108672042015-03-11T13:24:00.000-03:002015-03-11T13:24:27.136-03:00Um, dois e já – Inés Bortagaray<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsPtqmk5sza1OYfh6MD2voygqhnY6u4GhvuWDmUr-u4EdIAQDwabONohBdpuohEv76X30q8M5r-0_8XpA89De-_KSgyoK_a4jABLFtcSD_p1w6-cHbGczjSI_AsNE-_txSqXqjC9I90X8/s1600/umdoiseja.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsPtqmk5sza1OYfh6MD2voygqhnY6u4GhvuWDmUr-u4EdIAQDwabONohBdpuohEv76X30q8M5r-0_8XpA89De-_KSgyoK_a4jABLFtcSD_p1w6-cHbGczjSI_AsNE-_txSqXqjC9I90X8/s1600/umdoiseja.jpg" height="400" width="282" /></a></div>
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Estava me preparando para uma viagem curta e de última hora quando me perguntei o que levaria pra me distrair durante a viagem. Então resolvi que leria <b>Um, dois e já</b>, primeiro livro da uruguaia Inés Bortagaray lançado no Brasil, e qual a minha surpresa ao, já dentro do ônibus, me deparar com uma outra viagem...</div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
Uma família composta por pai, mãe e seus quatro filhos, estão de férias a caminho da praia. Quem narra essa história em trânsito, é a filha do meio, que tem cerca de 10 anos de idade. Sem se nomear, e entre jogos e brigas pra ver quem finalmente se sentará à janela (trocam de lugar a cada 200 km), entre cochilos e sonhos, e digressões de todas as ordens, é ela quem nos guiará por sua vida, a de sua família e é por seus comentários, em sua visão infantil, que também começaremos a nos localizar no tempo e espaço da obra.</div>
<br />
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
"A mudança de lugar é trabalhosa. Piso no meu irmão, que protesta, deslizando rapidamente para o canto. Minha irmã mais velha abre as pernas comprimidas e sua coxa esquerda rouba um pouco do meu espaço. Não cedo e abro as pernas também. Engulo uma reclamação enquanto meu joelho pressiona o dela..."</blockquote>
<br />
Em momento algum a autora cita lugar e tempo, mas é através das observações e reflexões pueris da narradora, que teme um "acidente" com o pai, que ouve pequenas trechos de notícias pelo rádio do carro, que passamos a ter ideia de que toda a história se dá num dos mais tristes momentos da história do Uruguai, ou seja, à época da ditadura, entre o final da década de 70 e o início da década de 80..<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
“O locutor da voz grave me dá dor de barriga. Fico com medo do jeito que ele fala; fala de tarifas. Penso nos tarifas: uma tribo de aborígenes tarifas desce correndo a encosta de um monte parecido com esses das silhuetas escuras da estrada. Os tarifas descem correndo, batendo com a mão na boca e gritando que nem selvagens. Meu irmão atira uma flecha no chefe dos tarifas e acerta na testa dele. Ele cai com os olhos vazios. Eu subo num galho alto de uma árvore do vale e vejo os tarifas avançando como formigas que avançam em multidão. São formigas, de repente. Não me assusto. Tensiono o arco e a flecha dispara e atravessa a garganta de uma tarifa horripilante. É a esposa do chefe. Me vanglorio. Estamos conseguindo nos defender.”</blockquote>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A narradora é uma criança, de fato, e o fluxo de pensamento e a sua fala seguem os parâmetros da sua idade, e é justamente esse equilíbrio entre o pueril e lírico olhar da criança e a elegância da escrita da Inés, que não cai no pieguismo uma vez sequer, que torna a novela ainda mais interessante. E a gente, leitores encantados, seguimos com ela essa viagem, e compartilhamos do seu desejo de que, ao final, ela não se acabe, já que, com certeza, essa viagem é como tantas que também já fizemos, ou que eu, pelo menos, já fiz, quando era mais fácil reunir a família inteira dentro de um Chevett branco...</div>
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<span style="color: red; font-size: x-large;">♥♥♥♥</span></div>
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<br /><br /><b>Título: Um, dois e já<br />Título original: Prontos, listo, ya<br />Autora: Inés Botagaray<br />Tradução: Miguel Del Castillo<br />Editora: Cosac Naify</b><div>
<b>Lançamento: 2010<br />Número de páginas: 96</b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
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Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-9487919369348229782015-03-10T12:56:00.000-03:002015-03-11T13:25:28.863-03:00Voltando com nova parceria e gás total!<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3p6FKLpXFvOtzOibOfyx1JjdanVj6Q-DHviGVwOwQE-ltr-5BwB0R3jNqFaHVxoaPyYonDDi6zX_m003XdQchbvLxZRQ8o9qX-2js5NzrqhiAf5B0NBl8efTRAwJzxar9K4qys3koheg/s1600/radio.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3p6FKLpXFvOtzOibOfyx1JjdanVj6Q-DHviGVwOwQE-ltr-5BwB0R3jNqFaHVxoaPyYonDDi6zX_m003XdQchbvLxZRQ8o9qX-2js5NzrqhiAf5B0NBl8efTRAwJzxar9K4qys3koheg/s1600/radio.png" /></a></div>
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Há dias em que as coisas se apresentam pra nós de uma forma tão surpreendente que ficamos até mesmo meio que sem chão ou acabamos ficando sem fala de tão alegres.</div>
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Ontem fiquei extasiada com o e-mail que recebi da editora Rádio Londres confirmando parceria com o blog e o canal! Sim, mais uma editora pra chamar de minha parceira! ;oD<br />
<a name='more'></a></div>
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O que me deixou ainda mais feliz nessa parceria, é que a Rádio Londres, uma editora independente, cuja sede está no Rio de Janeiro, chegou chegando desde janeiro de 2015 com um catálogo pra lá de interessante e um foco em literatura estrangeira e em autores que nunca tinham sido traduzidos aqui no Brasil.</div>
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Quero muito agradecer à confiança da Rádio Londres e desejar uma vida longa a nossa parceria, que tenho certeza será, pra mim, no mínimo, incrível! ;oD</div>
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E você, corre pra saber mais dessas novidades lindas ó:</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgDG5sm7P7kDFZ5P0YYh_Hn8AJd4P_46BT9J_lT69QgfpJtOyqUWhaJpPuiZCecnnUeWJLTkMpOLbrAVROWPfw5pvp7vaNhF_jiR9vWHXnIT_ALNYGj4teACeojcoAZghcYvm5zjkS9pw/s1600/1533915_690393254410366_1777516461257481131_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgDG5sm7P7kDFZ5P0YYh_Hn8AJd4P_46BT9J_lT69QgfpJtOyqUWhaJpPuiZCecnnUeWJLTkMpOLbrAVROWPfw5pvp7vaNhF_jiR9vWHXnIT_ALNYGj4teACeojcoAZghcYvm5zjkS9pw/s1600/1533915_690393254410366_1777516461257481131_n.jpg" height="194" width="640" /></a></div>
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E não fique por fora das novidades da Rádio Londres, e se conecte à ela também por suas redes sociais:</div>
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<div align="justify" class="western" style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;">
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<br /></div>
<div align="justify" class="western" style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;">
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<div align="justify" class="western" style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Caladea, serif; font-size: 12pt; line-height: 16px;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;">
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<div align="justify" class="western" style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Caladea, serif; font-size: 12pt; line-height: 16px;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 13px; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Caladea, serif; font-size: 12pt; line-height: 16px;"><br /></span></div>
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Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-24946550705435174842015-02-27T08:30:00.001-03:002015-02-27T08:30:43.243-03:00Livros novos de Dez/2014 a fev/2015<div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/zE99ZoiNC8Q" width="480"></iframe></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">E até que enfim 2015 começou por aqui também, né! rs</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div>Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-19312284914973900662014-11-18T13:38:00.001-02:002014-11-18T13:38:11.856-02:00Apareceu a margarida!!!<div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/jYgC7SImuKM" width="480"></iframe></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><span style="color: red; font-size: x-large;">♥ ♥ ♥ ♥ ♥</span></div>Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-11819414528657815992014-08-06T18:16:00.001-03:002014-08-06T18:16:12.819-03:00Duas, uma: Eu<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiprInKf2jJN8a9XRdgigMDJDewQ_soigDSW8Kg2_K9ciT3cC1Lh2T9KtDMPu6ABJvSuU9O_NwbKxfBjK2BNx8cWASWxnqivDy7waj4UqfGLQP26BfkK8WwjemYx8Yi_aHv9NNFJKfYZS0/s1600/Erotic_VI_by_kblovsk.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiprInKf2jJN8a9XRdgigMDJDewQ_soigDSW8Kg2_K9ciT3cC1Lh2T9KtDMPu6ABJvSuU9O_NwbKxfBjK2BNx8cWASWxnqivDy7waj4UqfGLQP26BfkK8WwjemYx8Yi_aHv9NNFJKfYZS0/s1600/Erotic_VI_by_kblovsk.jpg" height="400" width="262" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
uma parte de mim </div>
<div style="text-align: center;">
resmunga por movimento</div>
<div style="text-align: center;">
outra parte de mim</div>
<div style="text-align: center;">
grita pela inércia</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
uma parte de mim</div>
<div style="text-align: center;">
chora a palavra que não chegou aos dedos</div>
<div style="text-align: center;">
outra parte de mim</div>
<div style="text-align: center;">
sorri o silêncio em desdentada boca</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
uma parte de mim</div>
<div style="text-align: center;">
suspira por um nova vírgula</div>
<div style="text-align: center;">
outra parte de mim</div>
<div style="text-align: center;">
canta o ponto final do exílio</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
uma parte de mim</div>
<div style="text-align: center;">
esconde o adeus na curva do braço</div>
<div style="text-align: center;">
outra parte de mim</div>
<div style="text-align: center;">
implode pela angústia da espera</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
uma parte de mim</div>
<div style="text-align: center;">
sugere a singeleza de tantos sins</div>
<div style="text-align: center;">
outra parte de mim</div>
<div style="text-align: center;">
flagela a carne com a torrente de nãos</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
uma parte de mim</div>
<div style="text-align: center;">
prefere esquecer a outra</div>
<div style="text-align: center;">
outra parte de mim</div>
<div style="text-align: center;">
teimosa que só</div>
<div style="text-align: center;">
grita que irá encontrar-me</div>
<div style="text-align: center;">
em todos os dias que se farão...</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Patrícia Di Carlo</div>
<div style="text-align: center;">
Imagem: <a href="http://kblovsk.deviantart.com/">kblovsk</a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-58623334098274210132014-08-01T13:40:00.001-03:002014-08-01T13:41:16.533-03:00Aquisições de junho de 2014<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/LE4eoUfd6QQ" width="480"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<i><b>Aquisições:</b></i></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
* E se fosse verdade - Marc Levy</div>
<div style="text-align: center;">
* Deixei ele lá e vim - Elvira Vigna</div>
<div style="text-align: center;">
* A sociedade literária e a torta de casca de batata - Mary Ann Shaffer e Annie Barrows</div>
<div style="text-align: center;">
* Terra descansada - Jhumpa Lahiri</div>
<div style="text-align: center;">
* Sobre a beleza - Zadie Smith</div>
<div style="text-align: center;">
* As cataratas - Joyce Carol Oates</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<i><b>Pessoas Citadas:</b></i></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red;">♥</span> Paula Dutra - <a href="http://pipanaosabevoar.blogspot.com/" target="_blank">Pipa não sabe voar</a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red;">♥</span> Aline Aimée - <a href="http://www.little-doll-house.com/" target="_blank">Little Doll House</a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red;">♥</span><a href="http://vigna.com.br/" target="_blank"> Elvira Vignha</a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red;">♥ </span>Gabriela Francine - <a href="https://www.youtube.com/user/Viverpraler/videos" target="_blank">Viver pra ler</a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red;">♥</span> Denise Mercedes: Canal <a href="https://www.youtube.com/channel/UCQDhmSqngsDpiFNr5gAz0XA" target="_blank">Cem anos de literatura</a> e<a href="http://cemanosdeliteratura.blogspot.com.br/" target="_blank"> blog</a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Vocês também me acharão por aqui:</div>
<div style="text-align: center;">
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<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-64393536864031025622014-07-30T17:14:00.000-03:002014-07-30T17:14:15.036-03:00... silente...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5RkOsE5zoszXV1DLdts5zYQOJVxeY9YC42wlVnaA_OOvloFXSr97Sx0bLnYKmqUK7nd_Xp19dmyn68JeGT7luWeSYBJV0THQdDkmI5H7ofO3wqDuuCwRSTf68MNCg1kmiWzO8DePaSnA/s1600/tumblr_lw71bm7ye21r5640po1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5RkOsE5zoszXV1DLdts5zYQOJVxeY9YC42wlVnaA_OOvloFXSr97Sx0bLnYKmqUK7nd_Xp19dmyn68JeGT7luWeSYBJV0THQdDkmI5H7ofO3wqDuuCwRSTf68MNCg1kmiWzO8DePaSnA/s1600/tumblr_lw71bm7ye21r5640po1_500.jpg" height="400" width="213" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px; margin-bottom: 6px;">
</div>
<div style="text-align: center;">
há um silêncio gritando em meu peito</div>
<div style="text-align: center;">
um silêncio daqueles em que falo, </div>
<div style="text-align: center;">
calo e quase não me apercebo de mim nem dele</div>
<div style="text-align: center;">
há um silêncio doído, rouco, quase louco</div>
<div style="text-align: center;">
um silêncio de casa abandonada</div>
<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><div style="text-align: center;">
quase tão bem assombrada quanto eu...</div>
<div style="text-align: center;">
há um silêncio que grita em mim </div>
<div style="text-align: center;">
silêncio que,</div>
<div style="text-align: center;">
por hora,</div>
<div style="text-align: center;">
não quero calar.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</span><br />
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.31999969482422px;">
<div style="margin-bottom: 6px;">
</div>
<div style="text-align: center;">
Patrícia Di Carlo</div>
<div style="text-align: center;">
Imagem: Desconheço a autoria, mas encontrei <a href="http://la-flama.tumblr.com/post/14212229715" target="_blank">aqui:</a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-align: center; text-decoration: none;">
<br /></div>
</div>
<br />Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-46454652765811462632014-07-09T12:23:00.000-03:002014-07-09T12:23:08.557-03:00espaços, esparsos, faltos<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixuvM20_HJXSSChz7K3oFr_rx-SxdznmNqPZY5juH_STppaf-B5o90G8bVQoHxV_5KkCEhrUQ535pbK18nguYskmDNMtfn-gTsp1Qcj86cC9QVEwteX4mE00VJ7XmNX8lbumZBS3_hWhc/s1600/The_Loved_Birds_by_luminatii.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixuvM20_HJXSSChz7K3oFr_rx-SxdznmNqPZY5juH_STppaf-B5o90G8bVQoHxV_5KkCEhrUQ535pbK18nguYskmDNMtfn-gTsp1Qcj86cC9QVEwteX4mE00VJ7XmNX8lbumZBS3_hWhc/s1600/The_Loved_Birds_by_luminatii.jpg" height="640" width="331" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;">há espaços vagando em mim,</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;">uma vaga lembrança de um céu cheio</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;">úmido, nimbos</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;">meus cabelos acinzentaram à frente,</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;">as unhas sujas tentam ajeitar o vazio</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;">mas não há mais nimbos, só o enxuto cinza</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;">há passos querendo seguir em curvo caminho</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;">e desertos em minha boca</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;">onde está a minha coragem, me pergunto</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;">cansei de me crucificar ao</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;">servilismo do destino e </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;">meus passos se liquefazem</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;">quisera fossem asas...</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;">Patrícia Di Carlo</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;">Imagem by Luminatii</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #990000;"><br /></span></div>
<br />Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-70167415789844917172014-06-06T13:45:00.003-03:002014-06-06T13:45:52.594-03:00Resenha: O Sincronicídio - Fábio Shiva<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEju9C6GveihaLfgpSdDHtuBd5dC8w5hDfni8AichUiipDLs0t0K7_pQDQVYt8DAhtGZSkSFzZV1X2Byerr4VnYpeEDXp2do8hfuX7uaG3_dNLDjsu9-CzRi4iFZkRF7RQ66dF7NqSWMUso/s1600/o+sincronic%C3%ADdio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEju9C6GveihaLfgpSdDHtuBd5dC8w5hDfni8AichUiipDLs0t0K7_pQDQVYt8DAhtGZSkSFzZV1X2Byerr4VnYpeEDXp2do8hfuX7uaG3_dNLDjsu9-CzRi4iFZkRF7RQ66dF7NqSWMUso/s1600/o+sincronic%C3%ADdio.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq" style="clear: both; text-align: center;">
"A própria vida não é mais que um intervalo entre dois esquecimentos."</blockquote>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Há muito pouco tempo que conheci melhor e derrubei o meu preconceito literário com relação aos romances policiais, e foi justamente por me sentir um tanto quanto inapta é que fiquei com um certo receio de resenhar, mesmo antes de ler, o primeiro livro que recebi da minha primeira e única parceira, a Caligo Editora...</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<b><i>O Sincronicídio</i></b>, do Fabio Shiva, me intrigou logo de cara, me chamou a atenção a mescla de estilos que propagava e a tremenda curiosidade que senti em saber como seria um romance policial de um cara tão musical e zen! rs</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br /><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Mas a surpresa que o livro me trouxe foi ainda maior, pois em suas 520 páginas eu me surpreendi, ri, fiquei intrigada, senti mal estar, ou seja, o livro me trouxe uma mescla de sentimentos que acredito me fez gostar ainda mais dele. Também fiquei encantada com a editoração e todo o trabalho gráfico. O livro é dividido em 4 partes e cada capítulo é pontuado de acordo com a numeração e citação dos 64 hexagramas do milenar oráculo chines, o I-ching, que tem tudo a ver com o que será relatado da trama, e os capítulos ainda são pontuados pelas jogadas da estratégia enxadrista , Passeio do cavalo.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdTa2rNz6GQIjHq0ViUwzXRt71V5lao1f3cNz5piIUqaBoYhskDFvnXiGz1wWZ-jaNYtQHvaD56yXmIo_8t_fJ1RfH0xc7PEJP7_N33CqP1CgOk11Z1KbdRqAaUKpE7gctpGa7HyW0A2g/s1600/2014-06-06+12.15.17.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdTa2rNz6GQIjHq0ViUwzXRt71V5lao1f3cNz5piIUqaBoYhskDFvnXiGz1wWZ-jaNYtQHvaD56yXmIo_8t_fJ1RfH0xc7PEJP7_N33CqP1CgOk11Z1KbdRqAaUKpE7gctpGa7HyW0A2g/s1600/2014-06-06+12.15.17.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Foi-me impossível não interagir diretamente com o livro e rabiscá-lo inteiro enquanto lia. Muitas vezes me surpreendi questionando-me se toda a bagagem cultural demonstrada no livro seria só do autor <i>[Fábio tem um extenso currículo e bagagem cultural vasta, conheça mais um pouco dele<a href="http://caligoeditora.com/2014/01/24/fabio-shiva/" target="_blank"> aqui!</a>]</i> ou o narrador[es] fora beneficiado com essa qualidade? Ao longo da leitura, que é fluida e ligeira vamos sendo apresentados a assuntos como história, filosofia, transcendentalidade, fatos reais, pros que têm boa memória, religião e sexo, muito sexo, mas que não chega a ser algo apelativo, como veremos ao longo da leitura, já que é parte fundamental da trama.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>O Sincronicídio</i></b> é um romance policial, um suspense investigativo, que nos brinda com uma história extremamente original, que tem a intenção de homenagear todos os estilos de livros policiais, e vai do noir ao escatológico de uma forma bem interessante! Além do fato de que o autor aproveitou de uma forma brilhante o conceito de Sincronicidade de Jung. É narrado em primeira pessoa por um personagem inicialmente não identificado, e está totalmente focado no protagonista, o inspetor de polícia Alberto Teixeira, que já nos é apresentado de cara como um homem jovem, sensível, inteligente, um tanto quanto bruto e com um bom físico, quase sexy e com um falo avantajado! O que veremos nas 520 páginas do livro, é um emaranhado de eventos não convencionais e cheio de reviravoltas que nos faz não querer largar o livro, até o fim que é, de fato, surpreendente! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fábio Shiva lança mão de uma narrativa simples, provocativa, direta, instigante, de um suspense crescente e sem clichês, tudo muito bem contextualizado e sem fios soltos. A qualidade gráfica da edição, como já disse é primorosa e o conteúdo nos apresenta um autor bastante intelectualizado, mas que não cai no pedantismo, que é simples sem ser vago, e ainda nos brinda com um senso de humor apurado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E por favor, não me peçam pra falar mais, porque não há como esticar mais esse meu fio sem cair na trama e com isso estragar toda a surpresa que o livro encerra. Leia, e tenha a certeza de que se surpreendera tanto quanto eu, no mínimo! ;o)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-size: x-large;">♥♥♥♥</span></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Título: O Sincronicídio - Sexo, morte e revelações transcendentais</div>
<div style="text-align: justify;">
Autor: Fabio Shiva</div>
<div style="text-align: justify;">
Editora: Caligo</div>
<div style="text-align: justify;">
Edição: 1</div>
<div style="text-align: justify;">
Ano: 2013</div>
<div style="text-align: justify;">
Número de páginas: 520</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-57701517629946124802014-04-15T15:54:00.003-03:002014-04-15T15:54:47.176-03:00Dentro de ti ver o mar - Inês Pedrosa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5SUvwXXRulOsbjyW2uHq5wMWUKvSYdXKLILSmyzGO1eFWe62Cqef-2VdvcdZpIWysSpEMWrD0XmpnZFIp67Agmq0GRNMQceHHKJHf2hitw56ZXXS-Mb1PeQjwAB8Ep9fPhSuDZkXgKIg/s1600/imagem+(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5SUvwXXRulOsbjyW2uHq5wMWUKvSYdXKLILSmyzGO1eFWe62Cqef-2VdvcdZpIWysSpEMWrD0XmpnZFIp67Agmq0GRNMQceHHKJHf2hitw56ZXXS-Mb1PeQjwAB8Ep9fPhSuDZkXgKIg/s1600/imagem+(1).jpg" height="400" width="255" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Quem me acompanha há mais tempo por aqui e ou pelo canal no Youtube, já sabe do amor que nutro pela escrita da linda Inês Pedrosa, autora portuguesa que descobri em 2003 quando me deparei com maravilhoso "Fazes-me falta", seu romance de estreia no Brasil. E desde que soube do lançamento de seu último título em Portugal, fiquei em cólicas, torcendo pra que ele chegasse logo por aqui, o que só aconteceu em setembro de 2013. Comprei logo o meu, mas acabei protelando a leitura, no melhor estilo "felicidade clandestina", aguardando mais um pouco pelas surpresas e emoções que certamente sentiria ao ler mais esse romance dela.</div>
<div class="separator" style="clear: both;">
</div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
Para quem ainda não conhece [e isso é uma falta horrível! rs], Inês Pedrosa é portuguesa, nasceu em 1962, e trabalhou em diversos jornais, revistas, em rádio e televisão, tendo recebido vários prêmios de jornalismo. É, desde fevereiro de 2008, diretora da <a href="http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/index.php?id=2258" target="_blank">Casa Fernando Pessoa</a>. Publicou dezoito livros, entre os quais se destacam seis romances: A instrução dos amantes (1992), Nas tuas mãos (1997), <a href="http://almadomeusonho.blogspot.com.br/2012/06/resenha-fazes-me-falta-ines-pedrosa.html" target="_blank">Fazes-me falta</a> (2002), A eternidade e o desejo (2007), <a href="http://almadomeusonho.blogspot.com.br/2013/01/resenha-os-intimos-ines-pedrosa.html" target="_blank">Os íntimos</a> (2010) e Dentro de ti ver o mar(2012).<br />
<br />
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq">
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
"Acordava no poço da noite com o coração enforcado naquela frase.<br />– Entrar em ti e dentro de ti ver o mar.<br />O ruído dos aviões já não a despertava. Habituara‑se. Gostava do som dos motores no céu, provocava‑lhe uma sensação de liberdade. Vivia no extremo onde nada evolui. Existe um momento em que o amor deixa de ser uma narrativa e se imobiliza. Tentara livrar‑se da frase apagando o homem que a proferira. Mas a água do amor foge e volta, pesada, carregada de restos."</blockquote>
</blockquote>
<div>
<br /><div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Dentro de ti ver o mar</b> está totalmente impregnado com o estilo de escrita da Inês, que andou modificando um pouco no romance anterior, "Os íntimos". Podemos encontrar nele as cenas de amor que só ela é capaz de criar, as personagens construídas de forma tão intensa e totalmente verossímil, as questões políticas muito bem inseridas no contexto do romance bem como a globalização, e apesar de a questão da identidade ser a mola propulsora do romance, nele encontramos a paixão, o amor e a solidão em completa sintonia com o ritmo de um fado bem cantado e bailado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
São três as protagonistas desse romance, três mulheres que lutam contra e desviam-se das regras impostas em busca de si mesmas, de sua voz, cujas vidas se entremeiam de uma forma forte, suave e cheia de amor. A fadista Rosa, que se entrega a uma paixão avassaladora por Gabriel, um homem casado e incapaz de assumir seus reais sentimentos, que vive um casamento pontuado pelo abuso emocional com que lida com a esposa e a conveniência de usar os filhos como desculpa para manter-se ligado ao casamento. Depois de perder a mãe, e diante de uma revelação que a deixa sem chão, Rosa sai à procura do pai que nunca conheceu. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seu caminho se cruza com o de Farimah, engenheira iraniana que se casa com um homem soropositivo para escapar de um casamento forçado pelo pai, e que abandona um bom emprego para conhecer a liberdade em Portugal, mas qual será essa liberdade, onde ela se encontra? E é nesse sentimento de desorientação que poderemos acompanhar os passos dessa forte iraniana!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E também temos Luísa, filha bastarda de um aristocrata, que sempre sofreu os abusos da madrasta e da irmã, mulher forte e independente, que gosta de homens ricos mas que não quer saber do apego e que quando jovem abriu mão da própria filha. E é através de Luisa que Farimah consegue se estabelecer em Portugal.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Inês Pedrosa tem uma relação de carinho extremo pelo Brasil, e uma parte de seu romance é ambientado no Rio de Janeiro, onde fala do país e dos nossos costumes com um carinho e desvelo quase palpáveis! Um outro ponto de destaque que dou ao livro, e creio ser a primeira vez que a autora o usa, é o fato dela se inserir na história como personagem, como uma espécie de coro, muito utilizado na tragédia grega, mas de uma forma clara, nomeada inclusive como autora. Achei esse recurso incrível!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sentir a ousadia da autora em criar uma fadista que destoa em suas letras do tradicional fado português é outro ponto que me cativou! Rosa é uma fadista erótica, fazendo do sexo uma espécie de sub-mote para o romance. É em suas letras que ela lança a sua dor e desejos, tirando a característica tradicional do fado, que é um certo fatalismo reconfortante, para dar a ele o tom imprevisível das paixões e do sexo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Ler um livro da Inês é como mergulhar numa mar de sensações tão fortes e claras da mesmo forma que são sutis e elegantemente poéticas. E <b>Dentro de ti ver o mar</b> é um convite ao bailado de um fado sensual, com suas paixões, dores, fomes, desejos, culpas, reconciliações, perdas e sobretudo com o mergulhar em si mesma!</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: center;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: center;"><br /></span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: center;">
"As palavras ficam sempre aquém da dor."</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-size: x-large;">♥♥♥♥</span></div>
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: left;">
<b>Título:</b> Dentro de ti ver o mar</div>
<b>Autora:</b> Inês Pedrosa<br /><b>Editora:</b> Alfaguara <br /><b>Ano de lançamento:</b> 2013<br /><b>Número de páginas:</b> 256<div style="text-align: justify;">
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Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-33903586832860521642014-04-14T21:43:00.000-03:002014-04-14T21:43:00.597-03:00O Mel de Ocara - Ler, viajar, comer - Ignácio de Loyola Brandão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLLnEHOu2_PUKBm4pBRkv72UJiNpGf8rE85LCkj-41XQLzrneqCzt2M3NBJvI7aJpMoXY-JQyFMJJJqpd1tHu9BtNoehgpZkyTK135vuRp0YE18CFKD5G34MqU9Ozb7GqNg71-OoBAgv0/s1600/imagem.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLLnEHOu2_PUKBm4pBRkv72UJiNpGf8rE85LCkj-41XQLzrneqCzt2M3NBJvI7aJpMoXY-JQyFMJJJqpd1tHu9BtNoehgpZkyTK135vuRp0YE18CFKD5G34MqU9Ozb7GqNg71-OoBAgv0/s1600/imagem.jpg" height="400" width="272" /></a></div>
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Meu primeiro contato com as letras do Brandão foi em 2003, quando caiu em minhas mãos o primeiro romance dele que li: "O beijo não vem da boca". Lembro que esse título me deixou elétrica e o li com uma voracidade deliciosa. Ignácio de Loyola Brandão nasceu em Araraquara, São Paulo há quase 78 anos e é um dos mais bem sucedidos escritores brasileiros com 40 livros lançados e muitos quilômetros rodados por esse Brasil e mundo a fora! </div>
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<a name='more'></a><br /><br />
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E como já não é novidade, há muito tempo que escritores perderam aquela fama de inatingíveis, inacessíveis em seu mundo criativo, ao contrário, estão cada dia mais próximos do publico que os lê, ainda mais com as bienais, feiras literárias, encontros literários, enfim, os escritores hoje, não apenas os brasileiros, já colocam o pé na estrada com o intuito de interagir com seus leitores, divulgar seus lançamentos e, claro, conquistar novos leitores. Apenas para termos uma ideia vaga do quanto essas viagens são importantes para um autor, só em 2013, o Brandão visitou nada menos que 46 cidades brasileiras! E é sobre isso que trata o seu mais recente livro!</div>
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<b>O mel de Ocara - Ler, viajar, comer, </b>é um livro com pequenas crônicas em que o autor conversa livremente com os leitores sobre as suas viagens pelo interior do país como por suas memórias afetivas que são sempre despertadas por um encontro, um prato típico, um sabor inusitado, um poema, um agrado inesperado. Os textos todos são leves, alguns com um tom mais forte de uma crítica política mais direcionada, mas podem ser lidos aos poucos, aleatoriamente e ou direto, bem como preferir.<b> </b></div>
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<blockquote class="tr_bq" style="text-align: center;">
A literatura pode não ter me dado dinheiro, mas me tem feito conhecer o Brasil"</blockquote>
<br />
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Como uma espécie de diário, que não é cronológico, mas que tem todas as suas crônicas datadas, o livro nos faz viajar por um universo de cheiros, sotaques, sabores e histórias engraçadas, emocionantes que nos deixam com vontade de estar em algumas muitas dessas viagens com ele e outros autores que ele foi encontrando e nos contando; mas também senti, depois da metade do livro, um pouco do mais do mesmo, um certo tédio no ar, mas esse fastio eu acabo colocando na conta da minha falta de concentração, chatice e ressaca do mês de fevereiro! ;o) </div>
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<span style="color: red; font-size: x-large;">♥♥♥</span></div>
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<span style="color: red; font-size: x-large;"><br /></span></div>
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<span style="color: red; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<b>Título:</b> O mel de Ocara - Ler, viajar, comer<div>
<b>Autor: </b>Ignácio de Loyola Brandão</div>
<div>
<b>Editora:</b> Global</div>
<div>
<b>Ano de lançamento:</b> 2013</div>
<div>
<b>Número de páginas: </b>240<br /><div style="text-align: justify;">
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Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-25795892147028372212014-04-14T17:57:00.002-03:002014-04-14T17:58:26.095-03:00Resenha: Alta Fidelidade - Nick Hornby<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_T3FK8whvoo43FYuSwa4_uloCNsIC_wf4gOZia88ar7pGj6qSYUbkY7stMCQX2BjmoA_6qeZkL97JWs4ku7IT9gJbY5NZFG8n4ieeGdds3_iCTYe5gX4ESAiysTk2bVvwTOJudSuP9KM/s1600/113986988_1GG.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_T3FK8whvoo43FYuSwa4_uloCNsIC_wf4gOZia88ar7pGj6qSYUbkY7stMCQX2BjmoA_6qeZkL97JWs4ku7IT9gJbY5NZFG8n4ieeGdds3_iCTYe5gX4ESAiysTk2bVvwTOJudSuP9KM/s1600/113986988_1GG.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Há muito tempo que tenho vontade de ler Alta Fidelidade, do autor inglês Nick Hornby, mas sempre protelava, por folear e não achar que estava na vibe e coisas desse tipo. Sim, pra seguir numa leitura até o fim eu preciso ser completamente fisgada pelas letras do autor, ou então cair de amores por um ou outro personagem. E isso só aconteceu ao final de fevereiro, quando efetivamente deslanchei com essa deliciosa leitura!</div>
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<a name='more'></a><br />
O romance nos apresenta Rob, um cara de 35 anos, dono de uma loja de discos quase falida, nos idos anos 90, que adora fazer listas e que, após o rompimento com sua namorada, se vê perdido, ou melhor, no fundo do poço de todos as esferas da sua vida! Rob é apaixonado por música, filmes e passa quase todo o tempo com seus dois funcionários listando as 5 melhores músicas da vida, os 5 melhores álbuns e claro, o livro começa com ele listando seus 5 principais rompimentos amorosos, deixando bem claro para Laura, sua atual ex-namorada, que ela não está entre eles!<br />
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<br /></div>
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Rob é um cara não muito sociável, eu diria, um tanto quanto egocêntrico e ranzinza, e fica bem claro que está enfrentando uma das suas piores crises, mas ele mesmo se nega a olhar pra ela com a "seriedade" necessária, prefere organizar sua vida a partir da organização da sua coleção de discos! Ele é o narrador de sua história e acaba, em determinados momentos, deixando de lado alguns dados da história que acaba por nos mostrar em outros momentos do livro, fazendo com que possamos encadear melhor a história e a própria personalidade do personagem.</div>
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<br /></div>
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Mesmo com um texto muito divertido, Hornby consegue colocar no romance uma boa dose das dúvidas, carências e receios não apenas dos homens de uma geração, mas, me arrisco a dizer, de toda uma geração! O livro fala sobre inseguranças, relacionamentos, dúvidas afetivas, sexo e de uma forma bem simples, direta e com um texto muito bem escrito; com personagens, mesmo os coadjuvantes, muito bem construídos, com aspectos fortes e o melhor, o autor não se deixa cair no chavão maniqueísta em nenhum momento.</div>
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<br /></div>
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E como não poderia ser diferente, o gosto musical de Hornby dá o ritmo e o tom para o gosto do Rob, nos deixando com vontade de pegar esse livro com pilhas de fitas K-7 gravadas pra ir ouvindo enquanto rola a releitura!</div>
<div style="font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"><br /></span></div>
<div style="font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"><br /></span></div>
<div style="font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 20px; text-align: center;">
<span style="color: #cc0000; font-size: x-large;">♥♥♥♥</span></div>
<div style="font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; line-height: 20px; text-align: center;">
<span style="color: #cc0000; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<b>Título:</b> Alta Fidelidade<br />
<div>
<b>Autor: </b>Nick Hornby</div>
<b>Tradutor:</b> Christian Schwartz<br />
<div>
<b>Editora:</b> Companhia das Letras</div>
<div>
<b>Ano de publicação:</b> 2013</div>
<div>
<b>Número de páginas:</b> 312</div>
<div>
<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-51441674477374203012014-04-08T15:09:00.001-03:002014-04-08T15:09:52.105-03:00De volta e com os livros lidos de fevereiro e março<br />
<br />
Ah, esses intervalos prolongados...<br />
É bom dar um tempo, mas eu sinto falta, não gosto do vácuo que sinto quando as letras se afastam e ou quando sou eu quem me afasto delas. Mas enfim, cá estou de volta e com muita coisa pra dizer, outras mais pra atualizar e por isso vou deixá-los com as leituras findas em fevereiro e março!! ;o)<br />
Vou voltando com as resenhas em atraso!<br />
<br />
<a name='more'></a><br /><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXSzbMOHpxWfIFYD78LFmJ5Ni7mKI1FQeiZebCCMPDvEgsf4aTsEYsSaXXDBlboZWaA5cbCr6dcgQTH7XVsbn-qtF_HJV8LxeBcckQtM2BGFG6WQuLSLRtgBTHSbdLtZxslCNmFrbc00o/s1600/Sem+t%C3%ADtulo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXSzbMOHpxWfIFYD78LFmJ5Ni7mKI1FQeiZebCCMPDvEgsf4aTsEYsSaXXDBlboZWaA5cbCr6dcgQTH7XVsbn-qtF_HJV8LxeBcckQtM2BGFG6WQuLSLRtgBTHSbdLtZxslCNmFrbc00o/s1600/Sem+t%C3%ADtulo.jpg" height="240" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
*Dentro de ti ver o mar - Inês Pedrosa</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
* O mel de Ocara - Ignácio de Loyola Brandão</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Alta fidelidade - Nick Hornby</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9Pr8jJsofCBjxNYB1A-zWyJ5d-THIv7z2DUAid6zOIDZlu57DcXAMbPaXOYS9S1HX-Z75it-kFN3QdZHYDbA7Gnv42SZRoKBndclnPq3Qtl8nOb6Wdgk0Hv4utMOqQw8mD9vIX2wkylI/s1600/leituras+de+mar%C3%A7o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9Pr8jJsofCBjxNYB1A-zWyJ5d-THIv7z2DUAid6zOIDZlu57DcXAMbPaXOYS9S1HX-Z75it-kFN3QdZHYDbA7Gnv42SZRoKBndclnPq3Qtl8nOb6Wdgk0Hv4utMOqQw8mD9vIX2wkylI/s1600/leituras+de+mar%C3%A7o.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
A Convidada do Casamento - Carson McCullers</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Daytripper - Fábio Moon e Gabriel Bá</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
O Sincronicídio - Fabio Shiva</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Cartas a um jovem terapeuta - Gontardo Calligaris</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Eleanor e Park - Rainbow Rowell</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
A máquina de fazer espanhóis - Valter Hugo Mãe</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
@mor - daniel Glattauer</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Emmy e Leo - Daniel Glattauer</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Vaclav e Lena - Haley Tanner</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Mudança - Mo Yan</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
O testamento de Maria - Colm Tóibín</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-75806346398448002312014-03-04T16:27:00.002-03:002014-03-04T16:30:10.287-03:00Eu poético: Habito Dormências...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgj9__O7u39fz4NZPzpcEdQaVb3bAw7SSFXfIcRgcdTFUrvQrIHkPjjGhF4XDPlClyIs0fqBLemJTZ2BmYyc52-y9vbaqQtwL_OFnPa94eHdDdgHS9IWdmBue-QHpBUs5v5v2iafNjMXtk/s1600/174c3524e43f772659df6e4a3aeecd83_11_09_2008_0373697001221138493_anna_hurtig.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgj9__O7u39fz4NZPzpcEdQaVb3bAw7SSFXfIcRgcdTFUrvQrIHkPjjGhF4XDPlClyIs0fqBLemJTZ2BmYyc52-y9vbaqQtwL_OFnPa94eHdDdgHS9IWdmBue-QHpBUs5v5v2iafNjMXtk/s1600/174c3524e43f772659df6e4a3aeecd83_11_09_2008_0373697001221138493_anna_hurtig.jpg" height="400" width="387" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #990000; page-break-after: avoid;">
</div>
<div style="text-align: center;">
A placidez não mais acaricia a noite e </div>
<div style="text-align: center;">
o som dos sorrisos fáceis </div>
<div style="text-align: center;">
não preenche meus olhos aguados </div>
<div style="text-align: center;">
enquanto das mãos escorro-me inteira.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Algemei-me à minha independência, </div>
<div style="text-align: center;">
não há luz em minha carne e</div>
<div style="text-align: center;">
murcham minhas eternidades.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Em um sorriso quase sem graça</div>
<div style="text-align: center;">
passo descalça pelo sinuoso caminho do</div>
<div style="text-align: center;">
meu vasto querer repleto de vazios.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Sobre meu rastro vem dormir o outono</div>
<div style="text-align: center;">
em silêncio de plumas ao ar</div>
<div style="text-align: center;">
diluindo-se em invernais cores.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Inquieta repouso quietações. </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Patrícia Di Carlo </div>
<div style="text-align: center;">
Imagem: Anna Hurtig</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-37599769346975776682014-02-26T11:04:00.001-03:002014-02-26T11:04:21.921-03:00Conversinha...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSgudHk9PZFKmxZjXQIU02P9wuD6qwvxy96gjA5SUri9wzHX2dDQP7xh75pBPAcUv69IqtVjgUoy5WkurXkp9zf0fSK4pHn1lB0USR6HaVI2LPiN73q-IrOBjVVnXrCRC8QI6CjalqO4w/s1600/488335d4ef8fef66b0d61e47f7d2bdcb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSgudHk9PZFKmxZjXQIU02P9wuD6qwvxy96gjA5SUri9wzHX2dDQP7xh75pBPAcUv69IqtVjgUoy5WkurXkp9zf0fSK4pHn1lB0USR6HaVI2LPiN73q-IrOBjVVnXrCRC8QI6CjalqO4w/s1600/488335d4ef8fef66b0d61e47f7d2bdcb.jpg" height="400" width="280" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Depois de toda a sanha produtiva de janeiro, achei que fevereiro seria um mês ainda mais produtivo e cheio de leituras e coisa tal, mas não... Muitas coisas legais aconteceram e outras continuam rolando nesse mês, mas há uma certa apatia, uma falta de movimento que me enlaça e não consigo me libertar dela. Não se parece em nada com um abraço apertado, mas me impede de mover-me como e quando quero. E essa certa imobilidade sempre me incomoda, pois há tanto a se fazer, ver, conhecer, aprender, ler, escrever e tão pouca vida... </div>
Mas tudo bem, vai passar e em breve as coisas por aqui também mudarão...<br />
Aguardemos, pois! ;o)<br />
<br />
<br />Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-53255140361500255402014-02-14T22:34:00.002-02:002014-02-14T22:34:51.655-02:00A elegância do ouriço - Muriel Barbery<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY0GyM6KsLFAIvnEPD3_zI2wWbxlNb4DDeN3tJme7ZhqIhP9kCTjpCaQh7TrGXoqEnX7TzF40hET889I4iVAxfqvOQB2mL8e_O60nZx-51hlBITQCU3ccPSAwJMXIbi2FapbI-dBim7WU/s1600/a-elegancia-do-ourico.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY0GyM6KsLFAIvnEPD3_zI2wWbxlNb4DDeN3tJme7ZhqIhP9kCTjpCaQh7TrGXoqEnX7TzF40hET889I4iVAxfqvOQB2mL8e_O60nZx-51hlBITQCU3ccPSAwJMXIbi2FapbI-dBim7WU/s1600/a-elegancia-do-ourico.jpg" height="400" width="266" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Há certos livros que, antes mesmo de lermos qualquer coisa a respeito, temos a nítida e certa impressão de que se tornarão livros mega importantes em nossa vida. E devo dizer que, mesmo sentindo essa afinidade, acabei enrolando por 4 anos a leitura desse livro, porque tinha certeza de que ele mexeria muito comigo, e acredito que, inconscientemente, acabei esperando a hora certinha pra lê-lo. Sim, sou dessas que acredita que há uma hora certa pra tudo, até mesmo pra quebrar as regras, pra burlar a segurança e se desfazer de algumas amarras! </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"></span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><i>A elegância do ouriço </i></b>é um romance que nos cativa primeiramente pela poesia do título e pela escrita requintada da Muryel, e, na sequência, caímos definitivamente de amores pela narrativa que é emotiva, divertida, sarcástica e irônica. Todo o romance é basicamente centrado no cenário do edifício luxuoso, situado na Rue de Grenelle, 7, em um sofisticado bairro de Paris, onde residem as duas narradoras do romance. </div>
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<br /></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
"Se a existência é um absurdo, ser brilhantemente bem-sucedido tem tanto valor quanto fracassar"</blockquote>
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<br /></div>
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<i>Paloma</i> é uma adolescente de 12 anos, esperta e que tem um conhecimento superior com relação às crianças da sua idade; observadora, percebe mais do mundo à sua volta do que deixa transparecer, e por isso tem uma grande tendência à filosofar e à melancolia. Por achar que a vida não tem sentido, ainda mais pela família que tem e pela sociedade que habita, Paloma decide que se até seu próximo aniversário não achar um sentido que seja, para a sua vida, irá cometer suicídio. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
"por fora, é crivada de espinhos, uma verdadeira fortaleza [...] dentro é tão simplesmente requintada quanto os ouriços, que são uns bichinhos falsamente indolentes, ferozmente solitários e terrivelmente elegantes".</blockquote>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Renée, que se auto-define como "viúva, baixinha, feia, gordinha", é uma jovem senhora de 54 anos e concierge, uma espécie de zeladora, há 27 anos, do luxuoso edifício. Seus patrões a enxergam de acordo com o protótipo de concierge que desenharam: pouco inteligente, sisuda, de vida sem graça, sem nenhum requinte e insignificante, o que a personagem faz questão de reforçar, esforçando-se em ser o reflexo do que justamente querem ver. No entanto, o que ela se esforça tanto para esconder é que, mesmo em sua real simplicidade, ela é uma mulher altamente culta, amante das artes, de literatura e filosofia. Uma mulher de gosto refinado.</div>
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<br /></div>
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É no diálogo alternado com as narradoras que o romance se apresenta e que também vamos conhecendo um pouco mais sobre os moradores do prédio e também sobre mais da vida de Renée e Paloma, que, como vamos percebendo, ao longo da leitura, têm muito mais coisas em comum do que a localização da moradia, como o trabalho hercúleo em fazer-se invisível para os outros, e a forma como se auto-protegem para que ninguém venha descobrir sobre o seu rico interior, ou o quanto são sensíveis e inteligentes.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As duas, cada uma a sua maneira, buscam uma espécie de legitimação para a existência, seja buscando respostas em questões sobre o "movimento do mundo" como faz Paloma em seu diário, ou questionando sobre o que é a arte, como Renée. E é nesse ponto que a resposta para as investigações das duas se dá com a chegada de um terceiro personagem, o japonês Kakuro Ozu. Um senhor sexagenário, fino e delicado, amante das artes e da literatura, e por ser estrangeiro e alheio a muitos dos ditames culturais do Ocidente, totalmente abstraído de certos protocolos preconceituosos,além de ser um atento observador, ele acaba por descobrir a inteligência de Paloma e com a ajuda desta, confirma suas suspeitas sobre o refinamento e a inteligência de Renée, dando oportunidade para que ambas manifestem, livres de qualquer tipo de censura, suas qualidades mais recônditas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Além do romance ser recheado de observações muito bem humoradas e mordazes até, há ainda rebuscadas observações sobre arte, filosofia, psicanálise, literatura e tudo muito bem amarrado ao preciosismo do vocabulário da autora, que é professora de filosofia e também conhecedora da cultura japonesa, haja visto que mora, desde 2008, em Kyoto, no Japão. E para quem leu seu primeiro romance, <b>A morte do Gourmet</b>, há ainda a surpresa de nos depararmos novamente com alguns personagens e situações desse romance, já que <b><i>A elegância do ouriç</i></b>o é ambientado no mesmo edifício onde o famoso gourmet, em questão, morava com sua família.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>A elegância do ouriç</i></b>o é, sem dúvida, um livro intenso em todos os sentidos; cheio de análises filosóficas, artísticas e literárias, onde percebemos claramente a força que damos ao medo do julgamento de terceiros e de como somos capazes de nos fechar em nós mesmos em decorrência desse medo. Mas ele também nos mostra que tudo é uma questão de atenção, cuidado, respeito e de nos permitirmos ver camélias... ;o)</div>
</div>
<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
"(...) meu pensamento profundo do dia: é a primeira vez que encontro alguém que procura as pessoas e que vê além. Isso pode parecer trivial, mas acho, mesmo assim, que é profundo. Nunca vemos além de nossas certezas e, mais grave ainda, renunciamos ao encontro, apenas encontramos a nós mesmos sem nos reconhecer nesses espelhos permanentes. Se nos déssemos conta, se tomássemos consciência do fato de que sempre olhamos apenas para nós mesmos no outro, que estamos sozinhos no deserto, enlouqueceríamos. Quando minha mãe oferece petisfours da casa Ladurée à sra. de Broglie, conta a si mesma história de sua vida e apenas mordisca seu próprio sabor; quando papai toma o café e lê o jornal, contempla-se num espelho do gênero manual de auto-convencimento; quando Colombe fala das aulas de Marian, deblatera sobre seu próprio reflexo, e quando as pessoas passam diante do concierge, só vêem o vazio porque ali não se reconhecem. Do meu lado suplico meu destino que me conceda a chance de ver além de mim mesma e encontrar alguém."</div>
</blockquote>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000; font-size: x-large;">♥♥♥♥</span></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>A elegância do ouriço</b></div>
<b>Autor:</b> Muriel Barbery <br />
<b>Tradução:</b> Rosa Freire d'Aguiar <br />
<b>Editora:</b> Companhia das Letras <br />
<b>Ano:</b> 2008<br />
<div>
<b>Páginas:</b> 352<br />
<br />
<br />
<br /></div>
Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-66167098221912645142014-02-06T13:33:00.001-02:002014-02-06T13:33:24.601-02:00Geleia Geral # 26: Fechando janeiro com chave de ouro!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHItrOlJ8sLHzgcLbbWTewCtOA8ukl0xX8tJi6cTzOVMcSTgSZWasPLsPNobGYg2M4W4ruJ3g6Vf9nYNbXH78kTFYoEiAOBrCtAyGRthv9AAid9AArb5umsxbN408J9qbR8qnSOgN1kZQ/s1600/Lidos+em+Jan-2014.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHItrOlJ8sLHzgcLbbWTewCtOA8ukl0xX8tJi6cTzOVMcSTgSZWasPLsPNobGYg2M4W4ruJ3g6Vf9nYNbXH78kTFYoEiAOBrCtAyGRthv9AAid9AArb5umsxbN408J9qbR8qnSOgN1kZQ/s1600/Lidos+em+Jan-2014.jpg" /></a></div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Janeiro foi um mês que me surpreendeu muito, não só em termos quantitativos de leitura, mas também na qualidade e no quanto o próprio mês demorou a passar. Por um lado, esse último fator foi bem positivo, pena que não deu pra espichar mais um bocadinho para que eu pudesse encerrar outras leituras... mas enfim, vamos ao títulos do que li, lembrando que os que já foram resenhados por aqui, estão com o link embutido ao seu título, certo?! ;o)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br /><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://almadomeusonho.blogspot.com.br/2014/01/o-pintor-debaixo-do-lava-loicas-afonso.html" target="_blank">O pintor debaixo do lava-loiças </a>- Afonso Cruz</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://almadomeusonho.blogspot.com.br/2014/01/azul-e-cor-mais-quente-julie-maroh.html" target="_blank">Azul é a cor mais quente</a> - Julie Maroh</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://almadomeusonho.blogspot.com.br/2014/01/livro-jose-luis-peixoto.html" target="_blank">Livro</a> - José Luis Peixoto</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://almadomeusonho.blogspot.com.br/2014/01/um-utero-e-do-tamanho-de-um-punho.html" target="_blank">Um útero é do tamanho de um punho</a> - Angélica Freitas</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://almadomeusonho.blogspot.com.br/2014/01/eu-me-chamo-antonio-pedro-gabriel.html" target="_blank">Eu me chamo Antonio</a> - Pedro Gabriel</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Peter Pan - J.M. Barrie</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
A Elegância do ouriço - Muriel Barbery</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://almadomeusonho.blogspot.com.br/2014/01/a-contadora-de-filmes-hernan-rivera.html" target="_blank">A contadora de filmes</a> - Hernán Rivera Letelier</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://almadomeusonho.blogspot.com.br/2014/01/mar-azul-paloma-vidal.html" target="_blank">Mar azul </a>- Paloma Vidal</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://almadomeusonho.blogspot.com.br/2014/01/o-que-ha-de-melhor-depois-de-uma.html" target="_blank">Fiquei com seu número</a> - Sophie Kinsella</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b>Leituras inacabadas:</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Dentro de ti ver o mar - Inês Pedrosa</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Alta fidelidade - Nick Hornby</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
O mel de ocara - Ignácio de Loyola Brandão</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b>E-books adquiridos no mês:</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
O Sonâmbulo amador - José Luiz Passos</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Coração disparado - Adélia Prado</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
A Boa terra - Peare S. Buck</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Travessuras da menina má - Mario Vargas Llosa</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Minha cozinha em Berlim - Juliana Romeiro</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Once upon a time - Despertar - Odete Beane</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Tempos de reflexão - 1954 à 1989 - Nadine Gordimer<br />Tempos de reflexão - 1999 à 2008 - Nadine Gordimer</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
O tempo entre costuras - María Dueñas</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
A condição indestrutível de ter sido - Helena Terra</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
O espetáculo mais triste da terra - O incêndio do Gran Circo Norte-americano - Mauro Ventura</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
As Mulheres de terça-feira - Monika Peetz</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Segunda Sombria - Livro 01 - Frieda Klein</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Para ler como um escritor - Francine Proze</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Uma prova de amor - Emily Giffin</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
O sonho mais doce - Doris Lessing</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Gatos e mais gatos - Doris Lessing</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
O Ladrão de raios - Rick Riordan</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
O mar de monstros - Rick Riordan</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
A maldição de Titã - Rick Riordan</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
A Batalha do labirito - Rick Riordan</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
O último olimpiano - Rick Riordan</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
O herói perdido - Rick Riordan</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
O filho de Netuno - Rick Riordan</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
A marca de Atena - Rick Riordan</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
A casa de Hades - Rick Riordan</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
E anda há os vídeos do Geléia Geral de janeiro, onde eu mostro as aquisições de livros fisicos:</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/EvD6UOXwL2M" width="420"></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
E a segunda parte, falando um bocado a mais sobre as leituras desse período! ;o)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/OV0n4RtgXKs" width="420"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-3373678870958426222014-02-01T22:02:00.000-02:002014-02-28T11:34:53.619-03:00Sou[L]<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHjRuR6BGL5b0EnQtQJd-kdd4937QnAd8G2c-opa65L3NbhK-16EFk7kbcqGvPOHR4Uf8sjjyqYuSr2Prjs-KcOZaAv1I71LdKdvUtoQUS_Ub3WXnmiw2lwy6lIZ1QTSLlwyzQAXOadIo/s1600/DSC07119.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHjRuR6BGL5b0EnQtQJd-kdd4937QnAd8G2c-opa65L3NbhK-16EFk7kbcqGvPOHR4Uf8sjjyqYuSr2Prjs-KcOZaAv1I71LdKdvUtoQUS_Ub3WXnmiw2lwy6lIZ1QTSLlwyzQAXOadIo/s1600/DSC07119.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';">sou aérea, meio etérea,</span></div>
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';">vivo imersa em mundos</span></div>
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';">
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
que invento, onde danço</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
sem nexo, solta</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
como sacerdotisa casta </div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
dos templos de Hera!</div>
</span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"></span><br />
<a name='more'></a><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><br /></span></div>
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';">sou matriz de </span></div>
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';">
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
seios fartos</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
prontos a nutrir o mundo.</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
sou matrona portuguesa,</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
corpo de língua italiana</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
onde cada gesto fala mais </div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
que a boca úmida.</div>
</span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><br /></span></div>
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';">tenho pernas de amazonas,</span></div>
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';">
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
valkírias que vão livres</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
por onde querem ir,</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
mas que sempre voltam</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
pois querem a grama</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
que fica perdida em</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
cada rastro que deixei.</div>
</span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><br /></span></div>
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';">tenho olhos que vejo</span></div>
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';">
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
estranhos, no entanto acredito, </div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
quando dizem, que são</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
misteriosos, claros,</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
calmos e lindos.</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
mas tenho certeza de que são</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
translúcidos, pois neles </div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
abrigo-me inteira.</div>
</span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><br /></span></div>
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';">estou carvalho ancestral: raízes</span></div>
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';">
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
profundas cravadas na terra.</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
deixo meus galhos balouçarem-se </div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
aos ventos que me beijam.</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
mas espero o vendaval que me </div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
arrancará de toda firmeza,</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
e me espalhará, como folhas </div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
no vasto outono.</div>
</span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><br /></span></div>
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';">sou água mansa</span></div>
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';">
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
que corre tranquila, e se </div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
delicia com os pingos das </div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
chuvas em minha superfície.</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
moldo-me aos caminhos que</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
percorro, mas nunca me perco,</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
mesmo quando desviam</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
meu curso e leito.</div>
</span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><br /></span></div>
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';">chegarei ao destino</span></div>
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';">
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
que me deleguei,</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
chegarei de manso</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
mesmo que o mar,</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
neste dia,</div>
</span><span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><div style="text-align: center;">
esteja bravio...</div>
</span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"><br /></span></div>
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';">Patrícia Di Carlo</span></div>
<span style="color: maroon; font-family: 'Gill Sans MT';">
</span>Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-73190409769350788552014-01-31T23:59:00.003-02:002014-02-01T00:02:42.610-02:00Fiquei com seu número - Sophie Kinsella<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBrtJbaPwpqt8kGCXrnY0u9LK7bcEjN7b19XcjslqGk2DssPlbVDcrOAJOm9l2r-W8ENMzuW7FqUZlcC5lTaNk4t9K3xD5EceUKo8WypwatTxG3f3DxwKCDS7tQwrtiJyqixQ_zfqwugw/s1600/Fiquei-Com-o-Seu-N%C3%BAmero.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBrtJbaPwpqt8kGCXrnY0u9LK7bcEjN7b19XcjslqGk2DssPlbVDcrOAJOm9l2r-W8ENMzuW7FqUZlcC5lTaNk4t9K3xD5EceUKo8WypwatTxG3f3DxwKCDS7tQwrtiJyqixQ_zfqwugw/s1600/Fiquei-Com-o-Seu-N%C3%BAmero.jpg" height="400" width="261" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<br />
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O que há de melhor depois de uma tremenda ressaca literária é poder voltar a ler tudo o que vier pela frente e se encantar com uma amplidão de temas que nos levam às mais vastas emoções! Eu simplesmente adoro esse poder que só a literatura exerce em mim. E janeiro tem sido um mês mega rico nesse quesito, ainda mais porque comecei lendo alguns autores que há algum tempo queria descobrir e também voltei a ler chick-lit, que sempre gostei, ainda mais pra desopilar as ressacas e entremear entre um livro mais denso e outro mais denso ainda, afinal, sou forte mas não sou de ferro, né?!</div>
<div style="text-align: justify;">
<a name='more'></a><br /></div>
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E para essa retomada, me joguei no <b><i>Fiquei com seu número</i></b>, da Sophie Kinsella, que não conhecia a escrita e tinha bastante curiosidade em lê-la, já que via algumas blogueiras falarem muito bem da escrita dela, que é realmente muito agradável e cheia de humor. Nele vamos conhecer a protagonista e narradora totalmente impulsiva, bom caráter, boazinha e charmosa Poppy Wyatt.</div>
<div>
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<br /></div>
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De cara encontramos Poppy numa mega cilada: ela está noiva de Magnus, um homem que ela simplesmente acha perfeito: é inteligente, bonito e famoso. E como presente de noivado lhe deu um anel de esmeraldas que há anos estava na família. No entanto, em meio ao evento em que comemorava o noivado, enquanto expunha o anel para as amigas, já que não soube dizer não e deixou que elas o experimentasse, ela simplesmente perdeu o anel! Mas como dresgraceira pouca é bobagem, depois de entrar em pânico, e colocar todos os funcionários do hotel e as amigas e a polícia também num estado de desespero, ela vê seu celular roubado por um ladrão que passava em frente ao hotel! Quase em surto, Poppy se desespera, porque já tinha passado a todos o número do seu telefone.</div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E em meio a esse desespero que ela acaba por achar, em meio ao lixo, um aparelho moderno e em perfeito estado, completamente abandonado e é claro que ela, mais que rapidamente, se apropria do mesmo, já que achado não é roubado e nem tem dono, não é? E é aqui, nesse momento que a histórica começa a ficar ainda mais interessante, por que além do medo que Poppy sente dos pais de Magnus, pois ela tem certeza que não gostam dela, do medo que ela sente da reação deles e do próprio noivo diante do desaparecimento do anel, ela vai descobrir que o aparelho que ela achou foi na verdade descartado pela assistente de Sam Roxton, que simplesmente abandonou o trabalho sem dar maiores satisfações ao executivo, e este, é óbvio, quer seu aparelho de volta!Depois de um arranjo entre Poppy e Sam, ele acaba permitindo que ela fique por um tempo com o celular, ao menos até resolver a pendenga com o anel, mas é a partir daí que muitas outras situações engraçadas e confusas começam a surgir, pois os dois, pessoas tão opostas em gênio e personalidade que são, acabarão por estabelecer uma inesperada relação que nem eles sabem nomear.</div>
<div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi uma leitura divertida, rápida e que me surpreendeu muito pelo estilo das amarrações que a Sophie resolveu dar ao romance e, ao mesmo tempo, sem cair no pedantismo apelo sensual, que muitos autores tantas vezes caem, convenhamos! As situações são muitas vezes exageradas, bem como certos comportamentos, mas vejo o chick-lits um pouco como uma caricatura mesmo, e é por isso que acabo me divertindo tando, afinal, toda caricatura tem um fundo de verdade dentro de todo o seu exagero, não é mesmo?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bom, espero que outros livros da autora possam me agradar tanto quanto esse... Aceito indicações!! ;oD</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-size: x-large;">♥ ♥ ♥ ♥</span></div>
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<br /></div>
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<br />
<br /></div>
Título: Fiquei com seu número</div>
<div>
Autor: Sophie Kinsella</div>
<div>
Tradutor : Eliane Fraga<br />
ISBN: 9788501098634<br />
Ano: 2012</div>
<div>
Editora: Record</div>
<div>
Páginas: 464<br />
<br />
<br />
<br /></div>
</div>
Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-67668983128714465032014-01-30T17:57:00.000-02:002014-01-30T17:57:24.411-02:00A contadora de filmes - Hernán Rivera Letelier<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7Cv6PKvG2IXZUCN0_wgE0fOyGkxR5Yazh6kPT8CZ09EjgdDbD4Y0n8Ji0pgyVLE_4xpiHSiyg-w_YH6eSz-vVlCBDdABkS5x3daWgt2-WqwmFcU_Lv87EWsHq5BKPUqX99PvvV2BRzus/s1600/110_189-A+contadora+de+filmes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7Cv6PKvG2IXZUCN0_wgE0fOyGkxR5Yazh6kPT8CZ09EjgdDbD4Y0n8Ji0pgyVLE_4xpiHSiyg-w_YH6eSz-vVlCBDdABkS5x3daWgt2-WqwmFcU_Lv87EWsHq5BKPUqX99PvvV2BRzus/s1600/110_189-A+contadora+de+filmes.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De uns tempos pra cá eu me peguei mais atenta ao fato que desatentei completamente da sétima arte, sim, do cinema, dos filmes, das películas que sempre gostei tanto. Há cerca de dois a três anos que ver um filme tem sido algo muito esparso na minha vida, e, sinceramente, não estou gostando, não mesmo. Mas sei que esse já é um fato recorrente na minha vida, já que uma vez abandonei os livros pelos filmes, enfim... que venha o meio termo, e pra ontem, por favor!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então, quando soube de um livro que contaria uma história que teria o cinema envolvido, eu fiquei bem interessada, ainda mais por ser indicação dos já supracitados por aqui Denise e Kalebe! Mas só no final de 2013 é que acabei me rendendo e aproveitando a promoção da Cosac pra garantir o meu exemplar.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
Ao apagar as luzes todos se endireitavam e ficavam duros na frente da tela. Eu não. Eu virava a cabeça para ver aparecer o raio de luz que saía pelas janelinhas do quartinho de projeção e percorria o espaço sobre nós até se chocar com a tela e explodir em imagens e sons. (…). Eu achava um prodígio que aquele jorro de luz pudesse transportar coisas tão impressionantes como trens perseguidos por índios a cavalo, barcos de piratas em mares de tormenta e dragões verdes exalando fogo por suas sete cabeças."</blockquote>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Como não se apaixonar de cara pela Maria Margarita, que além de narradora é também a protagonista dessa novela curtinha do chinelo Hernán Rivera Letelier, impossível!! <b style="font-style: italic;">A contadora de filmes </b>tem como cenário o deserto chileno [acredito que seja o Atacama, já que ele não é citado no livro] que abriga um povoado de mineiros que sobrevivem da extração de salitre. Nessa seca ambientação, onde a vida segue arenando o corpo e as emoções, como o deserto e o próprio salitre, onde as possibilidades de diversão são quase nulas, que nasce e cresce Maria Margarita, caçula de uma família que tem mais 4 filhos,<span style="background-color: white; color: #111010; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.479999542236328px;"> e </span>que, juntos, vêm na pequena sala de cinema que existe no lugar a residência de suas esperanças e sonhos, é lá que se encontra a diversão daqueles que ainda podem pagar para assistir a uma fita.<span style="background-color: white; color: #111010; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.479999542236328px;"> </span></div>
<blockquote class="tr_bq">
<br />Quando ela [a mãe da personagem] nos abandonou, do mesmo jeito que meu irmão começou a gaguejar eu me cobri de piolhos brancos. As vizinhas diziam que esse tipo de piolho aparecia quando a gente tinha alguma dor na alma. E coo a dor era pela minha mãe, comecei a comer os piolhos de amor por ela.<br />Tanto assim eu amava minha mãe.<br />Tanto assim eu sentia falta dela.”</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aos dez anos de idade, após vencer um concurso idealizado pelo pai, Maria passa a assistir e a contar em casa, para o pai e os irmãos, os filmes que estavam em cartaz no cinema; já que, após sofrer um acidente de trabalho, o pai de Maria Margarita, fica paralítico da cintura para baixo e só garante, a partir de então, o seu sustento e o dos filhos graças à pensão que passa a receber da mineradora, mas apenas por ter sido um trabalhador que nunca faltara ao serviço; a mãe, tendo se casado muito jovem, como era comum naqueles tempos, e provavelmente por se ver cansada da má sorte da vida, abandona o marido e os filhos. Sendo assim, fica fácil entender porque era impossível permitir que todos frequentassem o cinema da mesma forma que faziam antes do acidente do pai.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<blockquote class="tr_bq">
Sua filha é uma fada contando filmes, vizinho, e sua varinha mágica é a palavra. Com ela, nos transporta.”</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Logo a desenvoltura, boa memória e a criatividade de Maria Margarita se fazem notórios entre os vizinhos e mais adiante em todo o povoado, que acaba por tornarem-na a contadora oficial de filmes, e o melhor, pagando por seus serviços! Maria não apenas narrava os filmes, ela interpretava, apropriava-se das personagens e das histórias, cantava também, já que via a muitos musicais e, não raro, principalmente, quando antevia uma ponta de dor que o filme poderia trazer ao pai, recriava seus finais.E com toda essa notoriedade, sentindo-se realmente uma diva no auge do seu sucesso, acaba por mudar seu próprio nome para nada mais nada menos que Fada Docine.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No entanto a vida real não é tão bela e nem sempre tem o final feliz como no cinema... Muitos são os dramas, conflitos e dificuldades porque passamos, e nessa história não é diferente; após o término de sua apresentação, a vida retoma seu curso, com suas dores, dificuldades, vazios e lembranças, que atingem Maria Margarita em cheio, e nos mostrando que com sua escrita clara, direta e nada melosa, o autor nos brinda com uma personagem forte, que se entrega aos seus sonhos sem lamúrias e que simplesmente aceita a vida com uma espécie de resignação suave, doce... E o autor ainda fala, sem cair no chavão panfletário, dos aspectos sociais e políticos do Chile da década de 50, da queda do presidente Allende; e vamos lendo tudo isso como se estivéssemos diante de uma tela de cinema, pois a edição da Cosac Naif nos permite, lindamente, esse delicioso devaneio...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8KpBLj2IUAKpbnmrKZ_-lYdM-1i2i08T4EocGDWpZKv_7P6oMdtWp4JuLtfhnSEadFyiUVYTHYk6PV6Zz6NJQchs21F6vWAiA4I0Z6a6o4Nom-AopsL3g1dBNexJ6JKIe6dDnnDqKSkQ/s1600/A+contadora+de+filmes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8KpBLj2IUAKpbnmrKZ_-lYdM-1i2i08T4EocGDWpZKv_7P6oMdtWp4JuLtfhnSEadFyiUVYTHYk6PV6Zz6NJQchs21F6vWAiA4I0Z6a6o4Nom-AopsL3g1dBNexJ6JKIe6dDnnDqKSkQ/s1600/A+contadora+de+filmes.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: red; font-size: x-large;">♥♥♥♥</span></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Título:A contadora de filmes <div>
Autor: Hernán Rivera Letelier</div>
<div>
Tradução: Eric Nepomuceno </div>
<div>
Editora Cosac Naify</div>
<div>
Páginas: 112 </div>
<div>
Ano: 2012</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-46217727300181099762014-01-29T16:59:00.000-02:002014-01-29T16:59:10.125-02:00Mar azul - Paloma Vidal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEtjred2eD1mK-0V1C-XZEIvnPCGnxBb_WlSejjCrGKqm_dXLviiDlI8Oi7uOENnjekYMsOdyRlD5yhBOvBqy9paZpudEdDQJcfAOjRsc0uw7tp6z5j6035UjsR_fNi6lPlVq7a3JHN5U/s1600/110_2336-Livro-Paloma.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEtjred2eD1mK-0V1C-XZEIvnPCGnxBb_WlSejjCrGKqm_dXLviiDlI8Oi7uOENnjekYMsOdyRlD5yhBOvBqy9paZpudEdDQJcfAOjRsc0uw7tp6z5j6035UjsR_fNi6lPlVq7a3JHN5U/s1600/110_2336-Livro-Paloma.jpg" height="400" width="266" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Será que há alguma forma de alguém passar a vida sem ter que se deparar com a solidão, com fugas e buscas, com o interiorizar-se em suas angústias para, quem sabe, entender a si mesmo e à sua existência? Será o abandono algo que realmente precisamos ter em nossa vida como uma espécie de aprendizado?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<b><i>Mar azul</i></b>, da argentina Paloma Vidal, fala um bocado de todos esses assuntos e me fez pensar mais ainda em cada um deles. E quando vi o Kalebe, d'<a href="http://espanadores.blogspot.com.br/" target="_blank">O Espanador</a> e também a Denise [sempre!!], do <a href="http://youtu.be/8WqGSWlCoVE" target="_blank">Cem anos de literatura</a> [ia escrevendo solidão... o.O] falarem um pouco sobre ele, confesso que não atinei que o mergulho nesse mar fosse me despertar tantas emoções revoltas.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Essas águas revoltas me circundaram de tal maneira que até agora não sei ao certo o que falar e como falar desse livro incrível! E fico temendo dar voltas e voltas sem sair das margens da minha prolixidade que tantas vezes me parece sem fim...</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq">
Falei de quando eu vi o mar pela primeira vez. Eu disse que nunca me esqueci disso. Eu acho que eu disse que foi a emoção mais forte que eu já senti.”</blockquote>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Não há dificuldade em se acompanhar a escrita da Paloma, que é fluida, bem desenhada e elegante. Mas se o livro aparenta uma certa simplicidade e leveza, já que ele não é extenso e é composto de capítulos curtos, não disfarça a profundidade do tema. O início do romance pode surpreender ou assustar, vai depender do que o leitor espera; já que em suas primeiras 30 páginas é composto por diálogos simples, quase ingênuos, entre duas adolescentes, e sem nenhuma identificação entre elas. Só mais tarde é que encontraremos uma protagonista mais velha, na casa dos seus 70 anos, que se encontra às voltas com uma rotina totalmente estabelecida e que busca nela, de algumas formas, ligar-se ao pai, distante há tantos anos.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
E é na esperança de resgatar, novamente, o encontro com esse pai, que a protagonista passa a ler os cadernos que ele foi escrevendo ao longo dos anos e que ela também acaba por usar como diário pras suas anotações sobre a sua rotina entediante, escrevendo no avesso das memórias do pai... Assim vemos a vida de pai e filha sobrepostas, o tempo também nessa brincadeira, sobrepondo passado e presente, onde a protagonista se descobre preenchendo as lacunas em branco do pai.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq">
Espero que algo me diga: vá. Algo que não sou eu, que não é minha voz, talvez meus músculos, minha pele, meus órgãos. Algo que se mova sozinho. Algo que me faça dar o próximo passo. Quando penso isso já estou debaixo do chuveiro e a sensação da água sobre mim me diz que o dia vai ser bom.”</blockquote>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Garamond, serif; font-size: large; line-height: 21.1200008392334px; text-align: start;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
É difícil falar de Mar azul, porque sua força inteira está nas entrelinhas, no que vamos descobrindo à medida que a protagonista também se permite mergulhar e emergir em si mesma. São as lembranças que guiam essa espécie de quebra-cabeças de si mesma.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
E é como as ondas no mar, num indo e vindo contínuo que Mar azul se faz tão grande, tão amplo e tão profundamente denso, falando muito mais e mais alto do que essas parcas palavras desencontradas que tento, sem muito sucesso, articular!</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-size: x-large;">♥♥♥♥</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<br /><br /><br />Título: Mar azul<div>
Autora: Paloma Vidal</div>
<div>
Editora: Rocco</div>
<div>
Ano: 2012<br />Páginas: 176<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1048490558100770911.post-7861983471166828112014-01-28T17:39:00.002-02:002014-01-28T17:45:22.573-02:00Livro - José Luis Peixoto<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQV1ntKq8xNUtcarKnWnaWduiXOrWNUFo3x-VR4Sp7bNgD7KvpHxwQCPvqJn0_CJKzYqAO8rLS5zJB4tfMOSBMNdPYZnw24TmCLrTikqRn7jeIKzBWPj_TyOJRYaPLQqKzc6xEFNPjoTg/s1600/Livro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQV1ntKq8xNUtcarKnWnaWduiXOrWNUFo3x-VR4Sp7bNgD7KvpHxwQCPvqJn0_CJKzYqAO8rLS5zJB4tfMOSBMNdPYZnw24TmCLrTikqRn7jeIKzBWPj_TyOJRYaPLQqKzc6xEFNPjoTg/s1600/Livro.jpg" height="400" width="265" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<b style="font-style: italic;">Livro, </b>do português e também inédito pra mim, José Luis Peixoto, me ronda desde o final de 2012 quando o vi pela primeira vez na livraria e fiquei encantada com sua capa, que me lembrou de imediato uma renda de bilro, depois um lindo azulejo português e depois que o li... me encantou ainda mais a capa, e todo o seu intricado azul. Também me recordo de ter visto o vídeo da Luara, no até então Isaac sabe, e agora <a href="http://aoresdochao.com/" target="_blank">Ao rés do chão</a>, com ela falando sobre ele, mas confesso que pouco me ative à história, pois já o desejava.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<br />
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E em seu <b><i>Livro</i></b>, o autor fala um tanto sobre a história da migração de portugueses para França em busca de melhores condições de vida, da passagem de uma sociedade rural a uma sociedade urbana, mas sobretudo de amor, amizade, solidão, abandono e recomeços. E apesar da experiência dos pais, que viveram esse movimento de evasão portuguesa para a França nos anos 60, ter tido um papel importante na escolha do mote o romance não é sobre a vivência e nem a descrição das experiências de sua família. E com relação ao título do romance, essa escolha se justifica em vários momentos ao longo do próprio romance.</div>
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Ilídio,um menino de 6 anos, ganha um livro da sua mãe pouco antes de ser abandonado por ela em uma fonte e acaba sendo criado por Josué [à pedido da mãe], um mestre de obras da vila e um dos personagens mais interessantes do romance. É nessa vila portuguesa, que o Ilídio passa sua infância e adolescência , dividindo suas incertezas e aventuras com outros amigos como Cosme e Galopim. Em certo momento, nas idas e vindas da trama no tempo, que não corre linear nessa primeira parte do romance, Ilídio conhece Adelaide, sobrinha da velha Lubélia, dona do armarinho e papelaria da vila que também faz as vezes de correio. Apaixonados, o casal troca juras de amor e beijos ardentes nas ruelas escondidas da vila. Mas, ao perceber os rumos que o romance da sobrinha está tomando, a velha Lubélia resolve interferir. Adelaide é obrigada a seguir para a França, com o livro que o amado lhe deu como prova de amor, e Ilídio resolve fazer o mesmo, ao saber da sua partida. E entre encontros e desencontros, aventuras vividas e uma contínua mudança na temporalidade do romance, Ilídio e Adelaide cedem à rotina da vida, à sua respectiva realidade e deixam suas vidas seguirem novos rumos. Mas o livro sempre está lá, os unindo, mesmo que na distância. </div>
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Nessa primeira parte a escrita do José Luis Peixoto se apresenta com uma sonoridade ímpar, é toda fragmentada, como já citei acima, mudando o foco entre os personagens o tempo todo, nos fazendo nos perder em algum ponto, para entendermos muito mais no ponto seguinte. Já a segunda parte...</div>
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Na segunda parte do romance, vemos muita coisa ser revelada, algumas surpresas boas, outras nem tanto, um narrador um tanto quanto mais sarcástico, mais intelectualóide, fazendo desse parte quase um compilado de autores clássicos e outros um tanto quanto desconhecidos. Longe de ser um romance difícil, é ao contrário, além de uma homenagem ao objeto que ainda une milhares de pessoas, sejam num amor romântico, pela amizade e ou simplesmente pelo amor ao livro.</div>
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Entregue-se ao <b><i>Livro</i></b> e mergulhe sem medo na elegância da escrita de José Luís Peixoto!!!</div>
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<span style="color: red; font-size: x-large;">♥♥♥♥</span></div>
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Título: Livro</div>
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Autor: José Luis Peixoto</div>
Páginas: 288<br />
Ano de Lançamento: 2012<br />
ISBN: 9788535920192<br />
Editora: Companhia das Letras<br />
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Annahttp://www.blogger.com/profile/13980730605810869129noreply@blogger.com9