tag:blogger.com,1999:blog-12422351172867189372024-03-13T22:49:46.476-03:00Silvia Mantovani PuccinelliEm busca de vida saudável e equilibrada. Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.comBlogger619125tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-22207726011191677752023-01-15T15:41:00.005-03:002023-01-15T15:41:57.636-03:00Cheiros e Memória<p> </p><p><br /></p><p><br /></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxLxigyIQD3BQ7t-7yK-IYnmTzWgOcKig7zaNvMim0ZEJQZltyh_mVTIXptUuAC67XZd8RJF83Z3aeQ2ENF5CROoghhMJBxcQTrjsgYgXTTPSooFdBwcUN47FZUU7vTttym7pAsA14wnMULV1hQW2seOCEO-5ZmrjdKheT5Fma8_J4Hcrg19J0-9K7bw/s6016/pexels-tirachard-kumtanom-544114.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4016" data-original-width="6016" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxLxigyIQD3BQ7t-7yK-IYnmTzWgOcKig7zaNvMim0ZEJQZltyh_mVTIXptUuAC67XZd8RJF83Z3aeQ2ENF5CROoghhMJBxcQTrjsgYgXTTPSooFdBwcUN47FZUU7vTttym7pAsA14wnMULV1hQW2seOCEO-5ZmrjdKheT5Fma8_J4Hcrg19J0-9K7bw/w320-h214/pexels-tirachard-kumtanom-544114.jpg" width="320" /></a></div><p></p><p class="graf graf--p" name="726a">Como é interessante a nossa memória olfativa. Muitas vezes sentimos os cheiros e não conseguimos nem decifrar ao que nos remete. Em outras ocasiões sentimos um bem-estar sentindo somente determinado odor. </p><p class="graf graf--p" name="566c">Sentimo-nos acalentados com determinadas fragrâncias que nos lembram figuras importantes da nossa vida pregressa, de lugares nos quais fomos felizes, cheiro de roupa nova, do vinil da boneca nova, dos pinheiros no Natal.</p><p class="graf graf--p" name="7ad9">Atualmente, não como mais carne, no entanto, minha boca enche de água quando sinto o odor da carne fritando, mas não sinto vontade de comer, a explicação é a memória olfativa afetiva, da mãe cozinhando, ou o cheiro do churrasco, que remete aos momentos de confraternizações com amigos e parentes. </p><p class="graf graf--p" name="dbe8">Sexta-feira fui à feira, senti o perfume das uvas maduras e voltei no tempo, uvas cheiram a Natal, a verão, a festa familiar. Cheiro de pessoas reunidas comemorando. Cheiro de amizades, risos, brincadeiras, crianças correndo.</p><p class="graf graf--p" name="0b1c">A minha memória resgata cheiro de infância na chácara, sim, morei em uma chácara quando contava com nove, dez anos e nesse imóvel havia parreira de uvas vermelhas e Itália. Depois do almoço eu fazia uma ronda por todo terreno para ver as frutas que haviam amadurecido e as uvas eram apaixonantes e deliciosas. Sabor de infância, de folia.</p><p class="graf graf--p" name="2b7f">Atualmente o que me incomoda nos cheiros e que por mais que se assemelhem ao cheiro retido na memória, o sabor não é o mesmo, e isso é frustrante. É igual ao frango de padaria, o cheiro é melhor que o sabor.</p><p class="graf graf--p" name="661d">Voltando à feira, não resisti e comprei as uvas, já imaginando que não ficaria satisfeita, que elas não me trariam o sabor da memória e pasmem, pela primeira vez, em muitos anos, senti o mesmo sabor.</p><p class="graf graf--p" name="809f">Saboreei aquelas frutas com os olhos fechados, sentindo cada detalhe do sabor. O líquido escorrendo, o doce sabor melando minhas mãos e boca. Quase um “orgasmo palatável”, se é que isso exita, mas o prazer que a degustação me proporcionou foi comparável a isso. Respirei fundo e agradeci a Deus pelo momento vivido tão intensamente.</p><p><br /></p><p>Imagem: <span style="font-family: PlusJakartaSans, -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Oxygen, Cantarell, "Helvetica Neue", Ubuntu, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre;">Foto de Tirachard Kumtanom: https://www.pexels.com/pt-br/foto/uvas-maduras-544114/</span></p><div class="acfifjfajpekbmhmjppnmmjgmhjkildl" id="acfifjfajpekbmhmjppnmmjgmhjkildl"></div>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-77682981775131490072022-11-15T19:25:00.001-03:002022-11-15T19:25:09.487-03:00Descobri que sou adepta do Deboismo, antes mesmo de saber o que era isso<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjupC-WTOrg4G4yKEMQLf364AYw65kTB5fekqRFJ8pyvHwSAIv-M10GIK8VeIsw34uoxnwZr_sU2kJQacOvXPUJjbfz0sEopfGxsGbe-vZmW8LMRqdTE53KcHJ8eJVp6qKLQ6670xhD0ZzS_kMfKK8lEaHny7flCUIVPNT_ISmeEscGcf6yCYbLQTJo9g/s5399/pexels-mali-maeder-1278952.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3612" data-original-width="5399" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjupC-WTOrg4G4yKEMQLf364AYw65kTB5fekqRFJ8pyvHwSAIv-M10GIK8VeIsw34uoxnwZr_sU2kJQacOvXPUJjbfz0sEopfGxsGbe-vZmW8LMRqdTE53KcHJ8eJVp6qKLQ6670xhD0ZzS_kMfKK8lEaHny7flCUIVPNT_ISmeEscGcf6yCYbLQTJo9g/s320/pexels-mali-maeder-1278952.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p>
<p class="graf" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> </span></b></p>
<p class="graf" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">Até
há algum tempo, eu era conhecida pelo meu “pavio curto”. As pessoas do meu
relacionamento próximo, ou médio, sabiam que por pouco, muito pouco, estourava.
Perdia a paciência e respondia no ato, antes de pensar. Mesmo em conversas
amenas, meu tom de voz era alto e estridente e quem ouvia pensava estar
brigando. Não estava, mas poderia mudar a qualquer momento.<o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="3e2d" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">Por outro lado, desde a adolescência interessava pela Yoga e pela
meditação, contudo não dediquei ao aprofundamento nas práticas.<o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="deba" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">Comecei a praticar a meditação há poucos anos, no começo sem
constância, agora diariamente. O yoga veio na sequência, no começo uma aula por
semana, agora aula e prática diária (ou quase).<o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="ac56" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">Percebo que, com esses novos hábitos há uma evidente mudança no meu
comportamento.<o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="af49" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">Com a meditação, vejo meus pensamentos comportando adequadamente, sem
atropelos e sem ideias desnecessárias. Não há aquela competição, não pode ser
mais chamado de macaquinhos pulando de galho em galho. Há uma certa
tranquilidade, cada um deles respeitando seu momento e o tempo do outro. Existe
organização, (risos).<o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="5f80" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">Vejo a meditação como aquele professor que coloca ordem na sala sem
precisar se exceder, gentil e amoroso. A partir do momento que se torna um
hábito, o comportamento externo muda também. É um processo, não mudança
imediata.<o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="121a" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">Quando pensamos sem atropelos, diminui o risco de estourarmos por
pouca coisa, pois temos tempo de refletir e constatar se vale a pena sair do
estado tranquilo.<o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="c9dd" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">Com o yoga, aprendi, principalmente, a respirar. Ao respirar lenta e
profundamente, saímos do estágio correr ou lutar e voltamos ao estado animal
racional. Respirando, irrigamos o cérebro com oxigênio, muito oxigênio, para
que ele volte ao normal, ao novo normal de um meditador.<o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="6575" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">Sou humana, e por isso, sinto raiva, posso perder o controle como
qualquer pessoa, no entanto, como meditadora tenho a vantagem de conseguir
respirar e pensar antes de perder. E descobrir se vale a pena.<o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="ac7f" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">Recentemente me deparei com a palavra Deboismo. Não sabia o que era e
fui procurar seu significado. Sou uma pesquisadora, por natureza. E descobri
que sou adepta do deboismo, antes de saber o que era deboismo, ou melhor, <strong>sou
uma praticante do deboismo, em construção</strong>.<o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="efda" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">Segue abaixo os dez mandamentos do deboismo,<o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="daf8" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><em><b>Os 10 mandamentos do Deboismo são:</b></em><o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="e7ec" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><em>1º. Não tretarás com o próximo.</em><o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="3c4c" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><em>2º. Não deixarás pequenos problemas do dia a dia lhe atingir.</em><o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="364f" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><em>3º. Respeitarás pontos de vista diferentes e criarás opiniões
independentes, com base em seu próprio raciocínio e em sua experiência de vida.</em><o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="ef35" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><em>4º. Contagiarás o mundo com o deboismo, fazendo de tudo para não
provocar o mal.</em><o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="347f" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><em>5º. Farás amor e ficarás de boas, vivendo sempre com aquele
sentimento de alegria e deslumbramento.</em><o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="f571" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><em>6º. Tentarás sempre aprender algo novo e deixarás a mente fluir.</em><o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="053c" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><em>7º. Só tomarás decisões importantes após longas noites de sono e
questionarás as tais verdades absolutas.</em><o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="3543" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><em>8º. Escutarás boas músicas.</em><o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="2277" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><em>9º. Manterás o corpo, a mente e a alma saudáveis, e estarás
sempre disposto a perdoar o outro.</em><o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="9256" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><em>10º. Respeitarás a Mãe Terra, pois ela já estava de boa muito
antes de você existir, e não farás com os outros aquilo que não gostaria que
fizessem com você.</em><o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="92ae" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">E você, consideraria ser adepto/a? Estará propenso/a a seguir comigo
nessa jornada de arrebanhar pessoas para o deboismo?<o:p></o:p></p>
<p class="graf" name="58b3" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">Vamos “deboismar” o planeta?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1.0cm;"><o:p><br /></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1.0cm;"><o:p><br /></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1.0cm;"><span style="font-family: PlusJakartaSans, -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Oxygen, Cantarell, "Helvetica Neue", Ubuntu, sans-serif; font-size: 14px; text-indent: 1cm; white-space: pre;">Foto de mali maeder: https://www.pexels.com/pt-br/foto/pilha-de-pedras-1278952/</span></p><div class="acfifjfajpekbmhmjppnmmjgmhjkildl" id="acfifjfajpekbmhmjppnmmjgmhjkildl"></div>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-88226145379904227102022-09-02T17:07:00.014-03:002022-09-02T17:16:34.350-03:00Mãe, quero ser mulher<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7Grl1nE_dhlfMs0csok6INJzlIaN9Kuulxn2IVPw9-rjOXC1_5tMw4LyhhhiHW01jEXVSaeQzuvLXBq_a2hH2eGtpY5Ua3WAiNc_O4drj8kFz3T046Tb5VEx3WbI9B3A9qd7Bv2e7CJwu84Jg1OMA1N03rlkITLTyNlPz08utRwqozII6YP_ThWnsqg/s4001/pexels-victoria-borodinova-1619797.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4001" data-original-width="2669" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7Grl1nE_dhlfMs0csok6INJzlIaN9Kuulxn2IVPw9-rjOXC1_5tMw4LyhhhiHW01jEXVSaeQzuvLXBq_a2hH2eGtpY5Ua3WAiNc_O4drj8kFz3T046Tb5VEx3WbI9B3A9qd7Bv2e7CJwu84Jg1OMA1N03rlkITLTyNlPz08utRwqozII6YP_ThWnsqg/w213-h320/pexels-victoria-borodinova-1619797.jpg" width="213" /></a></div><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">O menininho era um doce de garoto, sensível, companheiro,
gentil. A mãe havia se separado do pai e ele aos quatro anos fora morar na casa
dos avós maternos, com mais duas tias. Ou seja, tirando o avô, ele era o único varão
entre quatro mulheres. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">As pessoas sem noção diriam até que ele era um forte
candidato a se tornar homossexual. Pensa que é exagero? Não, naquela época o
preconceito era bem maior que hoje e bem mais descarado. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Nessa casa ninguém ligava muito para isso, e era comum as
mulheres conversarem e agirem com naturalidade na frente do pequeno infante. Ele,
por sua vez, não estava ligando muito também. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O menininho era xodó de todas, era “ruim de comer”, só arroz
com ovo, por que será que crianças gostam de arroz com ovo?</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ia para a escola com a tia mais nova e ainda dormia “chupando”
a fralda, deixando-as entre desconfortáveis e assustadas quando enfiava aquele
monte de pano na boca. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Algumas vezes tinha sangramento nasal, pouco, mas ficava bem
assustado com o sangue saindo do seu nariz. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Por duas vezes foi parar no hospital por reações alérgicas,
fora isso, era bem saudável.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Certa noite, uma das mulheres estava tomando banho, e as
outras iam e vinham no banheiro e o pequeno parou e soltou a frase meio descontextualizada e todas se seguraram para não rir. Ele falou: “quero ser mulher”! As
quatro ficaram sem reação, sem saber direito o que ele queria dizer com isso,
mas o espirito irreverente dominava o grupo feminino e uma falou:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mulher usa vestido, ele respondeu: tudo bem, eu visto.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A outra disse: mulher usa salto alto, ele respondeu: tudo
bem, eu coloco. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A outra: mulher se depila, ele sem mostrar nenhum constrangimento
respondeu: tudo bem, arranco os pelos. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A mais velha, a avó, disse então: mulher menstrua. Ele
arregalou os olhos, e deve ter se lembrado do sangue do nariz e respondeu
prontamente: não quero mais ser mulher e nunca mais falou no assunto. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Hoje, homem feito, casado, pai de família, nem lembra do
ocorrido.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: PlusJakartaSans, -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Oxygen, Cantarell, "Helvetica Neue", Ubuntu, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre;">Foto de Victoria Borodinova: https://www.pexels.com/pt-br/foto/menino-em-camisa-branca-com-gola-redonda-segurando-flores-de-petalas-cor-de-rosa-1619797/</span></p>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-17990402168092692872022-08-29T16:15:00.003-03:002022-08-29T16:15:34.471-03:00Encontro de gatas semelhantes e desiguais.<p> </p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiP_tfZfN0PhvsfkYyw_1tEUxgLSZBVcum3RmfBMd6Qu6tA_gXTJtr9pwsCc3wyWN5NNYUaEMA-vXRbHKZSsA2587pIz2TBdq36Sn0bC-sO9lOkSKjhUP5d1keMUpF3EdJj35S5H_v6ux-DVL-y-0N44gixc1jZziuCisItkfJ76HcZ79s6G-ITVbA51Q/s5332/max-sandelin-FRpJVO1AjlA-unsplash.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="5332" data-original-width="3714" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiP_tfZfN0PhvsfkYyw_1tEUxgLSZBVcum3RmfBMd6Qu6tA_gXTJtr9pwsCc3wyWN5NNYUaEMA-vXRbHKZSsA2587pIz2TBdq36Sn0bC-sO9lOkSKjhUP5d1keMUpF3EdJj35S5H_v6ux-DVL-y-0N44gixc1jZziuCisItkfJ76HcZ79s6G-ITVbA51Q/s320/max-sandelin-FRpJVO1AjlA-unsplash.jpg" width="223" /></a></div><br /><p></p>
<p class="MsoNormal">A gata vivida, experiente, com marcas da vida pelo corpo
descansava ao sol, refletindo sobre a vida, sem compromisso, sem pressa. Ao
levantar os olhos percebe a aproximação de outra gata, com idade semelhante,
que lhe cumprimenta e inicia uma conversa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A gatona, chamaremos ela assim, observa a gatinha, tentando
descobrir coisas a seu respeito e o que poderia lhe acrescentar esse novo
conhecimento. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Todos seres que se aproximam de nós tem algo a nos oferecer,
seja uma ideia nova, uma experiência de vida, uma opinião diferente ou qualquer
coisa e ao observarmos e darmos ouvidos a esses novos conhecidos, aumentamos
nosso arsenal de conhecimento, enriquecemos a nossa própria vida. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Gatona, esperta, vivida, dá corda, empresta seus ouvidos
para a novata, deixa-a falar, ouve-a com atenção tentando compreender aquilo
que não é dito, refletindo sobre os prováveis pensamentos que originam a fala.
Joga, a esmo, perguntas para obter respostas que lhe interessa para montar um
perfil da nova companheira.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A novata tem uma situação de vida confortável, estável,
resumindo: cômoda. Percebe-se que se esconde por trás da família tutora, se
arrisca pouco, tem medo de viver e se atirar no mundo e seu tempo nessa vida já
adentrou na última fase, pode-se dizer que a juventude felina já ficou para
trás há tempos. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">As duas conversam, a novata conta fatos recentes de sua
vida, discorre sobre a vontade de mudar, de se atirar um pouco mais, no entanto, se sente paralisada, arruma desculpas e se recolhe. É uma conversa estranha,
dois seres da mesma raça, com situações de vida tão semelhantes, mas, em simultâneo, tão díspares. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A gatona tenta abrir um pouco o olhar da novata, mas a cada
tentativa a novata se recolhe, se encolhe e some da vista. A mais velha
prossegue nas suas reflexões e recua, dando espaço para a novata. Não vai mais
insistir. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Não demora muito e a novata retorna. Parece um jogo de
esconde-esconde. Enquanto a novata tenta se manter afastada, volta a se aproximar da gatona que fica sem entender nada. Gata experiente, escaldada, não
tem paciência com florzinhas murchas que sequer conseguiram florir direito. Mas, por outro lado, pensa que poderia dar um pouco de luz na vida da novata. Abrir
um pouco seus olhos, no entanto, percebe a gaiola que a outra se colocou e
prefere ficar. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O que será que aconteceu com a novata para que ela se
escondesse na barra da saia dos tutores? O que será que lhe aconteceu ao longo
da vida para ter tanto medo de viver intensamente. Acostumou-se a viver
a vida dos outros, à sombra dos outros, sua vida só tem significado em relação às pessoas que a adestraram para ser cordata, amável, solícita. Mas, em simultâneo, percebe-se a sua inteligência, sua vivacidade debaixo daquela camada
grossa em que ela se protege.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Há uma dualidade, pois poderia ter se aproximado de outros
felinos, que talvez se assemelhassem mais a ela e sua escolha de vida, mas o
interessante é que se aproximou justamente da gatona. Por que? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Por que escolheu justamente a gatona para se achegar?
Será que a liberdade da mais experiente a atraiu? Ou será que há mais algo que não conseguimos perceber? Provavelmente nunca mais se encontrarão, pois
a novata evita fornecer mais informações sobre onde poderá encontrá-la. E a
mais antiga não faz questão e tampouco insiste. Afinal, com seu espírito de
caçadora, se quiser encontrar a novata, encontrará sua localização.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A gatona está cansada da brincadeira, como boa gata, brinca,
brinca e se cansa, tenta se afastar e procurar outras diversões e a novata
volta a rodeá-la. Ela suspira e releva, vai embora logo. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Chega o dia da Gatona ir embora, percebe que a novata a
evita e finge que não vê. Melhor assim. De repente a novata está a seu lado,
ela olha através dela, levanta e segue seu caminho, sem olhar para trás. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">Photo by <a href="https://unsplash.com/@themaxsandelin?utm_source=unsplash&utm_medium=referral&utm_content=creditCopyText">Max Sandelin</a> on <a href="https://unsplash.com/s/photos/white-cats?utm_source=unsplash&utm_medium=referral&utm_content=creditCopyText">Unsplash</a></p>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-8703970714532605842022-07-05T12:46:00.001-03:002022-07-05T13:04:54.070-03:00Espelho, espelho meu, como desapegar?<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiln5DDBRJQadaYLKoON8mM2G7nlLqCg5GgOmz_jUJEAsa4JiKwoIfVDaarlQBTKgV3lFxwWlXdtxQ9q5My5US0NnF3K_DOTm2GJv3I3c4iNyuDs2dXsBfcAvmDJ-4_r3EzdwqMGNItcJs7YCRTuUwykGTCD88l5OIqXpTXWFGQ5weXyl_mPgmmYCjPHA/s3257/pexels-thiago-matos-3022456.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3257" data-original-width="2603" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiln5DDBRJQadaYLKoON8mM2G7nlLqCg5GgOmz_jUJEAsa4JiKwoIfVDaarlQBTKgV3lFxwWlXdtxQ9q5My5US0NnF3K_DOTm2GJv3I3c4iNyuDs2dXsBfcAvmDJ-4_r3EzdwqMGNItcJs7YCRTuUwykGTCD88l5OIqXpTXWFGQ5weXyl_mPgmmYCjPHA/w256-h320/pexels-thiago-matos-3022456.jpg" width="256" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><p></p><p class="MsoNormal">Quebrei meu espelho, mas foi sem querer...<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Meu espelho quebrou ontem por descuido meu, me senti muito
mal. Fiquei parada olhando-lhe com aquela trinca enorme que o dividiu em
dois com aquele olhar de “não acredito”, podemos retroceder no tempo um
pouquinho para poder ter mais cuidado? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Não era para ele ter se quebrado. Vamos aos fatos; nesses últimos
dias estou sendo acometida por uma tosse seca irritante que se agrava a noite.
O que tem a ver com a quebra do espelho? Calma... Pois, bem comecei a pensar de
onde provinha a tosse, qual era o motivo, o que a desencadeava. Fui eliminando,
eliminando até que cheguei em uma tosse alérgica provocada pela fumaça de
cigarro de um vizinho no prédio em que moro. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Esse vizinho(a) deve fumar na janela e a fumaça entra no meu
apartamento, se espalhando e deixando o ambiente fedorento. A noite fica pior,
ou talvez, sinta mais por minha cama ficar sob a janela. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Foi então que tive a brilhante ideia de mudar minha cama de
lugar. Peguei a fita métrica e comecei a medir para ver se ela cabia em outra
posição; fica apertada, mas cabe. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Olhei para o espelho, que fica ao lado da cama... nesse
momento começa a desenrolar o acidente. Por que olhei para ele? Deveria tê-lo
deixado quietinho naquela parede! <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Um espelho ótimo, pesado, nítido, com qualidade
superior, sem distorções. Qualidades difíceis de encontrar em um espelho
atualmente, a maioria é feita de acrílico, ou papel adesivo espelhado. Ganhei
da minha irmã que trabalha com vidros e cristais, há um bom tempo. Acompanha-me
há anos. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Bem, testei se ficaria adequado na outra parede e
experimentei, segurando, minha mão falhou e ele caiu com a ponta no chão, não
deu tempo nem de respirar. Foi, já era, acabou. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ele está lá até agora, não consigo me separar dele, como
viverei daqui para a frente sem a sua companhia. Estou vivendo o luto. Olho e
penso, será que dá para aproveitar? Será que poderia ser cortado, afinal, se
dividiu em dois, meio torto, se passar um cortador de vidro ele sobrevive? Se
amputar esse pedaço estilhaçado, poderia ter vida útil? Mas será que ao tentar
cortá-lo ele não perecerá na mesa? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Espelho, espelho meu, diga-me o que posso fazer? Desapego de
vez e descarto-o, ou tento salvar uma parte de você?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Nessa noite passada não consegui dormir direito. O espelho
ficava ao lado da minha cama, refletia meu corpo dormindo, a bagunça da cama. Quando
acordava e sentava na cama, olhava minha imagem, minha pele amassada, meu
cabelo bagunçado. Penteava meu cabelo com os dedos. Passava um creme o tendo
como testemunha. Não era apenas um espelho, era o companheiro silencioso que
refletia a minha imagem, mostrando qual o estado da minha alma. Olhos fundos,
sorriso amarelo, olhar cansado, olhos animados, me achando bonita. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Era o parceiro das noites insones, quando levantava para ir
ao banheiro, estava a me observar, no escuro, tentando absorver o que poderia ser
demonstrado. Quantas vezes sentei na beira da cama olhando para ele... <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Penso na Larissa que fazia estrepolias na cama olhando para
o espelho desde bebê. Ultimamente dançava e cantava para o espelho em cima da
cama. Se fantasiava, colocava todos meus colares para mostrar para o espelho.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Era a bailarina, a Cinderela, a Frozen e tantos outros
personagens. Como será que a Larissa reagirá ao constatar a ausência do seu
parceiro de imaginação? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O espelho presenciou tantos momentos; tanto bons quanto
tristes. Presenciou noites calientes, com corpos entrelaçados, suados, em movimento
frenético. Observou calado noites febris, com dores e tosses. Foi leitor por
tabela de tantos livros lidos a noite na cama. Escutou tantas conversas, papos
longos e infindáveis. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ahhh e serviu de conselheiro silencioso; quantas trocas de
roupas, de maquiagem de acessórios? Quantos fios de sobrancelhas arrancadas,
quando cabelos escovados... A tudo assistia e aconselhava, mostrando o que
poderia ficar melhor.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Sou muito grata a tudo que o espelho me proporcionou ao
longo dos anos, é hora de despedidas. Mas não é fácil. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> Imagem: </o:p><span style="font-family: PlusJakartaSans, -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Oxygen, Cantarell, "Helvetica Neue", Ubuntu, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre;">Foto de Thiago Matos : https://www.pexels.com/pt-br/foto/fragmentos-de-espelho-na-superficie-cinza-com-o-reflexo-do-braco-de-uma-pessoa-3022456/</span></p>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-9287562538201813492022-06-20T11:59:00.005-03:002022-06-20T11:59:52.191-03:00Cheiros e perfumes; amaciantes e feromônios!<p> </p><p style="line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgShLJs8vsaNH1X_1cpWgjMMLCRiMj8kts8r-Th95a6m4AqqSxEMK0lN2jdOJxHxvCCraotYUXRBMpnkizpSpMaYHn7q2ffD12kpdWVfH_Z6CofEOQPn1QoLBETVIrseS6zKmBqYUnLpXNqrBYa2mtCyXtEwO-4bA2j0_WVaUidDegryQUUksxDLg0nsg/s6000/william-bout-TY4QMCrS6P4-unsplash.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="6000" data-original-width="4000" height="386" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgShLJs8vsaNH1X_1cpWgjMMLCRiMj8kts8r-Th95a6m4AqqSxEMK0lN2jdOJxHxvCCraotYUXRBMpnkizpSpMaYHn7q2ffD12kpdWVfH_Z6CofEOQPn1QoLBETVIrseS6zKmBqYUnLpXNqrBYa2mtCyXtEwO-4bA2j0_WVaUidDegryQUUksxDLg0nsg/w343-h386/william-bout-TY4QMCrS6P4-unsplash.jpg" width="343" /></a></div><br /><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span><p></p><p style="line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif;">Nossa memória olfativa é
muito peculiar. Alguns cheiros nos remetem a cenas inteiras de nossa infância, outros
cheiros nos causam aversão, outros provocam sentimentos agradáveis e outros proporcionam
aconchego. Cheiros e perfumes, como é interessante a nossa memória. <o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif;">Não como carne, mas o cheiro
de bife fritando me agrada, pesquisei o porquê e descobri ser a memória
afetiva, almoço em casa, bifes fritos por mãe, madrasta, avó. E com a cebola
passada na frigideira no final, levantando aquele aroma tão familiar. <o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif;">Hoje falarei de um cheiro
específico; cheiro de sabão em pó e amaciante. <o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif;">Não suporto! Sei que algumas
pessoas vão discordar e outras hão de concordar comigo. <o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif;">A indústria de produtos de
higiene intensificou a utilização de perfumes nos seus produtos de uns tempos
para cá. Não sei se para mascarar a química utilizada ou se foi pela preferência do consumidor. Aliás, de uma parte dos consumidores, pois assim como
eu, existem pessoas que não suportam os cheiros e até aqueles com problemas
alérgicos. <o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif;">As roupas, antigamente, eram
secas no sol, ao sabor do vento e ficavam apenas com cheiro de “roupa lavada”,
era um cheiro agradável. Hoje todas cheiram a amaciante.<o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif;">Pior é que existem duas ou
três marcas que dominam o mercado e quase todas as pessoas têm o mesmo cheiro.
Quando entramos em um transporte público, identificamos o amaciante que
predomina, a maioria tem o mesmo cheiro! <o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif;">As pessoas vão se
acostumando com o tal perfume e não o sentem mais e colocam cada vez mais o tal amaciante e este impregna nas tramas das roupas, não saindo nem com reza brava.<o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif;">As pessoas estão perdendo a
sua identidade olfativa, se é que existe essa denominação... Mas pensem comigo,
conhecíamos as pessoas pelo cheiro. Quantas vezes falávamos: fulana está vindo,
sicrano deixou seu cheiro na minha mão ao me cumprimentar. <o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif;">Reconhecíamos a pessoa pelo
seu cheiro natural ou pelo seu perfume que associado ao seu cheiro natural se
tornava único. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif;">Vi um vídeo recentemente, em que um psicólogo falava da perda de libido entre casais que passam a morar
juntos e a justificativa era que eles começavam a ficar com o mesmo cheiro,
porque as roupas eram lavadas juntas. Achei engraçado a primeira vista, mas
depois percebi que faz todo sentido. <o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif;">As pessoas são atraídas umas
às outras pelos feromônios, como animais que são. É a tal “química” que rola
entre parceiros sexuais. E, nessa altura começam a conviver, e vão se tornando cada vez
mais próximos a ponto de terem o mesmo cheiro e gradualmente diminuem a libido, o
interesse sexual. <o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif;">Claro! Bingo! São os tais
amaciantes de roupa que estão acabando com a libido! <o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif;">Não é o ‘stress’ e nem a
pandemia, são os produtos para lavar roupa, com certeza. Como sentir tesão pelos
tais cheiros? Cadê o cheiro da pessoa, estimulante, atrativo? <o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif;">Abaixo cheiros artificias,
voltemos ao cheiro natural, depois de um banho, evidentemente. <o:p></o:p></span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> Imagem: </o:p></span>Photo by <a href="https://unsplash.com/@williambout?utm_source=unsplash&utm_medium=referral&utm_content=creditCopyText">William Bout</a> on <a href="https://unsplash.com/s/photos/perfum?utm_source=unsplash&utm_medium=referral&utm_content=creditCopyText">Unsplash</a></p>Photo by <a href="https://unsplash.com/@williambout?utm_source=unsplash&utm_medium=referral&utm_content=creditCopyText">William Bout</a> on <a href="https://unsplash.com/s/photos/perfum?utm_source=unsplash&utm_medium=referral&utm_content=creditCopyText">Unsplash</a>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-139495953972388302022-06-08T09:23:00.000-03:002022-06-08T09:23:02.508-03:00Envelhecer bem – reserva de emergência<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJP_znlkfkCwPwmlEow7mjzmBf5qcqjsPReP_kt77NaAZ65BYDJO82Kz8n0RMsBN8XqvCWRjO14yj78PR2W2U4ob3WtWqamYWsLAlKIPHINLD8pI81SRN9Maukmw2KyANih17d-bWTX_CICVGp9jUKj2duZ7YSIz65v98Nx8wb6w386AaWho2cqEbi5Q/s2201/pexels-pixabay-210600.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2201" data-original-width="2201" height="362" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJP_znlkfkCwPwmlEow7mjzmBf5qcqjsPReP_kt77NaAZ65BYDJO82Kz8n0RMsBN8XqvCWRjO14yj78PR2W2U4ob3WtWqamYWsLAlKIPHINLD8pI81SRN9Maukmw2KyANih17d-bWTX_CICVGp9jUKj2duZ7YSIz65v98Nx8wb6w386AaWho2cqEbi5Q/w362-h362/pexels-pixabay-210600.jpg" width="362" /></a></div><br /><p class="MsoNormal"><br /></p>
<p class="MsoNormal"><b>O que é reserva de emergência?</b> É uma quantia de
dinheiro reservada para qualquer categoria de emergência, tais como desemprego,
doença, troca de eletrodoméstico quebrado inesperadamente e outros. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><b>Qual o valor a ser reservado?</b> O equivalente a seis
meses do seu custo de vida básico. Ou seja, é básico do seu gasto mensal em
alimentação, moradia, transporte, compromissos mensais como água, luz,
telefone, ‘internet’ e educação multiplicado por seis. Por exemplo: vamos supor
que gaste nesses itens indispensáveis por volta de R$ 5.000,00 no mês, a
reserva deverá ser de R$ 30.000,00.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><b>Onde deixar? </b>Preferencialmente em um título de
liquidez diária e com rendimentos acima da inflação, o que <b><i><span style="background: yellow; mso-highlight: yellow;">exclui a poupança</span></i></b>
que não tem liquidez, ou seja, caso precise antes de completar um mês, perderá
os rendimentos do mês inteiro e pior, a poupança tem rendimentos inferiores da
inflação. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Pode ser um <b>CDB</b><a href="file:///G:/Meu%20Drive/PRASEMPREPITCHULA/SITE/TEXTOS%20PARA%20O%20BLOG/Envelhecer%20bem%20reserva%20de%20emergencia%207-6-2022.docx#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> de
<b><u>liquidez diária de no mínimo 100% do CDI</u></b><a href="file:///G:/Meu%20Drive/PRASEMPREPITCHULA/SITE/TEXTOS%20PARA%20O%20BLOG/Envelhecer%20bem%20reserva%20de%20emergencia%207-6-2022.docx#_ftn2" name="_ftnref2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. Ou
no <b>Tesouro Direto<a href="file:///G:/Meu%20Drive/PRASEMPREPITCHULA/SITE/TEXTOS%20PARA%20O%20BLOG/Envelhecer%20bem%20reserva%20de%20emergencia%207-6-2022.docx#_ftn3" name="_ftnref3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[3]</span></b></span><!--[endif]--></span></span></a></b>
sendo títulos do governo brasileiro, o mais seguro que existe. O ideal é no <b>Tesouro
Selic.</b> <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O importante é que esse dinheiro esteja em um local de fácil
acesso, que possa ser retirado rapidamente e não perca os rendimentos. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><b>Reserva de emergência é um investimento?</b> Depende. Não
é investimento no sentido de procurar maiores rendimentos e alavancagens. É um
investimento na sua vida, para poder dormir sossegado, sem sustos e sem
precisar recorrer a cartão de crédito e/ou cheque especial nos apuros. Ao invés
de pagar juros, terá recebido juros. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Como construir a sua reserva de emergência? Quando receber
seus pagamentos, proventos, benefícios, a primeira coisa é separar o valor a
ser guardado. Se pensar no que sobrar para guardar, nunca terá uma reserva, pois dificilmente
sobra. Mas se retirar antecipadamente, com certeza conseguirá se virar com o
que sobra. Transfira o valor que você quer investir da sua conta bancária para
sua conta na instituição em que se cadastrou no Tesouro Direto. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><b>Como investir no Tesouro Direto?</b> Faça um cadastro em
uma corretora de sua preferência, a maioria não cobra nada, preste atenção
nisso, no site do Tesouro tem a listagem<a href="file:///G:/Meu%20Drive/PRASEMPREPITCHULA/SITE/TEXTOS%20PARA%20O%20BLOG/Envelhecer%20bem%20reserva%20de%20emergencia%207-6-2022.docx#_ftn4" name="_ftnref4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Evite o banco que você tem conta, lembre-se que os bancos ganham
em cima de você e o como não podem cobrar taxa de administração do Tesouro, vão
tentar empurrar outros investimentos lucrativos para eles e não para você. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Corretoras que tenho conta e posso indicar: Modal, BTG-pactual,
Órama e outras. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Os bancos digitais com conta remunerada a partir de 100%
do CDI: Nubank, Sofisa, BTG-pactual, Mercado Pago, C6Bank. Uso o Nubank e
BTG-pactual.<o:p></o:p></p>
<div style="mso-element: footnote-list;"><!--[if !supportFootnotes]-->Imagem: <span style="font-family: PlusJakartaSans, -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Oxygen, Cantarell, "Helvetica Neue", Ubuntu, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre;">Foto de Pixabay: https://www.pexels.com/pt-br/foto/moedas-em-madeira-marrom-210600/</span><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///G:/Meu%20Drive/PRASEMPREPITCHULA/SITE/TEXTOS%20PARA%20O%20BLOG/Envelhecer%20bem%20reserva%20de%20emergencia%207-6-2022.docx#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><b>CDB</b> - Certificados de Depósito Bancário<o:p></o:p></p>
</div>
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///G:/Meu%20Drive/PRASEMPREPITCHULA/SITE/TEXTOS%20PARA%20O%20BLOG/Envelhecer%20bem%20reserva%20de%20emergencia%207-6-2022.docx#_ftnref2" name="_ftn2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> <b>CDI</b>
é a sigla para Certificado de Depósito Bancário, nome dado aos empréstimos que
os bancos fazem entre si diariamente. O CDI serve como referência para diversos
investimentos no mercado financeiro, em especial na renda fixa, com a
rentabilidade de diversos títulos atrelada ao CDI.<o:p></o:p></p>
</div>
<div id="ftn3" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///G:/Meu%20Drive/PRASEMPREPITCHULA/SITE/TEXTOS%20PARA%20O%20BLOG/Envelhecer%20bem%20reserva%20de%20emergencia%207-6-2022.docx#_ftnref3" name="_ftn3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> <a href="https://www.tesourodireto.com.br/">https://www.tesourodireto.com.br/</a> <o:p></o:p></p>
</div>
<div id="ftn4" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///G:/Meu%20Drive/PRASEMPREPITCHULA/SITE/TEXTOS%20PARA%20O%20BLOG/Envelhecer%20bem%20reserva%20de%20emergencia%207-6-2022.docx#_ftnref4" name="_ftn4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> <a href="https://www.tesourodireto.com.br/conheca/bancos-e-corretoras.htm">https://www.tesourodireto.com.br/conheca/bancos-e-corretoras.htm</a>
<o:p></o:p></p>
</div>
</div>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-65526365718358331312022-05-31T10:00:00.001-03:002022-05-31T10:00:40.065-03:00Como guardar alimentos secos<p><br /></p><p><br /></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9V2trHQGhD8KNpeB7nbjwlMvsMe8Go_svlvTD77HYrX6ikjO0aTnWUy_lNvHUHUQifb8dNM146dW5JNtwxDq38By_YpNjNv8zHEGo-rTQcY4SV9mX4orul4ISujy7ixmMoKY3eXkUJZHiXOsjmINd8DC1KXxEKlkMWRANl0A9cbkHaEvsRfJdoUURJQ/s4032/IMG-1120%20(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3024" data-original-width="4032" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9V2trHQGhD8KNpeB7nbjwlMvsMe8Go_svlvTD77HYrX6ikjO0aTnWUy_lNvHUHUQifb8dNM146dW5JNtwxDq38By_YpNjNv8zHEGo-rTQcY4SV9mX4orul4ISujy7ixmMoKY3eXkUJZHiXOsjmINd8DC1KXxEKlkMWRANl0A9cbkHaEvsRfJdoUURJQ/s320/IMG-1120%20(1).jpg" width="320" /></a></div><br /> Estou apaixonada pelos <a href="https://amzn.to/3PRkPvS" target="_blank">potes Lumini</a> da Paramount. <p></p><p>São caros, para os padrões de potes, quando compramos os de plástico em qualquer loja de produtos de casa, mas são tão lindos. </p><p><b>Vedação:</b> eles fecham tão bem, com tamanhos variados. As tampas se encaixam perfeitamente, vedando o conteúdo e protegendo de cheiros e de entrada de ar. </p><p><b>Transparentes</b>: a transparência perfeita confere um ar de sofisticação, proporcionando visibilidade dos alimentos perfeitamente.</p><p><b>Preço</b>: São acessíveis, se pensar em custo beneficio. Não pegam cheiro nem cor. Os de plástico comum absorvem a cor do conteúdo, como exemplo a páprica e cúrcuma. </p><p><b>Individuais</b>: pode-se comprar gradualmente, conforme a necessidade.</p><p><b>Encaixe</b>: os potes encaixam perfeitamente, não escorregam e nem despencam. </p><p><br /></p><p>Não, não estou fazendo publicidade da marca, caso você compre pelo meu <a href="https://amzn.to/3PRkPvS" target="_blank">link da Amazon</a>, ganho um troco para comprar mais, mas estou compartilhando a minha paixão pelos potes mesmo. </p><p>A foto é do meu armário. Estão faltando os potes baixos para colocar temperos. </p><p>Fica muito bonito e funcional, concorda? </p>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-6511893006506026422022-05-30T14:49:00.009-03:002022-05-30T19:27:56.133-03:00Envelhecer bem - contar ou não contar?<p> </p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiApW6qLoVGvJFgu33wCv5jOw5OGyxfIjn3raCmW8RPF_T1QJdLk4lUuMISTfolr1YbWCSTypKrbVet9QSWQjt4ohxbm_fFx2IQqB3Pgu2fa8ApKfv8chR2DFkc1dzjyQNthx78KhgWlYg-VptmDVjbEjjij8lzofz52JqktzJr6_-G0VBhLtDdVukP-g/s6112/pexels-ron-lach-8089664.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="6112" data-original-width="4075" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiApW6qLoVGvJFgu33wCv5jOw5OGyxfIjn3raCmW8RPF_T1QJdLk4lUuMISTfolr1YbWCSTypKrbVet9QSWQjt4ohxbm_fFx2IQqB3Pgu2fa8ApKfv8chR2DFkc1dzjyQNthx78KhgWlYg-VptmDVjbEjjij8lzofz52JqktzJr6_-G0VBhLtDdVukP-g/s320/pexels-ron-lach-8089664.jpg" width="213" /></a></div><br /><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A Larissa e
eu conversávamos sobre assuntos aleatórios quando ela saca a pergunta: titia,
se você visse namorado de uma amiga com outra pessoa, aparentando uma traição,
você contaria para ela? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">(Não sei de
onde uma menininha de seis anos, tira essas coisas...) <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pensei em
como deveria responder, afinal, nunca se sabe qual é a intenção da criança.
Respondi que não contaria, a Silvia de hoje se omite e fica quietinha. Ela não
gostou da resposta, insistiu ser uma amiga e devemos ser leais. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Comecei a
explicar que: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: Arial; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-list: Ignore;">1.<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">não sabemos direito o que está
acontecendo, será que era mesmo uma traição? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: Arial; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-list: Ignore;">2.<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">se for, não sabemos quais os
acordos que existem nesse relacionamento, tácitos ou implícitos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: Arial; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-list: Ignore;">3.<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Não é da nossa conta, cada um
cuida da própria vida. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: Arial; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-list: Ignore;">4.<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Se houver um caos, várias pessoas
podem ser prejudicadas, você quer ser a mensageira do caos?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: Arial; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-list: Ignore;">5.<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Se eles brigarem e voltarem as
boas depois, quem ficará com o papel de vilã? Sim, a mensageira do caos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 18pt;"><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Não contei para ela, mas lembrei-me de dois episódios na minha vida, um
deles, uma pessoa que considerava muito estava sendo traída pelo marido, todas
pessoas a volta sabiam, como é de praxe. A situação era constrangedora e pensei
que deveria conversar com ela. Perguntei porque ela aceitava tudo e não tomava
nenhuma decisão. Ela respondeu que não era hora, nem o momento adequado e não era
da minha conta a vida dela e nem como deveria conduzi-la. Fiquei muito
indignada, acreditava ser preciso tomar alguma atitude. Na época era jovem e
impulsiva. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 18pt;"><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ela respondeu que cada um sabe da própria vida, onde lhe aperta o calo e
que não são as pessoas de fora que devem dar palpites. A situação ficou
constrangedora porque ela “sabia que eu sabia”, e tinha consciência que eu não
aprovava o comportamento dela. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 18pt;"><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Outra situação que vivi, foi com uma amiga também, alguns anos depois
desse. Estávamos conversando e ela falou estar cansada das amigas dela
vierem falar que viram o marido dela com outras mulheres, como que a alertando.
Continuou dizendo que não lhe interessava saber, pelo contrário, que assim
estava tudo bem. Ela falou: não quero saber, porque se “souber” tenho que ter
uma reação e no momento não me interessa reagir. Falou a mesma coisa da outra com
as palavras diferentes, falou que não sabendo, não precisaria tomar atitude
nenhuma e ainda era “recompensada” pelo marido culpado. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 18pt;"><span style="text-indent: 18pt;">Os relacionamentos entre casais dizem respeito apenas ao casal, somente os
diretamente envolvidos sabem quais são os acordos tácitos e/ou implícitos nessa
relação. Em muitas ocasiões está perfeitamente bem para eles, e vem um sapo de
fora chiar e complicar tudo. Você quer ser o sapo de fora? Você quer ser o mensageiro
do caos?</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 18pt;"><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Sílvia de antigamente pode até ser que contasse para a amiga, a Sílvia
de hoje não. Não contaria porque eu não sou legal? Não contaria porque não
me diz respeito, não sei quais são os acordos entre eles, não sei das histórias,
não sei de nada, como <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>posso interferir
algo que eu não tenho conhecimento?</span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 18pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">S</span><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">er
mensageiro do caos só prejudica o próprio mensageiro e outras pessoas que não
tem nada a ver com a situação em questão, tipo familiares, filhos, pais,
pessoas que não tem como se proteger nessa situação.</span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Resumindo:
Viva sua própria vida e deixa o outro viver a dele. </span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-56433564194294044302022-04-26T10:57:00.039-03:002022-04-26T11:25:40.997-03:00Qual a sua opinião sobre a opinião? Essa é a minha.<p> </p><p class="MsoNormal"><br /></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirdZv5aEvHZ6n6rK5q9DQe-weUCSK-Z1A24UvBtOQ8ADCs4ZYirIuJYRx_tbysNQbBn4Xk06yjr22MU7340HL8E4J2hEGJ-5mOfVo6PncT_cWlflasG041SI_DQECTmG6mti3lOZW6miqmhqpviWZ_kmmqy1nETnX9oh_9KMWyr0KSUgCjSBJ35vTb9g/s5000/pexels-andrea-piacquadio-3768146.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3333" data-original-width="5000" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirdZv5aEvHZ6n6rK5q9DQe-weUCSK-Z1A24UvBtOQ8ADCs4ZYirIuJYRx_tbysNQbBn4Xk06yjr22MU7340HL8E4J2hEGJ-5mOfVo6PncT_cWlflasG041SI_DQECTmG6mti3lOZW6miqmhqpviWZ_kmmqy1nETnX9oh_9KMWyr0KSUgCjSBJ35vTb9g/s320/pexels-andrea-piacquadio-3768146.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>Toda pessoa tem o direito a ter uma opinião sobre qualquer
assunto. Cada ser humano pensa de uma forma, teve experiências múltiplas durante
a sua vida e formou opinião sobre vários assuntos, mas será que dar a sua opinião
é tão importante e necessária?<o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal">Lembro de um psicólogo, irmão de uma amiga de adolescência
que me ensinou que para formar uma opinião sobre uma notícia, deveríamos ler
quatro jornais diferentes, ler e interpretar os textos divergentes e só a
partir daí, formar a nossa opinião sobre o assunto. Foi um dos melhores
ensinamentos que tive. Talvez a motivação para a pesquisa tenha vindo desse
conselho. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Claro que temos nossas preferências, nossas paixões por
determinados assuntos, o que nos faz emitir opiniões imparciais, mas o ideal é
que deixássemos de tomar partido e olhássemos de cima, de fora, o assunto. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">As pessoas tendem a opinar sobre assuntos complexos como se
a experiência própria, limitada, pudesse lhes conferir algum tipo de
especialidade. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Lembro-me de um caso ocorrido no hospital que trabalhei em uma
época da vida, desceu para o necrotério um rapaz chinês de uns 20 anos tendo a
causa da morte a síndrome de Stevens-Johnson. A doença é considerada rara, atinge
a pele e as mucosas devido a uma reação após o uso de medicamentos. A impressão
é que a pessoa foi mergulhada em óleo fervente, causando bolhas. É tratável,
mas algumas não resistem, caso desse rapaz que viera da China recentemente e
nunca havia tomado medicamentos alopáticos. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O jovem estava em um grupo de colegas de trabalho que
jogavam baralho e reclamou que estava com dor de cabeça e um deles <i>deu a sua
opinião</i>: tome um comprimido e outro falou, tenho aqui um. Foi o suficiente.
A opinião foi dada com a melhor das intenções, e o que deu o medicamento,
também. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Tenho por mim, que mesmo a opinião quando solicitada, é
muito perigosa. Sua amiga descobre que o marido está lhe traindo e pede sua
opinião, e aí? Falará para ela se separar? Complicado. E se ela decidir
continuar junto, como você fica na história? Falará para ela perdoar? E se
ele apronta pior, como ficaremos? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Penso que as pessoas querem opinar para alimentar o próprio
ego. Posso me incluir nesse ponto, sei que opinei muitas vezes para mostrar que
detinha o conhecimento sobre o assunto, no entanto, é necessário mesmo que
demonstremos o nosso conhecimento? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Fiquei pensando no assunto, opinião, após ler a entrevista
do Gregório Duvivier que disse ter horror a opinar e afirma nunca ter dado uma
opinião da qual não se arrependeu depois. Gostei da frase dele: “A opinião
imediata é muito perigosa. A gente vai correndo para o Twitter porque acha que
o mundo precisa daquela opinião. Só que ele não precisa”<a href="file:///G:/Meu%20Drive/PRASEMPREPITCHULA/SITE/TEXTOS%20PARA%20O%20BLOG/Qual%20a%20sua%20opini%C3%A3o%20sobre%20a%20opini%C3%A3o%2026%20abr.%202022.docx#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">As pessoas tendem a acreditar que a opinião delas ajudará o outro, inclusive nos relacionamentos pessoais, utilizam a clássica frase: “na
minha opinião, você deveria fazer...” Mas se a pessoa seguir nossa opinião e
der errado, não será fácil suportar as consequências, principalmente se a
pessoa teve prejuízos. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Receber opiniões alheias é bem desagradável, ainda mais se não solicitadas. Ouvimos como se o emissor estivesse falando: “olha, eu sei mais do que você sobre isso” o que subestima a nossa capacidade de pensar, analisar e tomar decisões. </p><p class="MsoNormal">Pior ainda é quando verbalizamos nossa opinião, aconselhamos embasadas em estudos e a pessoa não abraça a sua opinião e se dá mal. Jamais diga: eu avisei. Por outro lado, a pessoa fica constrangida em ter que admitir que você estava com a razão e o clima fica ruim. </p><p class="MsoNormal">Simplificando, por todos os ângulos, opinar é desnecessária. </p>
<p class="MsoNormal">Estou aprendendo a manter a minhas opiniões guardadas, mesmo
quando pedidas, não é fácil, o ego grita mais alto. Estou tentando. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">E você, qual a sua opinião sobre a opinião?<o:p></o:p></p>
<div style="mso-element: footnote-list;"><!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///G:/Meu%20Drive/PRASEMPREPITCHULA/SITE/TEXTOS%20PARA%20O%20BLOG/Qual%20a%20sua%20opini%C3%A3o%20sobre%20a%20opini%C3%A3o%2026%20abr.%202022.docx#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> <a href="https://gamarevista.uol.com.br/semana/qual-a-sua-opiniao/gregorio-duvivier-toda-opiniao-quer-chamar-atencao-para-a-inteligencia-do-dono/">https://gamarevista.uol.com.br/semana/qual-a-sua-opiniao/gregorio-duvivier-toda-opiniao-quer-chamar-atencao-para-a-inteligencia-do-dono/</a>.
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p><p class="MsoFootnoteText"><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "segoe ui", roboto, oxygen, cantarell, "helvetica neue", ubuntu, sans-serif" style="background-color: #e8e8e8; color: #1a1a1a; font-size: 16px;">Foto de </span><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "segoe ui", roboto, oxygen, cantarell, "helvetica neue", ubuntu, sans-serif" style="background-color: #e8e8e8; box-sizing: border-box; color: #1a1a1a; font-size: 16px; font-weight: 600; margin-bottom: 0px; margin-top: 0px;"><a href="https://www.pexels.com/pt-br/@olly?utm_content=attributionCopyText&utm_medium=referral&utm_source=pexels" style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 0px; margin-top: 0px; text-decoration-line: none;">Andrea Piacquadio</a></span><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "segoe ui", roboto, oxygen, cantarell, "helvetica neue", ubuntu, sans-serif" style="background-color: #e8e8e8; color: #1a1a1a; font-size: 16px;"> no </span><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "segoe ui", roboto, oxygen, cantarell, "helvetica neue", ubuntu, sans-serif" style="background-color: #e8e8e8; box-sizing: border-box; color: #1a1a1a; font-size: 16px; font-weight: 600; margin-bottom: 0px; margin-top: 0px;"><a href="https://www.pexels.com/pt-br/foto/avo-pensativa-com-a-neta-tendo-uma-conversa-interessante-enquanto-cozinham-juntas-em-uma-cozinha-moderna-e-leve-3768146/?utm_content=attributionCopyText&utm_medium=referral&utm_source=pexels" style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 0px; margin-top: 0px; text-decoration-line: none;">Pexels</a></span></p>
</div>
</div>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-59492377973657119502022-04-08T12:04:00.000-03:002022-04-08T12:04:18.824-03:00Tudo bem? Será que queremos saber mesmo? <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmtCKHHYVuFj7yUwLR9yZJZq-RTlnFIfLRkC2nExuz9fS4dM7D5VJp8GzOr9zmKo4zA3AATchb2OChDmZAbbTY_qBIH_CPinuQoyGma0BSzz4qd2UYCg_5hIsjUgldrEovRh_Tx6Owg16pkAgvdrQqT5BTda96wUYa_wYFnMgmGwb7IBx8fVoaRDH_qQ/s5806/pexels-christina-morillo-1181415.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3876" data-original-width="5806" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmtCKHHYVuFj7yUwLR9yZJZq-RTlnFIfLRkC2nExuz9fS4dM7D5VJp8GzOr9zmKo4zA3AATchb2OChDmZAbbTY_qBIH_CPinuQoyGma0BSzz4qd2UYCg_5hIsjUgldrEovRh_Tx6Owg16pkAgvdrQqT5BTda96wUYa_wYFnMgmGwb7IBx8fVoaRDH_qQ/w387-h265/pexels-christina-morillo-1181415.jpg" width="387" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="background-color: #e8e8e8; color: #1a1a1a; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "segoe ui", roboto, oxygen, cantarell, "helvetica neue", ubuntu, sans-serif; font-size: 16px; text-align: left;">Foto de </span><span style="background-color: #e8e8e8; box-sizing: border-box; color: #1a1a1a; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "segoe ui", roboto, oxygen, cantarell, "helvetica neue", ubuntu, sans-serif; font-size: 16px; font-weight: 600; margin-bottom: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;"><a href="https://www.pexels.com/pt-br/@divinetechygirl?utm_content=attributionCopyText&utm_medium=referral&utm_source=pexels" style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 0px; margin-top: 0px; text-decoration-line: none;">Christina Morillo</a></span><span style="background-color: #e8e8e8; color: #1a1a1a; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "segoe ui", roboto, oxygen, cantarell, "helvetica neue", ubuntu, sans-serif; font-size: 16px; text-align: left;"> no </span><span style="background-color: #e8e8e8; box-sizing: border-box; color: #1a1a1a; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "segoe ui", roboto, oxygen, cantarell, "helvetica neue", ubuntu, sans-serif; font-size: 16px; font-weight: 600; margin-bottom: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;"><a href="https://www.pexels.com/pt-br/foto/mulher-discutindo-com-seus-colegas-1181415/?utm_content=attributionCopyText&utm_medium=referral&utm_source=pexels" style="box-sizing: border-box; margin-bottom: 0px; margin-top: 0px; text-decoration-line: none;">Pexels</a></span></div><br /><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Encontramos o conhecido em algum local inesperado e
perguntamos: tudo bem? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Mas será que é uma pergunta verdadeira ou é uma daquelas
mentiras sociais? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Ou uma pergunta retórica? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Será que queremos mesmo saber como está a vida da pessoa, o
que ela tem feito, como tem vivido, trabalhado, como estão seus estudos, sua família?
O que ela tem realizado de bom, ou se está atravessando fase de doenças com ela ou
com familiares? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">As pessoas têm uma enorme necessidade de serem ouvidas e, por outro lado, não param de falar! Nem mesmo se escutam, como vão escutar o outro?
Com isso perdem a chance de serem ouvidas também. É um círculo horroroso. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Precisamos falar e não temos quem nos escute e consequentemente
não escutamos nem ao outro e nem a nós mesmos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">No mesmo sentido, temos dificuldade em ouvir atentamente,
ouvimos preparando a resposta. Esperando a nossa vez de falar. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Certa vez li um texto que dizia que deveríamos ouvir e
repetir o que o outro falou, para ter certeza que ouvimos corretamente e a
outra pessoa saber o que entendemos do que foi falado. Esse categoria de conversa é necessário,
principalmente, entre casais, para ficar claro o que foi dito, qual a mensagem
que o outro precisa passar para consolidar o entendimento. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><span style="font-size: medium;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Lembro de quando fiquei viúva e o que mais precisava era
falar e cada vez que encontrava alguém, a pessoa, na melhor intenção, vinha
consolar e falava, falava, falava e eu precisando falar, insistia e a pessoa
retrucava, não fique assim e blá, blá, blá… Até que encontrei um amigo que só
me abraçou e deixou que falasse, chorasse, falasse e chorasse, sem nexo nenhum.
Ele permitiu que pudesse extravasar meus sentimentos. Obrigada. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><span style="font-size: medium;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Quando falo em voz alta o que me aflige, consigo raciocinar
melhor ao me ouvir, consequentemente fica mais claro e a solução mais próxima.
Por isso que psicólogos e terapeutas estimulam a pessoa a falar, para que elas
se ouçam. Às vezes aquilo que acreditamos ser um problema, quando dito em voz
alta, fica meio que sem sentido e se torna bem menor. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Estou tentando ficar mais atenta e quando pergunto. <i>Tudo bem?</i> Olho nos olhos da pessoa e espero ela responder. Conforme o olhar,
pergunto de novo, se ela quiser responder, dou a chance de ela falar. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><span style="font-size: medium;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Concordo também que algumas pessoas são bem complicadas e
quando perguntamos se está tudo bem ela desfiará um rosário contando todas
as mazelas da vida dela, da família, do trabalho e outros. Mas, nesse caso é
necessário saber cortar para não virar o “muro das lamentações”, é questão de
usar o bom senso. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><span style="font-size: medium;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Por sua vez, há aquelas pessoas que se incomodam que não
esteja tudo bem com você! — Como assim não está tudo bem com você? Você tem que
estar bem, você tem isso, aquilo, aquilo outro, tem que ser agradecido e estar
bem. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">O “tem que estar” é uma droga. Como se a outra pessoa não
tivesse o direito de não se sentir bem. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Às vezes, as pessoas precisam só de acolhimento, aceitação,
saber que existe alguém com quem possa contar para ouvir, apenas ouvir. As
pessoas quando precisam de opinião, pedem; quando precisam de conselhos, pedem;
quando precisam de orientações, pedem também. Da mesma forma observar em nós
essas nuances. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><span style="font-size: medium;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Concluindo, acredito que antes de falar a pergunta: “tudo
bem?” para alguém poderíamos pensar qual a intenção da nossa pergunta e se,
realmente, quisermos saber se está, deveríamos dar o tempo necessário para ela
responder. E mais importante: ouvir a resposta com atenção e acolhimento.</span><o:p></o:p></p>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-42720397239851658552022-03-04T18:46:00.015-03:002022-03-04T18:46:00.163-03:00Perrengues de Pitchula - Pata quebrada<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"><i><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"><br /></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"><i><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"><br /></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"><i><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"><br /></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"><i><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"></span></i></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><i><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjGy0Rm9PQW3KcKwMCOISBY2x97yCL2PnPHWCerrug8kQt1mxxCyqtTUCSLHqjPDvAdwE3L04ApH2gl9QlFXoeVgOsAC6b1rjOkkc5xSsaPc88pdijbewaBVRBzn2hmufQ624_NWC7Dq30QCUa9a05833LETCyimitVI37UU4oEr9ZEsKqTTmA9-WPXyA=s4032" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4032" data-original-width="3024" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjGy0Rm9PQW3KcKwMCOISBY2x97yCL2PnPHWCerrug8kQt1mxxCyqtTUCSLHqjPDvAdwE3L04ApH2gl9QlFXoeVgOsAC6b1rjOkkc5xSsaPc88pdijbewaBVRBzn2hmufQ624_NWC7Dq30QCUa9a05833LETCyimitVI37UU4oEr9ZEsKqTTmA9-WPXyA=w300-h400" width="300" /></a></i></div><i><br />Estávamos na casa do vizinho, era um dia friorento, eu
estava com roupinha, agasalhada e aninhada no colo da Silvia, resolvi descer,
meio que desajeitada, desequilibrei e cai. A roupa enroscou, cai em cima da
pata dobrada, como doía! <o:p></o:p></i><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"><i><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Comecei a chorar e gritar de dor. A Silvia não sabia o
que fazia, tentava ver e eu não deixa tocar com medo de doer mais ainda. Eles
me levaram em uma veterinária que ficava na outra cidade, Angatuba e a doutora
cuidou de mim, deu um remédio e dormi. <o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"><i><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Quando acordei estava com a perna imobilizada. Não,
não é gesso, tinha uma tala e muito esparadrapo, o que deixou a perninha dura e
sem movimento. Disse ter que ficar com isso um tempo e aceitei porque não
queria sentir dor. Fui uma boa menina e fiquei com aquilo sem tentar tirar.<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Aos
cinco meses da Pitchula, estávamos na casa de outro vizinho, almoçando. Era um
dia frio e ela estava com roupinha. Sentada no meu colo cismou de descer,
desajeitadamente, desequilibra e cai sobre a pata dobrada. Começou a gritar
desesperada. Não deixava tocar. Levamos no veterinário, tirou uma radiografia e
estava quebrada. A pata foi imobilizada e a veterinária aproveitou que ela
estava anestesiada e tirou o anzol também.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Admiro
cachorros que passam a vida inteira incólumes. A Pitchula parece que atraia
esses acidentes. Quantos cachorros caem do colo dos seus donos e não acontece
nada. A altura que ela caiu não passava de trinta centímetros, ou seja, muito
tranquilo, no entanto, conseguiu se enrolar e cair sobre a pata dobrada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Ahhhh
e a veterinária percebeu que os olhos dela estavam com marcas de unha de gato,
tratamos também, colírio e pomada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Depois
de um mês, levamos a Pitchula para tirar a imobilização e avaliar a situação.
Foi muito engraçado porque no dia tinha outro cachorro chorando muito para
tomar vacina e a Pitchula começou a uivar em solidariedade a ele. Ela estava
ótima, pronta para outra. Que viria com certeza. <o:p></o:p></span></p>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-90846831434975541962022-03-02T16:47:00.001-03:002022-03-02T16:47:00.156-03:00Perrengues de Pitchula - anzol no corpinho<p> </p><p class="MsoNormal"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"><v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f">
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</w:wrap></v:imagedata></v:shape><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><i style="text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Foi tudo tão rápido… eu estava correndo com a Kika,
passei perto da garage e senti uma dor, uma queimação, não sei bem o que aconteceu.
Pegaram-me, fuçaram no meu corpo, puxaram meu couro e tentaram tirar o que
estava me machucando, não conseguiram. Deixaram o anzol lá, não me incomodava,
sei que vivi um bom tempo com ele alojado nas minhas costas. Não sentia nada.</span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgY8uT7hEgNn0Ld5vBfU2RdS2It3NZIodaZgx9hQHp1rVvviasxAoH5i3v5wPSnSJaixL91RAfzZxIexJhnfTMiJcP97jOlQijZlXM27zXYCI3GPWc6odCIR1lQm2mXMmTjeFtmlXOFvci0pF7yofQ75mGgN2rEoQW594is9q2hJ35k4-8UMOcxY2lbxw=s292" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="292" data-original-width="292" height="187" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgY8uT7hEgNn0Ld5vBfU2RdS2It3NZIodaZgx9hQHp1rVvviasxAoH5i3v5wPSnSJaixL91RAfzZxIexJhnfTMiJcP97jOlQijZlXM27zXYCI3GPWc6odCIR1lQm2mXMmTjeFtmlXOFvci0pF7yofQ75mGgN2rEoQW594is9q2hJ35k4-8UMOcxY2lbxw=w187-h187" width="187" /></a></div>A
Lirta e Albertino, foram morar no rancho também fugidos do caos de São Paulo,
eram pessoas legais, convivíamos esporadicamente. Certo dia, estávamos na casa
deles e a Pitchula brincava, correndo com a Kika, a companheira peluda da
Lirta, o quintal era grande e as duas faziam uma tremenda folia, até que as
cachorras passaram por umas varas que estavam encostadas na parede, a Kika
desviou, a Pitchula não. Se emaranhou nas linhas e um anzol entrou no ombro
direito dela. Tentamos tirar, mas como o anzol tem aquelas farpas que enfiam
quando sai, ou seja, se insistíssemos iria machuca-la mais, cortamos a
“bundinha” do anzol e tentamos tira-lo pelo lado da farpa, no sentido dessa,
não conseguimos. Como ele estava sob o couro, não penetrara na carne,
resolvemos deixa-lo lá dentro, pois se forçássemos poderíamos machucá-la ainda
mais. Sabíamos que a tendência é formar uma capsula em volta dele e que não
faria mal, e assim fizemos. Realmente, depois de um tempo, sentíamos o anzol
encapsulado. Não incomodava a pequena em nada.<o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"><i><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">A população do Tapiá está aumentando, no começo era
apenas a Silvia e o Miguel, depois veio o senhor Pedro, o senhor Euzébio e a
esposa, eles tinham um filho com limitações físicas e cognitivas, e como animal de estimação, um papagaio. Aliás, esse<br /> papagaio fugiu e eles sofreram muito com a perda do bichinho, ela
vivia procurando-o e chamando. Coitada, deve ser muito ruim não saber onde está
seu animal de estimação. Como sei de tudo? Ora, presto atenção.<o:p></o:p></span></i></p><div id="gtx-trans" style="left: -15px; position: absolute; top: 14.4px;"><div class="gtx-trans-icon"></div></div>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-53195737506190482672022-02-28T17:02:00.004-03:002022-02-28T17:02:42.740-03:00Trechos do livro "Prasemprepitchula..."<p> </p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEib2OSJiVApTT91Ix0O4NJt4llVFGhR7QhWco3KAbeEsoupL5ldi6_B59QWxlRUPkB6J_TQmhQ0FwsIP9IrzWlzQACKWR2tF78UrYdXc1_K7ufZ5b4uVzEae89tCU1fQ0fSCBZO75Vg6eK7ivKJwBLBtog1mYlQSIG3KP2uvzSxIjrn1zk884ll8y4utg=s2048" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEib2OSJiVApTT91Ix0O4NJt4llVFGhR7QhWco3KAbeEsoupL5ldi6_B59QWxlRUPkB6J_TQmhQ0FwsIP9IrzWlzQACKWR2tF78UrYdXc1_K7ufZ5b4uVzEae89tCU1fQ0fSCBZO75Vg6eK7ivKJwBLBtog1mYlQSIG3KP2uvzSxIjrn1zk884ll8y4utg=s320" width="320" /></a></div><br /><p></p>
<p class="MsoNormal">Não sei se comentei aqui que estou escrevendo um livro sobre
a minha vida com a Pitchula. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Aliás, nem sei se os mais novos leitores desse Blog sabem
que ele começou com a Pitchula e a cardiopatia que a acometia. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Eu não tinha com quem ficar conversando o sobre os males que
afligiam a minha cadelinha, e mesmo que tivesse seria bem chato que falasse
direto sobre o assunto. Iria me tornar a chata da cachorra. Sendo assim, decidi
que escreveria sobre o assunto, podendo ajudar outras pessoas que estivessem na
mesma situação e desabafar também. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Por outro lado, quem lesse, estaria, de fato, interessado no
tema, portanto, não causaria desconforto. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Aproveitei os temas expostos no blog, atualizei e
acrescentei a primeira parte da vida dela e todas as situações que passamos
juntas. Olha, alerto que ela passou por muitos perrengues, parece até exagero,
ficção, mas não foi. Pelo contrário, alguns repetidos deixei de fora. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O livro está praticamente pronto, então começarei a
compartilhar trechos dele aqui no blog, onde começou a ser escrito. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Boa leitura e compartilhem com quem gosta de animais e
leituras.<o:p></o:p></p>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-71931573107480490722022-02-07T18:25:00.000-03:002022-02-07T18:25:34.856-03:00Palavras, apenas palavras<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjQt2hy8de7QDh-yxMNMnggFU1mFqFKq8XMwjYB6hySBv7aznH1TwX5D1xdD62oYDxrb4_mVKHwFl0OtR50hQdEURp8gg_b45-vGY6mcrAaXJ36euY3_YZOXdYiUtEUBUREwwtLYBPyWnnx14-G-vFc6daaMjUnjpl-a-Q-0gfIkCjpz0T3TiQPgByEgg=s3264" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2176" data-original-width="3264" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjQt2hy8de7QDh-yxMNMnggFU1mFqFKq8XMwjYB6hySBv7aznH1TwX5D1xdD62oYDxrb4_mVKHwFl0OtR50hQdEURp8gg_b45-vGY6mcrAaXJ36euY3_YZOXdYiUtEUBUREwwtLYBPyWnnx14-G-vFc6daaMjUnjpl-a-Q-0gfIkCjpz0T3TiQPgByEgg=s320" width="320" /></a><span style="text-align: left;">Photo by </span><a href="https://unsplash.com/@seffen99?utm_source=unsplash&utm_medium=referral&utm_content=creditCopyText" style="text-align: left;">Sven Brandsma</a><span style="text-align: left;"> on </span><a href="https://unsplash.com/s/photos/words?utm_source=unsplash&utm_medium=referral&utm_content=creditCopyText" style="text-align: left;">Unsplash</a></div><p></p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Há algumas palavras mágicas no meu entendimento, lembro do
Luís Fernando Veríssimo e de um texto seu que falava sobre isso, quando li,
fiquei encantada, descobri termos algumas palavras em comum. Se eu diferia, o autor também era e me senti representada, confortada por ter um
semelhante.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Desde criança leio, quando era pequena e aprendi a ler, li
todos os livros que havia em casa, o que era pouco. Lembro de <a href="https://amzn.to/3HPGPTv" target="_blank">“reinações de narizinho<br />”</a>, primeiro livro que li e acredito que o único infantil. Li tudo que
tinha em casa, desde bulas de remédios até rótulos de produtos. Li até uma
coleção de educação sexual, do meu pai, e quando descobriu estar lendo
a coleção aos oito anos, não ficou nada satisfeito. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Inclusive essa coleção foi motivo de discórdia entre
vizinhos, devo confessar minha culpa. Explico melhor; um dia estava perto das
vizinhas que conversavam e escutavam no rádio o programa do “Gil Gomes”, o “homem
do sapato branco” que noticiava que a moça fora sequestrada e estuprada.
E eu, na santa inocência, me intrometi na conversa de adultos e disse: “coitada”!
Só isso, mas as mulheres quiseram saber porque disse isso, se sabia o que era
estupro e respondi que sim e expliquei o que era, só isso! <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Deu um <i>rebosteio</i> só, como uma menina de oito anos
sabia o que era um estupro nos anos 70, quando mal havia televisão e ‘internet’
nem em sonho! As vizinhas me proibiram de andar com as filhas delas, minhas
colegas, pois “não era mais pura” na visão delas. Foram conversar com meu pai
que deu uma bela bronca e escondeu quase todos os livros de casa, seria uma
espécie de censura, certo? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Voltando ao tema, quando se lê é natural aumentar o
vocabulário e se descobre palavras novas acredito que seja comum querer usa-las,
no entanto, na escola, era discriminada pela utilização dessas novas palavras.
Ou seja, para ser aceita devia ser limitada vocabularmente como as outras
crianças. Bem que tentava, mas era difícil segurar, às vezes uma palavra mais
rebuscada saia e ouvia comentários deselegantes. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">E algumas palavras me encantavam, seja pela sonoridade, pela
diferença de grafia, pelo significado não combinar com a própria palavra. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Como, por exemplo: <i>lânguida</i> não deveria ter a sílaba tônica
na primeira e sim na segunda, languída, lambida... semelhante, que acha? Como coisa
amolecida, derretida. “A mulher permanecia deitada, languida, a esperar que sua
vontade fosse realizada.”<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Quando comecei a trabalhar na Defensoria Pública, a primeira
palavra nova que incorporei ao meu vocabulário foi <i>intempestivamente</i>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O documento continha: <i>recurso indeferido por ter sido
interposto intempestivamente</i>. A minha missão era explicar ao assistido, <i>hipossuficiente</i>
financeira e educacionalmente, que o recurso que ele interpôs era <i>intempestivo</i>.
Tive que destrinchar, encontrar uma explicação plausível e convencê-lo. Ele me
olhava como se estivesse ouvindo outra língua. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Outra palavra era denegação. Missão: explicar ao mesmo categoria de assistido que a demanda dele fora <i>denegada</i>. Após toda a minha
explicação sobre o que era a <i>denegação,</i> em resposta ele perguntava <i><u>por
que</u></i>? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Sua demanda foi denegada, pois, é <i>manifestamente incabível</i>.
E o mais interessante é que alguém errou um dia na planilha e escreveu: <i>manifestadamente
incabível</i> e ora o sistema colocava uma, ora colocava a outra. O que causava
mais confusão ainda. No entendimento do usuário, porque, em síntese, era a
mesma coisa. Era incabível e pronto. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Há no meio jurídico palavras, como essas utilizadas acima,
comuns e estão incorporadas. Para as outras pessoas, fora do meio,
soam como bizarras. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Recentemente, o Tribunal de Justiça de São Paulo começou uma
campanha para desvendar o “juridiquês” e muitos apoiaram, <i>Juridiquês Não Tem
Vez. </i>No entanto, tenho dúvidas se está alcançando as pessoas de modo geral.
Penso que se estivessem, já teriam conseguido que entendessem o que é uma <i>fake
news</i>, o que é a <i>desinformação</i> e a quem atende a propagação desse
conteúdo. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Quando trabalhei no hospital, mais precisamente no setor <i>anatomopatológico</i>,
várias palavras novas foram incorporadas. Biópsia, Helicobacter pylori,
macroscopia, microscopia, adenocarcinoma de células claras, histologia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Meu vocabulário atual compreende palavras exclusivas do
ambiente hospitalar, do meio jurídico, das redes sociais, da fotografia, do
reduto financeiro. Como, por exemplo, diferenciar a renda variável da renda fixa,
volatilidade, trava de baixa com put, cisne negro. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">E assim, conforme envelheço, meu arsenal de palavras cresce e
penso como cabe tudo isso dentro do meu cérebro, será que ele vai engavetando,
comprimindo, para fazer caber? Uma coisa tenho certeza, o cérebro não deleta
essas palavras, apenas deixa nas gavetas debaixo as que não estão sendo
utilizadas no momento, assim como realizamos com a roupa da outra estação. <o:p></o:p></p>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-12852810239835160232022-01-28T17:01:00.000-03:002022-01-28T17:01:09.364-03:00A Arte de viver plenamente - Tchic Nhat Hanh<p> </p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhVxC9BCE1CVvHNxUwa5yUMHq8GiBPDIJmYC7_KXoezY-2G5bpVj0pBqnTseqTeT2GcYW5PPLC94uxem3wHoZbPphTEl9bIgZyUj9ZCCyA1JUth7Mdoef9dOSySnJjBcn7zuCxtM9cWKbhRgOVxYUWXfG2LTRWLyag5VAn3Wspmeip9CLCN-JRgRLdO6w=s5184" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3456" data-original-width="5184" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhVxC9BCE1CVvHNxUwa5yUMHq8GiBPDIJmYC7_KXoezY-2G5bpVj0pBqnTseqTeT2GcYW5PPLC94uxem3wHoZbPphTEl9bIgZyUj9ZCCyA1JUth7Mdoef9dOSySnJjBcn7zuCxtM9cWKbhRgOVxYUWXfG2LTRWLyag5VAn3Wspmeip9CLCN-JRgRLdO6w=w400-h266" width="400" /></a></div><br /><p><br /></p><p class="MsoNormal">O monge zen-budista Thich Nhat Hanh morreu aos 95 anos no
dia 22 de janeiro de 2022.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Foi o grande difusor da atenção plena ou Mindfulness no
ocidente. Poeta, escritor, poliglota, falava sete idiomas, professor das
Universidades de Columbia e Cornell, Idealizador da “comunidade Internacional
Plum Village do Budismo Engajado” templo no qual viveu e disseminou seu
conhecimento. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ativista contra a Guerra do Vietnã na década de 1960, ele
conheceu o líder dos direitos civis, Martin Luther King Jr., a quem persuadiu a
se manifestar contra o conflito.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">King indicou-o ao Prêmio Nobel da Paz em 1967, afirmou que
Thich Nhat Hanh era o “apóstolo da paz e da não-violência”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O Monge escreveu em 1975: <i>“Vi comunistas e anticomunistas
matando e destruindo uns aos outros porque cada lado acreditava que tinha o
monopólio da verdade”</i>. Frase que continua plenamente aplicável na atualidade.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Fundou centros de meditação e mosteiros budistas em vários
países, em 2014 sofreu um AVC e em 2018 voltou para Hue, no centro do Vietnã,
para viver seus últimos dias no Templo Tu Hieu, onde iniciou seu monastério. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Escreveu vários livros:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://amzn.to/33SufUN" target="_blank">O Milagre da atenção plena: Uma introdução à prática da
meditação;<o:p></o:p></a></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://amzn.to/33SufUN" target="_blank">Silêncio: o poder da quietude em um mundo barulhento;<o:p></o:p></a></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://amzn.to/33SufUN" target="_blank">Meditação andando: Guia para a paz interior;<o:p></o:p></a></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://amzn.to/33SufUN" target="_blank">A arte de relaxar;<o:p></o:p></a></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://amzn.to/33SufUN" target="_blank">Caminhos para a paz interior;<o:p></o:p></a></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://amzn.to/33SufUN" target="_blank">Sem lama não há lotus: A arte de transformar o sofrimento;<o:p></o:p></a></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://amzn.to/33SufUN" target="_blank">Paz mental;<o:p></o:p></a></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://amzn.to/33SufUN" target="_blank">A arte de comer, <o:p></o:p></a></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://amzn.to/33SufUN" target="_blank">A arte de amar e tantos outros, recomendo a leitura de todos,
mas o meu preferido é <o:p></o:p></a></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://amzn.to/33SufUN" target="_blank">Silêncio: o poder da quietude em um mundo barulhento, livro
que releio várias vezes ao ano, sempre com prazer e descobrimento. </a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Posso afirmar ser um dos meus mentores, o que sou hoje, o
que me tornei devo a esse monge e seus escritos. <o:p></o:p></p>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-30106777131292178062022-01-26T16:23:00.004-03:002022-01-28T17:11:38.667-03:00Prasemprepitchula – Ataque de uma coruja<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgKQjsj2M3J50do0FH4YhDKCgAko_2ZXzD9MfnEOpOJAUR_vyQvisE3o5unfMswKGH797j0b6wHq2DjyBQdIeBJfdp72C7TX4Zj5FgMXq54RguYsSdW3mAejBb0vR1thJdzlD_hn_4Rsy3dcRxDeyRk8DGe_xGg8UOHGuBdUNbJn_IRRTPPZogsE2pd3A=s2703" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2703" data-original-width="2592" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgKQjsj2M3J50do0FH4YhDKCgAko_2ZXzD9MfnEOpOJAUR_vyQvisE3o5unfMswKGH797j0b6wHq2DjyBQdIeBJfdp72C7TX4Zj5FgMXq54RguYsSdW3mAejBb0vR1thJdzlD_hn_4Rsy3dcRxDeyRk8DGe_xGg8UOHGuBdUNbJn_IRRTPPZogsE2pd3A=w614-h640" width="614" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><i>Saiamos para passear todo dia na rua, de manhã e à tarde, era uma
rua de terra, raramente tinha carro e minha parceira já tinha me ensinado que carro
era perigoso. Como ela ensinou? Cada vez que ouvíamos um barulho de carro, ela
me chamava e me pegava no colo, assim entendi ser inseguro quando ouvia
aquele barulho. <o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-margin-bottom-alt: 8.0pt; mso-margin-top-alt: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><i><o:p> </o:p></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-margin-bottom-alt: 8.0pt; mso-margin-top-alt: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><i>Bom, nesse final de
tarde eu estava correndo, brincando, ia e voltava procurando algo
interessante daí ouvi minha parceira gritar desesperada, não entendi o porquê,
não vinha carro…, mas ela correu para mim e eu parei sem entender nada. Ela
me pegou no colo assustada, me abraçou bem apertado e voltamos para casa. Não
entendi direito, mas tudo bem.<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-margin-bottom-alt: 8.0pt; mso-margin-top-alt: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-margin-bottom-alt: 8.0pt; mso-margin-top-alt: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">Morávamos na beira de
um rio, lugar com mata, com muitos pássaros, lontra no rio, até tamanduá vi por
lá. Veadinhos também. Ahhhh e corujas. Havia aquelas corujas grandes, na região
chamavam-nas de “rasga-mortalha” pelo barulho que faziam: “rrrrrrrrrrrrrrr” que
parecia um pano sendo rasgado. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-margin-bottom-alt: 8.0pt; mso-margin-top-alt: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">Final de tarde, estávamos
dando uma volta pelo local, a Pitchula correndo na frente, ia e voltava
brincando pelo caminho, nisso vimos um vulto cortando o céu e dando uma rasante
sobre a Pitchula, gritei. A Pitchula estava distraída e não percebera, parou
e a coruja deu outra volta para mergulhar de novo, sai gritando feito louca e a
Pitchula correu para mim e a peguei no colo, graças a Deus a coruja errou o
alvo. <o:p></o:p></p>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-80014408717195869412022-01-20T15:18:00.004-03:002022-01-20T15:18:33.063-03:00Ser diferente, vantagem ou desvantagem? <p> </p><br />
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjEMkYhgDALbJ6mBRvT1OMuqeDSWxI4D0iEcrTIyEe14PRiBXXPSdYJJcibInJmkn8MhCIs-FgG_amwFHx3yi21yzJRsyg-FTY3Zsgati4k0_SQIcSqx-WD9aJVhIUVlfG6Gvyn1DQCyEYoOVkSE-cr7dUH2FijHGqnOxz788I0g61rm2JzwESzeGKZUg=s5325" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="5325" data-original-width="3550" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjEMkYhgDALbJ6mBRvT1OMuqeDSWxI4D0iEcrTIyEe14PRiBXXPSdYJJcibInJmkn8MhCIs-FgG_amwFHx3yi21yzJRsyg-FTY3Zsgati4k0_SQIcSqx-WD9aJVhIUVlfG6Gvyn1DQCyEYoOVkSE-cr7dUH2FijHGqnOxz788I0g61rm2JzwESzeGKZUg=w266-h400" width="266" /></a></div><o:p> </o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">O ser diferente é complicado,
muito complicado... <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">Quando se segue a manada, é
igual aos outros, passamos despercebidos, estamos inclusos no bando, não
oferecemos ameaças. No entanto, quando diferimos, o riso é grande. O
risco de ser excluído do bando existe e é presente. As pessoas começam a evita-lo
como se pudessem ser contaminadas. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">Interessante que qualquer coisa
é motivo para ser o diferente. Tenho vasta experiência nesse quesito.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">Lia muito quando criança,
consequentemente meu vocabulário era bem maior do que o das outras crianças, o
que acontecia? A chamada CDF era excluída, não fazia parte da massa. Somente
era requisitada quando poderia ser útil, quando poderia dividir seu
conhecimento, ou seja, passar cola nas provas. Interessante que nessas
situações todos queria sentar perto de mim na sala de aula.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">Era órfã de mãe, excluída
também. Quando as outras pessoas não sabem lidar com a exceção, elas excluem
automaticamente. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">Nem preciso falar que o fato de
ser gordinha, a criança diferente do restante pelo corpo foi motivo de exclusão
na infância e principalmente na adolescência. Qual garoto vai se aproximar da
gordinha quando a regra é menina magrinha? Quem chamará para praticar alguma
atividade física, algum jogo quando você não se enquadra no biotipo? Bailinhos?
Quem quer dançar com a gordinha e ser alvo de gozação? Namorar? Só se for
escondido: ninguém pode saber, tá legal? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">Coloquei-me como exemplo, mas
são tantas situações. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">A moça que usa hijab, a
portadora de qualquer deficiência física, o asiático, e não é porque haja
maldade, constato que as pessoas não sabem lidar com as diferenças. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">Não fomos ensinados a interagir
com o diferente. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">O diferente assusta. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">Lembro de certo dia, quando
fui assistir a filme no shopping e olhei na fila do cinema e a maioria das
pessoas, jovens, estavam vestidos no mesmo estilo. A massa igualzinha. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">Antigamente, jovens que ousassem
colocar uma minissaia eram agredidas verbalmente e até fisicamente pelos
familiares, “moças direitas” não podiam usar esse tipo de roupa, mostrando
tudo. Hoje vemos mulçumanas que escolheram cobrir o corpo com vestimentas
recatadas serem atacadas na mesma proporção. Como se elas não tivessem o
direito de serem diferentes, de escolherem ser diferentes. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">Observo esse comportamento
contra o diferente mais presente desde que parei de comer carne. Parece que
estou agredindo as pessoas com a minha decisão. Questionam, tentam de todas as
formas me “demover” da minha escolha:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">“E a proteína?”, “Vai ficar
doente.”, “Vai comer o que?”, “Vai comer mato?”, "Plantas também são
vivas, então você não pode comer.", "Uma vez eu fiquei uma semana sem
comer carne e...", "Mas nós somos onívoros, nosso organismo é feito
para comer carne.", "Azar o seu! Você não sabe o que tá
perdendo.", "Os animais já estão mortos, é até desperdício não
comer.", "Você não tem vontade quando sente cheiro de
churrasco?", "Fala só pra mim, você come escondido de vez em
quando?", "Não dá anemia?", "Não dá fraqueza?",<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>"E se alguém te desse R$ 1 milhão pra
comer um bife, você comeria?"<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">A intenção é fazer com que volte
ao bando, volte para o grupo. Quando percebem que não voltarei atrás, mudam o
comportamento comigo e me “excluem”. Não voltará para o grupo? Então fique
aí com sua escolha! <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">Nem entrarei nas prováveis
polêmicas sobre as diferenças de cor nas pessoas, diferenças políticas,
diferenças de gosto, de sexo, de gênero. E por aí afora. Somos tão diferentes,
inclusive gêmeos, nascidos da mesma placenta, criados juntos, são diferentes. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;">Mas já pararam para pensar em
como o mundo seria chato se todos fossemos iguaizinhos, como linha de montagem?
<o:p></o:p></p><br />Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-50911326933757190412022-01-13T10:48:00.007-03:002022-01-13T11:05:30.582-03:00O destino de pessoas selados em uma carta<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjKe3TfT4a3k3CbgYK3q84cVVdgdHzwG8Q-dhIFzb8nxgqLwz1kzs3gBeQ0MhFZZUfnNX-iPyj7vWgqA7jzeXTjAPnwuQgqNIeHmt6gayw-WYVyUZDes3HJH6yooKWD34er-kkyNXez2bAMGg_Rg0zWZ8DklJUoNscnH0ckVa_IRCA3xdfYi29NXQ51HA=s4032" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4032" data-original-width="3024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjKe3TfT4a3k3CbgYK3q84cVVdgdHzwG8Q-dhIFzb8nxgqLwz1kzs3gBeQ0MhFZZUfnNX-iPyj7vWgqA7jzeXTjAPnwuQgqNIeHmt6gayw-WYVyUZDes3HJH6yooKWD34er-kkyNXez2bAMGg_Rg0zWZ8DklJUoNscnH0ckVa_IRCA3xdfYi29NXQ51HA=s320" width="240" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal">Acabei de ler “<a href="https://amzn.to/3FreOzr" target="_blank">O silêncio das montanhas</a>” de Khaled Housseini,
escritor afegão-americano. Esse é o terceiro livro que leio desse autor. O
primeiro foi “<a href="https://amzn.to/3zWf7RD" target="_blank">o caçador de pipas</a>”, o segundo “<a href="https://amzn.to/33yQZs0" target="_blank">A cidade do sol</a>” e posso afirmar
que todos os três me impactaram da mesma maneira. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Temos por convenção que dificilmente um autor consegue
superar um grande sucesso, como foi o caso do primeiro livro, que conta a história
de amizade e traição de dois meninos, Amir e Hassan, que cresceram juntos,
exatamente como seus pais, apesar de serem de etnias, sociedades e religiões
diferentes. O livro foi lançado em 2003 e adaptado para o cinema em 2007. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O outro livro, A cidade do sol conta a história de duas
mulheres, Laila e Mariam, duas afegãs com vidas distintas, passados
diferentes e o (provável) futuro semelhante. Forte também, está na minha lista
de releitura.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">E agora li "<a href="https://amzn.to/3FreOzr">O silêncio das montanhas</a>", adquirido em 2015 e
parado na estante. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">No meu ponto de vista, não há um personagem principal, são vários
personagens e suas histórias se entrelaçam ao longo de várias décadas de encontros e separações. Todas as histórias seriam únicas se não houvesse um elo entre todos
esses personagens, o tio Nabi. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Como o farfalhar das asas de borboleta, o toque de Nabi
desencadeia mudanças na vida de dois irmãos, órfãos de mãe e apegados um ao
outro, separados na infância. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Contudo, quando acreditamos que seguiremos a trajetória
dos dois irmãos, nos deparamos com outros personagens, que vão surgindo e nos
arrebatando com suas próprias histórias. O autor introduz cada um desses com
uma narrativa que ora nos deixa confusos, mas na página seguinte, nos
encontramos envolvidos com o novato. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Gosto do jeito que ele conduz a narrativa, como se nos
enlaçasse pelo coração. Ficamos atentos para saber o desenrolar da narrativa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">E cada história seria única se não fosse o elo do tio Nabi,
a carta! <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A carta traz todos ao eixo central, o farfalhar das asas da
borboleta-Nabi!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Não conseguimos nem julgar os atos do tio Nabi, não nos cabe
esse julgamento. Ele se redime de seus feitos com sua conduta. Tanto na carta
como na sua dedicação a Suleiman, sua família e Markos. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">É a categoria de livro que não importa o final, já sabemos que o
desenrolar causou tantas mágoas e tristezas que não há possibilidades de finais
felizes para os personagens, mas apenas a aceitação, assim como a própria vida.
<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Destaco, na minha leitura e opinião, a decepção que tive com
um personagem, foi o único que acreditei que teria um comportamento diferente do
que teve e me deixou arrasada. Mas tudo bem, as pessoas reais são assim também.
<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A história se passa em quatro países, Afeganistão, França,
Estados Unidos e Grécia, durante seis décadas e são vários personagens, além de
Pari e Abdullah, os irmãos separados na infância. <o:p></o:p></p>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-53786961907874555212022-01-12T14:09:00.003-03:002022-01-12T14:27:16.021-03:00Minha faca, companheira de trinta anos<p> </p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"></div><div style="text-align: justify;">Em 1991, um amigo do meu falecido marido nos visitou no
rancho onde morávamos em me emprestou a faca que ele usava nas pescarias. Era
uma faca Tramontina pequena e apaixonei-me por ela. Cabia certinho na minha
mão, tinha um corte fabuloso e pedi para ele me dar a faca.</div><div style="text-align: right;"><br /></div><div style="text-align: right;"><br /></div><div style="text-align: right;"> <o:p></o:p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgOe4hOGXACxatKFgFp3uuOHcFYx13DbwxjqPbou9-WM5CoM25plHCMIxJQpPa6Q0AeSZ31BT4SGUrrHWpI2vwyEc6si68vs9TLK6nfk1Ge6Kqode-SAvDKulMoZjLyXj6Ao5mCKUxLAp4-P5MzV_ccAd8_S6q0TRPyynzc6TNEEjDes4SDOoxV97kunw=s3280" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3280" data-original-width="2089" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgOe4hOGXACxatKFgFp3uuOHcFYx13DbwxjqPbou9-WM5CoM25plHCMIxJQpPa6Q0AeSZ31BT4SGUrrHWpI2vwyEc6si68vs9TLK6nfk1Ge6Kqode-SAvDKulMoZjLyXj6Ao5mCKUxLAp4-P5MzV_ccAd8_S6q0TRPyynzc6TNEEjDes4SDOoxV97kunw=s320" width="204" /></a><span style="text-align: center;"> </span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEipFgElg4K9Hg5zRyTgSjs6f7ZJF_hltjxB4oG-vNJe_NT5PbDlFEu5T04ftW9L_fxtlh0Yn40f7ddj4j0Cfvs9kRIMmEhmAWYvruYFtp1VqGEHNlOFsq90GL-MoVVKp5cMyCsToRYQSA6ZqYQLJBUBemlG9GtJdXjr5DMIM4tHjT3qsLWw7olPligUew=s617" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: right;"><img border="0" data-original-height="463" data-original-width="617" height="194" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEipFgElg4K9Hg5zRyTgSjs6f7ZJF_hltjxB4oG-vNJe_NT5PbDlFEu5T04ftW9L_fxtlh0Yn40f7ddj4j0Cfvs9kRIMmEhmAWYvruYFtp1VqGEHNlOFsq90GL-MoVVKp5cMyCsToRYQSA6ZqYQLJBUBemlG9GtJdXjr5DMIM4tHjT3qsLWw7olPligUew=w259-h194" width="259" /></a></div><p></p>
<p class="MsoNormal">Observei os olhos dele se encherem de dúvidas, mas ele era nosso
padrinho de casamento e acredito que seu maior desejo era ver o amigo feliz e
para isso fez a melhor coisa que poderia ter feito: deu a faca. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Essa faca me acompanha todos esses anos, ela, ao ser amolado
foi perdendo o tamanho, ficando mais estreita. Durante todos esses anos
procurei outra igual para comprar, sem sucesso. Como as letras já tinham se
apagado na lâmina, ficou difícil a identificação. A única referência que tinha
era que a marca. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Comprei outras facas, mas sempre voltava para ela, me
atendia melhor que as outras, mesmo com a restrição material. Por isso nunca
tive coragem de desfazer dela. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">No ano passado, 2021, quando a faca completou 30 anos na
minha posse, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(lembrem-se que ela já era
usada quando ganhei) decidi fuçar a Internet até encontrar uma igual. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Comecei pelas imagens do Google, filtrando depois pelas referências que tinha. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">No site da empresa, a Tramontina, encontrei uma que se
assemelhava, mas o cabo não era de madeira como a minha e pesquisei até
descobrir que a empresa alterou o material do cabo devido a exigências sanitárias.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhnxSX8LdrpQiQNfj4bR4r6tWRJ5_1U7gXQx4O4UKzYG9mFAxoeKnbEkss8t_b2eUpkW0f7inc6uZ612IwDzzVqZOKevjzEqnULI-A9H3LrbPe-ezDymV7dqeVkjBUQE_yaVeyyqtfHDrFRQ61o4JIow8ikSCWNWWYXsHhNnSNWpnJ7tOuqvq1cjM3VMg=s1200" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" height="248" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhnxSX8LdrpQiQNfj4bR4r6tWRJ5_1U7gXQx4O4UKzYG9mFAxoeKnbEkss8t_b2eUpkW0f7inc6uZ612IwDzzVqZOKevjzEqnULI-A9H3LrbPe-ezDymV7dqeVkjBUQE_yaVeyyqtfHDrFRQ61o4JIow8ikSCWNWWYXsHhNnSNWpnJ7tOuqvq1cjM3VMg=w248-h248" width="248" /></a></div><br /><br />
<o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal">Achei a faca! É uma faca <a href="https://amzn.to/3fjrP3m" target="_blank">Century 6</a> </p><p class="MsoNormal">Era cara, comecei a pesquisar o preço em
outros lugares, até encontrá-la na Amazon. Não vou negar que foi um dia muito
feliz. Comprei a faca nova, dei as facas que tinha, fiquei apenas com ela e uma
maior. Ela me atende maravilhosamente bem, mas confesso que não tive coragem de
dar a antiga, está na caixa de ferramentas, ela ainda é útil.<br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /> <o:p></o:p><p></p>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-87710380247660269162022-01-04T18:31:00.002-03:002022-01-04T18:31:39.574-03:00Minimalista, eu?<p> </p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiEpi4xnEbwLOvKtixRF3ehncixQbNx6Lud-2iHaVnxq5exA6Hhg_ZD2qqJrzGqdm0tPm3XAvGH2W0VUreQFnWlU6yEInOS7AYDaYQ8UwEE89EANxd-fUbxiaoCvu7cPp20lMfE1R9OoMz-5z9WSU0vangphShVHe_QvzQXUSLhgYX3zQ_9YKvCRMQRnw=s5046" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="5046" data-original-width="3648" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiEpi4xnEbwLOvKtixRF3ehncixQbNx6Lud-2iHaVnxq5exA6Hhg_ZD2qqJrzGqdm0tPm3XAvGH2W0VUreQFnWlU6yEInOS7AYDaYQ8UwEE89EANxd-fUbxiaoCvu7cPp20lMfE1R9OoMz-5z9WSU0vangphShVHe_QvzQXUSLhgYX3zQ_9YKvCRMQRnw=w231-h320" width="231" /></a></div><br /> <p></p>
<p class="MsoNormal">Sou uma pessoa minimalista? Não, acredito que não sou. Contudo, sou uma pessoa que procura somente o necessário para viver. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Considero que minha vida seja um caminhar lento e continuo à
evolução. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A evolução, para mim, é ter uma alimentação saudável, evitar
os produtos de origem animal, evitar o álcool e alimentos que agridam o meu
corpo. Sei que estou em evolução, em transição, não exijo que essa mudança seja
automática e rápida, pelo contrário, respeito o tempo do meu corpo e do meu
preparo. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Levei uns quinze anos até deixar de comer carnes bovinas, suínas
e de aves, mas assim que tomei a decisão, foi automático, desde então não
consumi mais e não sinto falta, pois foi uma decisão refletida. As pessoas não
são iguais, não se pode traçar comparações e tampouco exigir comportamento
semelhante. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A evolução no quesito alimentação foi acompanhada por outras,
comecei a prestar mais atenção a minha volta, por que tantos objetos atravancando
a passagem? Por que ter que ficar limpando, arrumando, lavando, tantas peças? O
que posso desapegar e abrir espaço? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Tivemos a oportunidade de reavaliar tantas coisas na
pandemia e a casa, os objetos, móveis foi parte dessa reavaliação. Precisamos
de espaço para trabalhar em casa, para praticar um exercício físico. A casa é feita
para nos servir e não o contrário. Não estamos disponíveis para ficar servindo
à casa. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Tive o ímpeto de liberar espaço, assisti alguns
documentários sobre minimalismo, li alguns livros, como, por exemplo: <a href="https://amzn.to/3JJCYbV">Mente minimalista</a>, <a href="https://amzn.to/3pTtgvx" target="_blank">A casa minimalista</a>, <a href="https://amzn.to/3JDFD6O" target="_blank">De adeus ao excesso</a> do escritor japonês Fumio, adorei esse livro, <a href="https://amzn.to/3qRA6RB" target="_blank">O ano em que menos é muito mais,</a> no qual a autora descarta tudo que pode no espaço de um ano, não compra e sobrevive. Outro livro que li foi <a href="https://amzn.to/3zoJtMi" target="_blank">Menos é mais</a>, a autora, Francine Jay dá dicas e orienta como incluir a família nessa jornada. O livro <a href="https://amzn.to/3sUTcJ1" target="_blank">Tudo que importa</a>, do Joshua e Ryan deu origem ao documentário da Netflix, um dos mais interessantes, entre tantos outros livros que li durante esses dois anos da pandemia. Devo confessar que li mais nesses dois anos que em outros anos. Sem falar do necessário <a href="https://amzn.to/3pUUC4q" target="_blank">A mágica da arrumação</a> da Marie Kondo, com quem aprendi que objetos, roupas lhe dão alegria ou não...</p>
<p class="MsoNormal">Estou em processo de minimalismo? Talvez. Hoje analiso cada
objeto que tenho em casa e se ele é indispensável, se não for, agradeço e me
despeço dele, deixando ir embora, ser útil em outras paragens. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Roupas? Procuro as que, realmente, uso. Não existe mais
aquele “e se um dia...” O que adianta ter inúmeras peças se quando vai se
vestir para sair pegará, exatamente, as mesmas de sempre? E quando comprarei, procuro peças de qualidade, que combinem com as que já tenho e durem,
evito comprar as modinhas de qualidade duvidosa, que nas primeiras lavagens
perdem a forma e a cor, ficando com aparência envelhecida. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Sapatos? Já me desfiz de uns 70% do que tinha. Ainda tem
bastante, se for pensar em quanto saio de casa e em quanto uso. Lembro de uma
colega de trabalho, no início dos anos 2000, que acumulava muitos pares e um
dia disse: por que tantos pares se tenho um par de pés somente? Ela desfez de 90%
do acervo. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Nesse mesmo passo podemos refletir sobre acessórios,
maquiagem, bijuterias, joias, eletrônicos, objetos de decoração, lembrancinhas,
e quem dirá da cozinha? Quantas coisas não utilizadas temos em nossas cozinhas?
<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Como começou tudo isso? Como teve início essa nossa
necessidade de acumular coisas? Os antigos tinham pouquíssimas peças de roupas
e viviam assim. Será que acumulamos coisas para nos compensar de algo que não
temos? Se for assim, por que continuamos insatisfeitos e comprando,
comprando...<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><b>O consumismo é contraproducente. As pessoas gastam mais
do que ganham para comprar objetos que não utilizam. <span style="mso-spacerun: yes;"> P</span>erdem o sono por não saberem como vão
pagar! </b><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Concordo que não era uma consumista exagerada, mas confesso
que já fiquei carente e sai para comprar sapatos, em uma ocasião comprei dois
pares de sapatos de bico fino e salto que nunca usei! Um, era vermelho e o outro
azul, não ia usar mesmo, por que comprei? Vá tentar entender o que se passa na
cabeça da pessoa...<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Bom, hoje em dia, cada vez menos é mais. Tenho uma meta: carregar
comigo só aquilo que for essencial, o que seria essencial atualmente?
Penso que um bom teste é o do “fogo”. Se alguém gritar fogo, o que você pega na
sua casa para levar com você? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Antigamente poderíamos responder que seria os documentos,
carteira, algumas peças afetivas, mas hoje em dia, o que poderia ser tão
indispensável? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Acredito que podemos responder: uma muda de roupa e o
celular. Está tudo no aparelho! Documentos, fotos, acesso a dinheiro,
acesso a amigos. Quando muito pegaria o notebook. O restante? Sobreviveria sem,
creio. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">É difícil quando começamos a nos desapegar dos nossos pertences,
parece que estamos ficando vazios e sem âncoras, mas, depois percebemos que
essas âncoras é que nos tolhiam os movimentos e começamos a nos sentir libertos
e essa sensação é ótima. Não há malas a serem arrastadas, podemos voar! <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Agora, estou sempre olhando a volta e pensando: preciso
mesmo “disso”? Posso deixa-lo ir embora? Assim vamos desapegando cada vez
mais. <o:p></o:p></p>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-79858139541019549602021-12-12T16:50:00.001-03:002021-12-12T16:50:00.174-03:00Oosouji ou faxina de fim de ano<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-mcoFx2wIkFY/YbUBBk62x6I/AAAAAAAA4oQ/ffOg55veFZwRoX9kYFQj-H_Um1M5rJoUQCNcBGAsYHQ/s1920/Oosouji%2Bou%2Bfaxina%2Bde%2Bfim%2Bde%2Bano.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1920" height="346" src="https://1.bp.blogspot.com/-mcoFx2wIkFY/YbUBBk62x6I/AAAAAAAA4oQ/ffOg55veFZwRoX9kYFQj-H_Um1M5rJoUQCNcBGAsYHQ/w616-h346/Oosouji%2Bou%2Bfaxina%2Bde%2Bfim%2Bde%2Bano.png" width="616" /></a></div><br /> <p></p><p class="MsoNormal">No Japão é costume juntar toda a família, funcionários, para
realizarem a grande limpeza, ou ritual do Oosouji/Osōji (<span lang="EN-US" style="font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic";">おおそうじ</span> /
<span lang="EN-US" style="font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic";">掃除</span>).
As pessoas dedicam-se a limpar meticulosamente suas casas, escritórios e
escolas. É realizado no último dia do ano. É o nosso <i>faxinão</i>. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A limpeza é necessária para a purificação do espaço físico,
não é apenas limpar, mas, a finalidade é nos livrar das memórias estagnadas e
dos problemas do passado e abrir espaço para novos começos e experiências. Desapegar
do antigo e abrir espaço para o novo. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Os japoneses efetuam a limpeza como um ritual. Limpam desde
o teto, batentes, janelas e portas. Da entrada para dentro. Removem toda a
sujeira, todas as marcas e manchas. Desapegam das peças que não tem mais
utilidade, das roupas que não irão mais usar. Os utensílios e aparelhos
quebrados são descartados ou consertados. Ao final recolhem o lixo e entregam as
caixas de doação. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Para a maioria das pessoas é um tanto quanto inviável realizar
essa grande faxina em apenas um dia, o último do ano. Há muito afazeres e nossa
cultura difere da dos japoneses, a minha proposta é que seja feita ao longo
do mês de dezembro, conforme a sua casa. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ok, ok, já passamos do dia 10, estamos atrasados. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Então, começamos, mãos a obra. Coragem. O novo ano será
bem melhor e a energia circulará melhor no próximo ano. <o:p></o:p></p>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-30624484195480399182021-12-11T11:49:00.006-03:002021-12-11T11:49:47.360-03:00Cidade turística, um “programa” eventual<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-wVgJXs-LVNA/YbS6I8XR8dI/AAAAAAAA4n4/veSaanOmJ-ovn97yYN0fC_0kqHverqKJQCNcBGAsYHQ/s2048/Arquivo_017.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="240" src="https://1.bp.blogspot.com/-wVgJXs-LVNA/YbS6I8XR8dI/AAAAAAAA4n4/veSaanOmJ-ovn97yYN0fC_0kqHverqKJQCNcBGAsYHQ/s320/Arquivo_017.jpeg" width="320" /></a></div> Foto: arquivo pessoal<p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Esse texto surge a partir da reflexão provocada por uma
troca de mensagens com um colega. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ele relata, com tristeza, o crescimento da verticalização na
cidade turística e lhe respondi que a boa parte da responsabilidade era deles,
incentivadores do turismo. Afinal, se a cidade estava construindo mais prédios
é para abrigar turistas em temporadas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Fiquei pensando sobre isso... Tracei um paralelo, a cidade turística
como a/o garota/o de programa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Geralmente, quando a pessoa procura uma garota de programa, almeja
a diversão, por um curto período, sem ligações, se compromete a pagar por isso
e vai embora sem olhar para trás. Pode até retornar outras vezes, se gostou da
diversão. Mas por um breve período. Se a garota deixar de ser atrativa, o “pagador”
irá procurar outra que se adapte aos seus gostos e bolso. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Assim é o turista, ele encontra aquela cidade maravilhosa,
que amigos, mídia, redes sociais, influenciadores digitais lhe sugeriram. Passa
uma temporada, usa, abusa, paga por isso e vai embora, sem se questionar qual
será o futuro da garota, quer dizer, da cidade. Não se importam com o lixo
deixado, com o que será feito do seu esgoto. Poucos são os que constroem um
relacionamento duradouro. É apenas uma paragem. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Alguns turistas criam laços, compram imóveis, vão mais amiúde,
tal qual o moço que encontra a garota de programa assiduamente. Entretanto, crianças crescem, outros valores se impõem e os laços são desfeitos. Imóveis deixados
para trás sem cuidado ou manutenção, tornando-se moradia para insetos, animais
e plantas invasoras.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Outra categoria de turista é aquele que explora a cidade, compra
o imóvel visando lucro. Inscrevem-no em plataformas de aluguel por
temporada e procuram ganhar em cima disso. Quase uma cafetinagem... Enquanto a
cidade é atrativa, ótimo. Depois? Bem, descarta-se!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Assim temos vários imóveis vazios durante a maior parte do
tempo, aglomerações nas temporadas. Lixo e esgoto não tratados. Alto custo de
vida impactando moradores. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Algumas pessoas defendem que o turismo é a fonte de renda e é
necessário para a cidade turística e pergunto: E aquelas cidades que não tem
atrativos turístico? Não sobrevivem? Não encontram meios de subsistência? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Voltemos a nosso paralelo, garotas/os de programa, jovens
bonitas/os, bem arrumadas/os ganham dinheiro com os programas. As pessoas que
não se encaixam nesse padrão, morrem? Somem? Não sobrevivem? Não há outros
meios de ganhar dinheiro?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Penso que existam tantas alternativas, ainda mais atualmente. A belez</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br />a é efêmera, a juventude também, assim é necessário que
se construa renda sobre bases sólidas e permanentes e que não causem danos. <o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E o que considero mais grave, cidades turísticas, que vivem
da exploração do turismo, com raras exceções, não promovem educação para os
jovens, não incentivam condições para haver crescimento e permanência desses
jovens na cidade. O dinheiro advindo do turismo é pouco para tanta gente, há uma
debandada de jovens que vão procurar, em outras cidades, meios de subsistência e
crescimento. Assim a cidade turística vai decaindo, infelizmente. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A falta de incentivo à educação é facilmente constatável pela
ausência de universidades nessas cidades turísticas. Há a beleza, mas falta
conteúdo. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">É triste, porque vemos cidades lindas, sendo usadas,
abusadas e descartadas por outra mais novinha, mais bonitinha que aparecer. <o:p></o:p></p>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-1405470673803809102021-12-03T14:55:00.000-03:002021-12-03T14:55:44.627-03:00Acumuladora de mensagens<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/--XoYAnO6KVw/YapQ5vAXSjI/AAAAAAAA4YI/fqPAth9sm4YqQzOHB5wyZBIE6lohr4e1ACNcBGAsYHQ/s2048/liam-truong-oeDH20DVb2A-unsplash.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1361" data-original-width="2048" height="213" src="https://1.bp.blogspot.com/--XoYAnO6KVw/YapQ5vAXSjI/AAAAAAAA4YI/fqPAth9sm4YqQzOHB5wyZBIE6lohr4e1ACNcBGAsYHQ/s320/liam-truong-oeDH20DVb2A-unsplash.jpg" width="320" /></a><span style="text-align: left;">Photo by </span><a href="https://unsplash.com/@liamtruong?utm_source=unsplash&utm_medium=referral&utm_content=creditCopyText" style="text-align: left;">Liam Truong</a><span style="text-align: left;"> on </span><a href="https://unsplash.com/s/photos/e-mails?utm_source=unsplash&utm_medium=referral&utm_content=creditCopyText" style="text-align: left;">Unsplash</a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><p></p><p class="MsoNormal">Descobri ser uma acumuladora de e-mails, sim, era! Não
sou mais. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Estou na vibe de minimalismo ultimamente e tentando enxugar,
desapegar, desfazer, diminuir e a cada passo, novas descobertas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Há algum tempo olhei minha caixa de e-mail e descobri conter
uns 6.000. Fiquei assustada. Não imaginava serem tantos. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Tenho um ponto a meu favor, sou uma acumuladora organizada. Cada
projeto tinha uma pasta especifica e nessa pasta estavam reunidas todas as
mensagens referentes ao assunto. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Como boa advogada guardava as “provas”. – “Quem sabe precisarei disso...” e “se houver algum problema, tenho como comprovar”. “Melhor
guardar esse anexo, vai que perco o arquivo salvo”. “Aqui é mais fácil a
localização”. E eventualmente esses e-mails guardados já me salvaram de algumas
situações complicadas. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Não é fácil iniciar um projeto, uma limpeza quando há tantos
itens a serem analisados e descartados. Pois bem, há meses atrás iniciei e tal
Jack, o estripador, comecei por partes.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Em um primeiro momento peguei aquela pasta de assuntos menos
importantes e mais antigos e comecei. Gente, eram muitos! Mas precisava revisita-los.
Consegui eliminar nos primeiros dias uns dois mil e-mails. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Cansei, enjoei... prometi a mim mesma que retornaria à
empreita. Mas outros assuntos me chamavam a atenção e coloquei esse na espera. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Algum tempo depois voltei, após terminar outro projeto, dava
para eliminar outra pasta. E assim foi feito. Empolguei e mais uns dois mil
e-mails liberados e descartados. Mas nesse meio tempo houve outro acumulo e não
baixei para dois mil como seria esperado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Havia duas pastas que eram bem complicadas, uma era a que
servia de back-up, essa demandava atenção especial da minha parte, não poderia
descartar sem ler a maioria antes e copiar aqueles necessários. E a outra
pasta, “pele fina” era a de enviados, aquela que serve de “provas e indícios”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Peguei a de enviados, limpei. Deixei só o necessário e criei uma pasta com o nome de “Temporários”, pensam ser besteira dar esse
nome? Não, foi uma boa tática. Só jogo nessa pasta aqueles que tem prazo para
serem resolvidos e essa pasta é revisitada toda semana e limpa! Temporário tem
que ser com tempo definido, não pode ficar aleatório. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Nesse meio tempo fui limpando gradualmente. E diminuindo a
quantidade. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Nessa semana voltei determinada a liquidar a fatura. Eram 1600
e-mails agora que pediam minha atenção. Nesse meio tempo aconteceu um fato que
tive que comprovar haver mandado uma documentação em dezembro de 2020 e
novamente me julho de 2021, aquelas mensagens guardadas me salvaram e percebi
ter que ser criteriosa com o restante das mensagens. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Determinada, venci a última etapa e agora restam apenas 200
e-mails! <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">São muitos ainda, pretendo que até o final do ano sejam
apenas o necessário e temporário. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O importante da descoberta de que era uma “acumuladora” organizada e poderia deixar de ser utilizando a mesma organização. Salvei os arquivos
necessários, deletei cópias desnecessárias e estou sentindo alivio. A “mochila”
está mais leve. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Quando vemos que a empreita é muito grande, bate o desânimo,
a desconfiança que não conseguiremos tão cedo, mas quando dividimos em partes
o nosso problema, a solução é mais viável. E a cada parte vencida, temos mais
força para continuar. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Uma caminhada de 10.000 km começa com o primeiro passo, os
primeiros cem metros devem ser comemorados, saímos da inércia e acomodação e
vencemos a primeira etapa. “Bora lá”!<o:p></o:p></p>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1242235117286718937.post-50767344165961597482021-11-26T12:26:00.000-03:002021-11-26T12:26:13.751-03:00Errar é humano, saudável e necessário<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-_qLkoxyp-W0/YaD6Vq_hk6I/AAAAAAAA4Iw/rjCJx_Jft0wYAU_ZSFAF9iA50RcwZu3IwCLcBGAsYHQ/s2048/visuals-JpTY4gUviJM-unsplash.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1434" data-original-width="2048" height="224" src="https://1.bp.blogspot.com/-_qLkoxyp-W0/YaD6Vq_hk6I/AAAAAAAA4Iw/rjCJx_Jft0wYAU_ZSFAF9iA50RcwZu3IwCLcBGAsYHQ/s320/visuals-JpTY4gUviJM-unsplash.jpg" width="320" /></a><span style="text-align: left;">Photo by </span><a href="https://unsplash.com/@visuals?utm_source=unsplash&utm_medium=referral&utm_content=creditCopyText" style="text-align: left;">visuals</a><span style="text-align: left;"> on </span><a href="https://unsplash.com/s/photos/404-error?utm_source=unsplash&utm_medium=referral&utm_content=creditCopyText" style="text-align: left;">Unsplash</a></div> <p></p><p class="MsoNormal">Estava com minha sobrinha no sábado e ela tentava criar
algo com um pedaço de fita, um rolo vazio, uns pedaços de EVA com glitter,
fita adesiva e cola e não estava conseguindo. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ficou irritada e disse que não conseguia, que eu construía e
ela não, se lamuriou, diminuindo as suas qualidades perante as minhas, que ela
acredita que as tenho, claro. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ahhhh, se ela soubesse quantos erros já cometi na minha
vida... Erros por acreditar em pessoas que não mereciam crédito. Erros por não
acreditar em mim mesma. Erros bobos, erros sérios. Já perdi dinheiro devido a
erros, já perdi amizades, relacionamentos, por errar com elas. Erros de cálculo,
erros com consequências físicas, emocionais. Nossa, que quantidade de erros ao
longo desses 60 anos! E que bom, que bom que posso dizer que tenho consciência
deles e que muito me ensinaram.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Abri minha gavetinha e mostrei todas as 13 tentativas de
sapatinho da Barbie com massa de biscuit que não deram certo e apenas uma que
estava “encaminhada”. Deixei que ela avaliasse cada tentativa, cada erro e
depois conversamos a respeito. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Lembrei de Tomas Edson e seus vários fracassos até chegar à
lâmpada e como ele reagiu às críticas. Expliquei que acertar de primeira é
coisa rara e sem graça. Afinal que vantagem é acertar de primeira? Qual o sabor
dessa conquista? Para valorizarmos um acerto é necessário que haja vários erros
anteriores para podermos ver como é boa essa sensação. Dias nublados
valorizam os dias de sol...<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A minha pequena tem cinco anos e muito chão pela frente. Irá
cometer vários erros, erros bobos e erros que a farão sofrer, infelizmente. Só
adquirirá experiência de vida assim. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Fiquei, então, com a reflexão. Se o erro é tão necessário a
nossa vivência por que ele é tão “condenável”? Por que somos alvo de chacota,
de ridicularização quando erramos? Por qu<br />e as pessoas criticam tanto quando as
outras erram? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Seria para diminuir o peso dos próprios erros? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O bom é aprender com os erros nossos, melhor ainda é
aprender com o erro dos outros, para evitar comete-los. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O importante é lembrar que aprendemos com as tentativas e
erros. <o:p></o:p></p>Silvia Mantovani Puccinellihttp://www.blogger.com/profile/02211664148247959797noreply@blogger.com0