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S 2009
Você me acha se gritar meu nome bem alto
]]>Uma empresa de pesquisa online para a América Latina, a eCGlobal, está procurando desenvolvedores de software e também decisores de compra de TI para responderem a duas pesquisas encomendadas por clientes. Se você se enquadrar no perfil e tiver um tempo para responder, irá ganhar da eCGlobal um vale-presente de R$ 25 no Submarino (ou US$ 10 na sua conta do PayPal).
O primeiro: um documento interno do Yahoo vazou na internet. Trata-se de um PPT de guia para os gerentes Yahooligans realizarem suas demissões - o que falar e não falar, e como abordar as pessoas.
O segundo: uma consultora terceirizada do Yahoo fez uma música a respeito. Ela se chama “Screw you Yahoo”, e teve 15 mil acessos no Youtube em 2 dias.
Isso coloca muita coisa em perspectiva… E me fez querer falar um pouco sobre empresas e demissões.
[ Como as empresas demitem? ]
Os gerentes brasileiros são diretos: “Fulano, infelizmente precisamos demitir você.” Já os americanos, profissionais da demissão, são bem mais sofisticados e usam frases bonitas como:
Melhora alguma coisa? Acho que não. Aliás, sempre pode piorar e existem dois casos emblemáticos disso:
O erro do Mercury News foi (pasme) repetido em uma segunda leva de demissões. Imagine a tensão de quem ficou em casa esperando na nova rodada?
[ Por que as empresas precisam demitir? ]
As empresas demitem normalmente por quatro motivos. As respectivas probabilidades de ocorrência são baseadas na minha experiência:
Mais de uma causa pode ocorrer ao mesmo tempo, então a soma é maior que 100%. Perceba que é muito mais comum termos demissões geradas por estratégias ruins de gestão e contratações mal-feitas, do que a história de demissões causadas por crises e pessoas que se auto-desestimulam. Veja bem que não estou falando do número de pessoas cortadas, mas das razões para os cortes ocorrerem.
[ Como demitir da forma certa? ]
Se você é um gerente precisando demitir alguém, responda às seguintes perguntas:
1. O problema que levou à demissão veio de dentro ou de fora da empresa?
Se a resposta 1 for “veio de fora”, imagino que você já tenha feito seu trabalho de casa e tenha uma lista de pessoas DEVIDAMENTE avisadas de seu desempenho insatisfatório (afinal, todos têm direito a uma segunda chance e se endireitar). Caso você não tenha, pense se não é você, gestor, que deveria ser mandado embora…
Se a resposta 1 for “veio de dentro”, responda agora:
2. O problema que levou à demissão veio de um erro da empresa, do gestor, do próprio funcionário ou de ambos?
Se veio da empresa, lembre-se que você é o gestor. Lute para manter seu funcionário. Se veio do gestor, pense se não é você, gestor, que deveria ser mandado embora.
Se veio do funcionário, ele foi avisado com antecedência dos problemas que vinha causando? Se sim, prossiga. Caso contrário, pense se não é você, gestor, que deveria ser mandado embora por não ter feito seu trabalho de casa.
Se veio de ambos, é hora de você assumir sua parte, demitir o funcionário e pedir demissão junto com ele. Afinal, por que ele deve pagar por um erro sozinho? E você ainda vai evitar outras demissões, pois seu salário com certeza é melhor.
[ Conclusões ]
Sim, estou sendo radical… mas não é uma perspectiva interessante? Qual será o exército mais numeroso: gestores que merecem ser demitidos, ou profissionais que merecem ser demitidos? Proporcionalmente (gestores ruins em relação a todos os gestores, profissionais ruins em relação a todos os profissionais), acho que o primeiro grupo ganha. Você não? A minha impressão clara é que profissional ruim é exceção - mas gestor bom é uma exceção maior ainda!
Agora que você pensou sobre isso, veja os slides do Yahoo e coloque-se no lugar dos funcionários que leram isso. Para onde foi a moral dessa empresa? Slide 1 | Slide 2 | Slide 3 - como uma empresa tão cool deixa que seus funcionários leiam algo tão hipócrita como uma frase assim:
“Por favor explique o processo de recolocação de _____, que está na nossa empresa há ____ meses / anos e é uma de nossas pessoas chave!”
Pense também no que a Michelle Chappel (a consultora que canta “Screw You Yahoo”) compartilhou no TechCrunch: o fato de que o Yahoo realizaria cortes foi anunciado em público para todos os funcionários em uma reunião com toda a empresa. Uma hora depois, houve uma festa no estilo Oktoberfest com comes e bebes (incluindo cerveja de graça) para todos os funcionários do Campus. Uma semana depois, todos receberam um espumante e doces para celebrar o sucesso do YDN (Yahoo Developer Network).
Nessa hora, os demitidos se perguntam: ainda vem por aí a festa de Natal. Precisa mesmo de tanta festa e tanto gasto ao mesmo tempo em que 1500 são demitidos?
Agora, se você é um bom funcionário e acha que está na hora é de você demitir sua empresa, leia esse post antigo e pense a respeito.
]]>Parece que não. Normalmente, os bons profissionais são lembrados somente quando fazem falta. Tipicamente, essa lembrança ocorre em três situações:
1. quando a empresa precisa contratar,
2. quando o profissional pede aumento,
3. ou quando ela já o perdeu.
Isso acontece no mercado de TI há décadas, mas também em outros setores porque tem raízes em práticas comerciais que remontam à antiguidade. É justamente esse o aspecto mais interessante disso tudo… por mais forte que seja essa cultura de perpetuação, basta um pequeno esforço do gestor para mudá-la: assumir o compromisso de fazer diferente.
Minha experiência como empresário me ensinou isso. A interação com bons profissionais traz um proveito muito maior do que simplesmente tê-los como empregados: eles têm opiniões interessantes, mostram novas visões sobre os mesmos problemas, têm o hábito da evolução constante e dão valor a quem os valoriza. Bons profissionais aconselham os menos experientes, disseminam a informação que beneficia o grupo, são competitivos sem restringir seus colegas, e ainda resistem a níveis altos de stress para fazer um trabalho bem feito. Um gestor interessado aprende muito com bons profissionais. Aprende também que comete erros, e que só irá cometê-los novamente se quiser.
Voltemos então à primeira situação em que o gestor de TI se lembra do bom profissional: quando o procura com afinco, mas simplesmente não o encontra. É que nesse momento, pesa uma verdade absoluta: profissional bom está empregado (e isso inclui os que trabalham por conta própria). Para apresentar uma boa proposta de trabalho a um bom profissional é preciso ultrapassar a barreira de sua própria vontade, dado que ele não costuma estar aberto a propostas quando sua empresa atual o satisfaz. Assim, sobem os custos de contratação na mesma medida em que se esgota a paciência do recrutador.
A segunda situação é quando o profissional pede aumento. Na minha carreira técnica, ou eu fui muito paciente ou tive sorte com meus gestores: quase sempre antecipavam minha intenção de ganhar mais. E isso me fez entender que surpreender um bom profissional com um aumento é muito mais gratificante… Se a empresa dá um aumento inesperado a um profissional, ela prova que o valoriza pelo benefício que ele traz - talvez até mais que ele mesmo se valoriza. É como dizer “Gostamos muito de tê-lo aqui. Achamos que você merece mais do que estamos lhe dando”.
A terceira lembrança acontece tarde demais. O tapa-olho da procrastinação impede o gestor de se mexer, mesmo sabendo que está prestes a perder um bom profissional - e é isso que acontece na maioria das vezes. A empresa sempre está ciente de que o profissional não está satisfeito (seja porque sua remuneração não está adequada ou por qualquer outro problema, que os bons profissionais costumam comunicar com antecedência). Só que o gestor não procura alternativas eficazes para manter o profissional, normalmente blefando para tentar mantê-lo - usando de forma errada o discurso verdadeiro de que ninguém é insubstituível. O resultado é ele perde o profissional para o concorrente, ou para uma carreira solo. Será que era mesmo necessário?
Então eu penso que uma coisa é crucial para resolver isso tudo: uma boa comunicação.
Garantidas as premissas básicas - valorização e relacionamento - como solucionar a terceira? Como se comunicar abertamente com o profissional de TI? Como entender o que ele valorizava ontem, o que valoriza hoje e como ele poderá pensar amanhã? Como ter uma ligação mínima para que ele escute o gestor, garantindo que a réplica seja não só incentivada mas também sincera? Quais são as preocupações do profissional com seu mercado e profissão? Eu, como gestor, posso atingir um número maior de profissionais e entender como eles gerenciam suas carreiras?
A pergunta mais importante é essa: como reverter o benefício que muitos bons profissionais me trazem, dando em troca uma recompensa maior ainda?
Eu não tenho todas essas respostas, mas tenho idéias para todas elas. Para isso criei o mundo.IT - esse projeto “pequeno mas aconchegante” como dizem alguns de seus usuários… Não precisam ser muitos, mas precisam ter opinião. E se você está lendo esse texto, estamos no mesmo barco - tenha paciência com meus erros, e aprendamos juntos então.
]]>O projeto de Lei 2419/07 que regulamenta o estágio profissional foi aprovado na Câmara em 13/8 e segue para sanção presidencial. A nova lei determina as seguintes obrigatoriedades:
- férias remuneradas de 30 dias ao estagiário, ou proporcionais caso o estágio dure menos de 1 ano
- que o estágio seja vinculado ao projeto pedagógico das escolas
- que existam dois supervisores para o estagiário: um da escola e um da empresa
- que 10% das vagas para estágio devem ser reservadas para deficientes
- limites de 4 a 6 horas diárias de trabalho
- que o estágio dure no máximo 2 anos (para o deficiente, esse limite não existe)
- que empresas com até 5 CLTs poderão ter 1 estagiário. De 6 a 10 CLTs, até 2. De 11 a 25, até 5 estagiários. Acima de 25 CLTs, até 20% do seu corpo de funcionários.
No ensino médio existem 8,9 milhões de estudantes, mas somente 385 mil fazem estágio. Com a lei, espera-se que mais pessoas sejam incentivadas a estagiar durante o ensino médio - apesar de todos nós sabermos que em TI, estagiário mesmo é estudante do ensino superior.
As mudanças para o mercado de TI são muito grandes, dado que o volume de estagiários empregados como mão-de-obra barata é enorme. Isso vai não só aumentar os custos de estágio em 8%, como vai incentivar formas criativas dos empresários se adequarem à lei. Por exemplo, a lei permite um estagiário por 8 horas diárias durante as férias, ou se a escola separar um período do curso sem aulas reservado ao estágio.
Sobre a cota de deficientes, cabe um comentário: existem menos estudantes deficientes do que os 10% de vagas reservadas para eles… Ou seja, o empresário de TI vai ter que fazer um esforço considerável para cumprir a lei, ou então sair em campo para incentivar deficientes a estudarem e escolherem sua empresa como destino do estágio.
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If you’re gonna work in tech, write code, or just spend way too much time on Engadget, Lifehacker, and BoingBoing, there’s a certain amount of reading that goes with the territory. And I’m not just talking about O’Reilly books here. Discovering “Snow Crash” or geeking out on crypto history teaches us part of the language we all share in tech. (Plus, it’s just really fun.)
From classic sci-fi to programming bibles and productivity hacks, we’ve collected the best of the best. See how many of the 50 Books Every Geek Should Read you’ve polished off, or pick your favorite category and start working your way through the rest. And be sure to let us know if we’ve missed any.
Veja os livros na fonte: http://www.insidetech.com/benefits/2818-50-books-every-geek-should-read
]]>Será?
[ Mudando pra melhor ]
Já falei sobre esse assunto aqui no blog antes, mas vamos pegar o último mês como exemplo… ele foi marcado pelo aumento na troca de profissionais entre Microsoft, Google e Yahoo.
A Forbes, Business Week e outras publicações estão em cima do assunto: muitos executivos e grandes talentos técnicos estão deixando a companhia. Se você procurar com calma, vai descobrir que os fundadores do Flickr e Del.icio.us - ambos comprados pelo Yahoo há algum tempo - decidiram deixar a empresa em 2008. A debandada começou mesmo após a recusa do Yahoo em ser comprado pela Microsoft… Quem está perdendo? Obviamente, a empresa.
Já o Google é um lugar muito bom para trabalhar, mas não está mais nos seus anos de startup. Quase 20 mil pessoas trabalham duro, dia a dia, para manter o grande parque computacional e as toneladas de código… e com isso as perspectivas diminuem. Ou você acha que os Googlers não se preocupam com reconhecimento, liderança, visibilidade, ou pelo menos que a Tia Marissa aprove a idéia que eles têm para bolar um novo produto? Por essa igualdade entre milhares, tem gente que vem trocando o Google até pela Microsoft (quem diria!) Sergey Sloyanik, por exemplo, é um cara com opiniões bem diretas sobre o que estava passando no Google: “Não quero ser gerente no Google (…) e um dos motivos é que não consigo ver qual é a contribuição individual do meu gerente para a empresa (…)”.
São muitos os casos como de Sergey? Nem tantos, mas é um sintoma que vale a pena observar. A CNN tem observado…
[ E onde isso vai dar? ]
Quer dizer que o Google é ruim? Que o Yahoo está desmoronando? Não… quer dizer que eles são apenas empresas. E daí vem minha pergunta: por que é que as pessoas acham isso estranho? O que é que faz as pessoas se sentirem mal nos seus empregos, mas por algum motivo continuarem lá? Se os Googlers - que vivem no grande paraíso-mítico-dourado - estão optando por sair, o que é que você está fazendo aí, infeliz? (foi de propósito o duplo sentido dessa última frase)
Eu vejo quatro razões, não necessariamente excludentes:
[ Conclusão ]
Você sabe. Seus colegas sabem. Até eu sei que você está incomodado (ou não tinha lido até aqui), mas por um senso estranho não consegue dar o primeiro passo. Ou até consegue, mas pára no segundo ou terceiro… Por exemplo, o que acontece muito é:
Um dia, seus amigos mais próximos não aguentam mais ouvir você falar que está ficando muito chato ir trabalhar. Sua namorada ou namorado não aguentam mais sua ladainha, mau-humor e stress… O que falta fazer? Tome uma posição, e comece a se mexer de verdade. ANDA! Faça as coisas do jeito certo… se você é leitor assíduo desse blog, já sabe o que fazer.
Se você já fez de tudo, já cumpriu com sua parte, já deu retorno pelos seus treinamentos, já ajudou a empresa a conseguir aquela sonhada parceria Microsoft com seu MCSD… Se você engoliu sapo por meses a fio, e está se sentindo mal… Você se esqueceu que essa é uma relação comercial: você aluga seu cérebro, e a empresa te paga em troca.
A hora que você entender isso, começou a querer conversar Aí você entra pro mundo.IT, compartilha sua experiência e mais gente aprende com isso. Topa?
]]>O mais legal é que eu quase sempre vejo a província do Québec anunciando isso - talvez pelo bom trabalho do escritório deles no Brasil. E aí, você está dentro?
[ Diferenças ]
Talvez não. Caso você não saiba, no Québec se fala Francês - aliás, quase todo mundo lá fala Francês com um sotaque bem diferente, se é que você me entende. Isso significa que se você não fala uma terceira língua, talvez tenha sobrado nessa… Claro que aquela aulinha de Francês na Aliança pode te ajudar, até porque o escritório brasileiro do Québec está dando uma força na criação de currículos em Francês e te preparando pra entrevista com aulas gratuitas.
Uma outra diferença é que morar e trabalhar no Québec faz com que você se acostume a comemorar feriados franceses e honrar tradições francesas… Além disso, lá faz um frio do cão: a temperatura varia entre 5 e 15 graus Celsius na média anual (claro, não vou te desanimar falando quanto é a temperatura quando faz frio).
O salário médio em TI é de 40 dólares por hora, mas valem mais do que o mesmo valor nos EUA porque o custo de vida é menor no Canadá - e você pode receber 14 salários por ano. Nessa página você pode ver um pouco mais de estatísticas sobre os salários em TI - e se quiser, compare com o que vimos para os EUA.
Se seu Francês não te derrubar, você pode ser selecionado pela província do Québec para um visto permanente de residência, além de assistência médica e previdência para cônjugue e filhos. Depois de três anos de residência, tem direito a pedir cidadania canadense! Não parece bom?
Se parece, mexa-se.
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