tag:blogger.com,1999:blog-26822428557805159452024-02-17T05:49:15.300-03:00TDAH - RECONSTRUINDO A VIDAHISTÓRIAS E SENTIMENTOS REAIS DE UM PORTADOR DE TDAH
Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.comBlogger465125tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-89866634868662069242023-11-02T19:28:00.000-03:002023-11-02T19:28:21.543-03:00O TDAH E A SUPERPOSIÇÃO DE SENTIMENTOS. <div><br></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiIyM7sCRKhj2pRbmcz0_vz7tL4Ipbda-VzbfvXT7xBt4vlo6P6AD50_l_c7q5sI1ZCzLC1yWt7aQ_VdzBpK_F4FP8h_ScsM6TaN6hFHcdC_WQQQRaxqL3FdNSyDAwE6HBfY7WZFvrg1MNEKZ2-Fb-lNikxD7_up6tl2-ezeTUOop7k5tLkfpIpPbunBxcH" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
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</div><br></div><div>Ao longe um som de flauta embala meus pensamentos - Travessia. Sim, a flauta toca Travessia de Milton Nascimento.<br></div><div>A música icônica tão bem tocada me invade a alma e a tristeza de lembranças irremediavelmente perdidas me enche a mente. </div><div>Um desfile desconexo de pessoas e situações, sentimentos e decisões, escolhas e perdas. Principalmente as perdas dançam diante de mim. Quanta gente pelo caminho, quantas oportunidades negligenciadas, quantos momentos preciosos ignorados, quanta vida desperdiçada...</div><div>O que resta? Nada. Absolutamente nada. A música mudou, já não toca mais Travessia ao longe, com a nova música a nostalgia se apaga. O pálido baile do passado se desvanece diante da curiosidade de descobrir qual era a nova música que o flautista interpretava. Uma música rápida, muito rápida. Conheço, pensei... Conheço... Caetano! Claro que é Caetano... Pena de pavão de Krishna, maravilha, vixe, Maria... É isso!! Trilhos Urbanos em um ritmo mais forte. Caetano! Uma enorme satisfação tomou conta de mim. Adoro Caetano e essa música. Parei para prestar atenção. Toca pra caramba, pensei. Quem será? De repente, como começou, parou. Fiquei com uma sensação de incompletude... Corri pro YouTube e coloquei o próprio Caetano pra interpretar pra mim. Caetano é um gênio, um ícone. Estou aqui acompanhando suas músicas com extrema satisfação. Uma verdadeira playlist de Caetano desfila no YouTube para meu deleite: Trilhos Urbanos, Reconvexo, Vaca Profana... Do nada veio-me a lembrança de que há quinze ou vinte minutos um desfile macabro de dores pretéritas me tomou os pensamentos e jogou-me num poço de dor e culpa. Mudou a trilha sonora mudou o humor. Transtorno Bipolar? Transtorno de Humor? TDAH! Lembrei-me nitidamente de explicar aos meus funcionários - nos tempos idos de empresário - Preciso que me lembrem das coisas. Converso alguma coisa com você, o telefone toca, chega um cliente... Aquilo que conversamos apagou-se sob camadas de novas demandas. E é isso: ações, experiências, sentimentos, vão sendo soterrados por novas situações, novas experiências, novas demandas, novas atenções... E a vida passa... Aquilo que em determinado momento parecia importante ou significativo apaga-se. Simplesmente apaga-se. Chegaram a me taxar de superficial. Não, não é isso, é Déficit de Atenção. Uma atenção que flutua ao sabor de circunstâncias absolutamente aleatórias, mas que se transformam em prioridade numa fração de segundo que, claro, será substituída por outra prioridade, e por outra, e por outra...</div><div>Só quem não vive o TDAH pode taxar-nos de qualquer coisa. Aquele sentimento de meia hora atrás era verdadeiro, e ainda é, mas uma nova realidade se sobrepôs àquela anterior e a sobrepujou. Me lembrei das camadas geológicas da terra. Se eu as revolver devo encontrar situações e sentimentos completamente esquecidos e que podem me surpreender verdadeiramente. </div><div>Sigamos em frente: ao infinito e além!</div><div>Como dizia um velhíssimo samba: deixe que digam, que pensem, que falem... </div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color blue' />
Este artigo pertence ao <a href="http://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/">TDAH-Reconstruindo a Vida</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-60471856180772001372023-07-23T19:45:00.001-03:002023-07-23T19:45:52.145-03:00O TDAH E O TEMPO<div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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</div><br></div><div>Tempo...<br></div><div>Me escapas</div><div>Me surpreende </div><div>Me desgasta... </div><div>Esvai-se </div><div>Esboroa-se</div><div>Evapora-se </div><div>Diante de mim... </div><div>Atônito </div><div>Indefeso </div><div>Humilhado </div><div>Perplexo </div><div>Eu que não te vi chegar</div><div>Eu que não te vi passar </div><div>Restam as justificativas balbuciadas, que ninguém ouve ou crê. </div><div>Restam as desculpas</div><div>Se ainda houver tempo... </div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color blue' />
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Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-76461331365020316472023-06-26T14:45:00.000-03:002023-06-26T14:46:10.645-03:00RITALINA É VIDA(!?) <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjeiqoAy7Yzr070w_1t2A9RLNSWDzFRbT9FLMhkAcQPh-ngjI4ZuGz_ruWHFukzCBCLUC1Yj1kAZHciUCqCI_Hfw33mY_dDJUV-tuEABK22NQz9mxbbchCbdT9NO1OgUsDBDSUQx-kEld1sT7-MJRUWfhzu4TsaOclcDB9YY9FPs8UXv-FqO76u8CQqovKA" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
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</div>Como todo TDAH raiz, chega um dia que acho que não preciso mais da Ritalina. Já não percebo seus efeitos, consigo controlar o TDAH sozinho...<div>Assim como não percebia os efeitos positivos da Ritalina, não percebo os efeitos negativos de sua ausência. Aos poucos o desânimo começa a se instalar, a falta de foco aumenta, a desatenção ganha escala, a preguiça toma conta definitivamente. São necessários vários meses, anos até, para me conscientizar de que jamais poderia tê-la abandonado. Decido retomar seu uso. Essa retomada leva alguns meses. Tem que ter receita, tem que calçar a cara e voltar ao médico dizendo que, pela enésima vez, interrompi o tratamento e descobri que preciso retomá-lo. De posse da receita levo dias e dias pra lembrar de comprar e depois outros tantos para começar a tomar. </div><div>E então acontece o milagre: tomo ciência repentinamente que aquela disposição, aquela produtividade, aquela eletricidade que eu não sentia há séculos me foi dada hoje pela Ritalina. Juro amor e fidelidade eterna à ela. Jamais interromperei novamente. Uma pela manhã, minutos antes de entrar na empresa e outra após o almoço. Produtividade garantida!</div><div>Ali pelo terceiro dia começo a perceber um comportamento inquieto, as mãos não param, fico esfregando os polegares um no outro. Os pés se movem sob a mesa quase que incessantemente. E um sentimento de alerta constante dentro do peito. Como se houvesse um inimigo à espreita, prestes a atacar. Claro que não existe o tal inimigo, apenas essa sensação de perigo iminente. Estamos nesse momento no início do inverno e quando tomo Ritalina sinto mais frio. Mas não é um frio normal, é um frio interno que me obriga a sair do lugar, a fazer alguma coisa, a falar mais... </div><div>Fiquei pensando em quem já tem Transtorno de Ansiedade, sob o efeito da Ritalina deve ser quase insuportável. Imagino que o que sinto sob efeito do remédio a pessoa ansiosa já sente diariamente. Ao tomar a Ritalina isso deve aumentar exponencialmente. A sensação de alerta se transforma em pânico. A inquietude dos membros deve ser quase incontrolável. E o frio interior deve se transformar numa nevasca na alma. </div><div>Mas nem tudo são dores. Há também flores. Com a Ritalina fico mais otimista, mais comunicativo, mais animado, mais confiante... </div><div>Mas, concluo hoje, que a Ritalina não pode ser tomada por todos. Mesmo os TDAHs. Essa sensação que sinto no peito agora deve ser quase insuportável para boa parte das pessoas. Enquanto escrevo mexo os pés constantemente e a sensação de que preciso fazer algo com urgência não me abandona. Mesmo eu estando em hora de almoço, sem nada específico a cumprir nesse horário.</div><div>Ainda assim, se comparo meu desempenho com e sem a Ritalina, opto por mantê-la. Tenho contas a pagar e não posso me dar ao luxo de enrolar no trabalho ou ser dominado pela preguiça e pela paralisia mental que me apossa de quando em quando. Sigo com a Ritinha, mas até me entendo quando suspendo seu uso e, muito mais, quem não dá conta de tomar continuamente. Não é fácil. </div><div>Como tudo na vida são escolhas, entre a sensação de perigo e a paúra de ficar sem emprego, melhor aquela. </div><div>Quanto àquelas babaquices de Cocaína legalizada, droga da obediência, dependência... Nada disso existe, sou o exemplo vivo disso, já interrompi e retomei o uso diversas vezes e jamais tive síndrome de abstinência ou coisa parecida. Cocaína é uma droga proibida e potencialmente letal, ao contrário de todas as drogas a Ritalina não exige um aumento constante da dosagem - tomo a mesma dosagem há 12 anos - só tomo em dias de semana e as vezes me esqueço de tomar. E quanto à obediência, nada a ver, embora muitas vezes o que um TDAH mais precisa é seguir as regras da sociedade. Rebeldia é lindo, mas não paga as nossas contas. </div><div>PS. : tenho tomado a genérica. Nenhuma diferença. </div><div><br></div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color blue' />
Este artigo pertence ao <a href="http://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/">TDAH-Reconstruindo a Vida</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-83412512442493282722023-05-08T21:23:00.001-03:002023-05-08T21:23:52.912-03:00TDAH NÃO É CERVEJA, MAS APRECIE COM MODERAÇÃO! <div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgsffneysIntsKZBidjeZi8yJL1Rblg9fURR9YnK5nF4EZMPIHp0PKUkD3leea609dxoTcGW0eGSYuQsOMbsbF7sr6BKcrJHMGwN-uh6vY9ZX-KGlmuTAfE0hQYZhO67zNbnb9zZKmRO_3Af2hFebDSHsLJOfQ5ozs_WdtAd--PBlWSTK_P7CuIcFFZ4w" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
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</div><br></div><div><br></div><div>Vivemos o período das modinhas. E uma delas é o TDAH. Basta esquecer a chave e o fulano já corre para um grupo de TDAH para postar sua suspeita de ser portador. Existem situações realmente engraçadas e em muitas delas eu mesmo me divirto, mas a maioria baseia-se apenas em tentar fazer parte de uma turma da moda, uma turma de outsiders, um povo meio louco e descolado...<br></div><div>Não seria um problema se isso não fosse um combustível para que os anti TDAHs trabalhem para desacreditar ainda mais os diagnósticos e, principalmente, os medicamentos usados em nossos tratamentos. </div><div>Os grupos que foram criados pra trocar experiências de quem TDAH, viraram espaços de tentativas de auto diagnósticos sem qualquer embasamento. Uma pena.</div><div>Confesso que quase não participo de grupos e até de falar sobre TDAH me cansou. Há cerca de seis meses não posto nada no blog, acho que por overdose. Não sei se ainda tenho algo de útil a dizer. </div><div>Fui diagnosticado há cerca de doze anos e em muitos momentos acreditei haver superado o maldito TDAH. Bastava pensar assim uma única vez e pronto, o TDAH me derrubava feio. Tudo aquilo que havia conquistado voltava à estaca zero. E recomeçava a subir a montanha empurrando minha pedra. </div><div>O TDAH é muito mais esperto e ladinho do que qualquer um de nós. Ele se faz de morto, ele se deixa passar despercebido, te faz crer que está domado definitivamente. E aí o portador relaxa, acredita que está tudo sob controle. E o TDAH dá o xeque-mate. Nos estatelamos no fundo do poço perplexos, incrédulos, atônitos.</div><div>Hora de lamber as feridas pela enésima vez. Hora de encarar todos os espectadores que acompanharam todas as nossas infindáveis derrocadas. Voltam as justificativas. Voltam os julgamentos. Voltam os silêncios. </div><div>Olhando para trás descobrimos que cometemos os mesmos erros de todas as outras quedas. E não os reconhecemos. Trilhamos exatamente o mesmo caminho até à beira do precipício, e não o reconhecemos. Assim como não reconhecemos estar à beira do precipício e demos o derradeiro e fatal último passo. </div><div>Estragamos tudo novamente. E a cada reconserto tudo é mais difícil e mais penoso. Mas não há outra alternativa, há que se levantar e tocar em frente. </div><div>Realmente, o TDAH dos grupos de Face e Insta parecem muito mais divertidos do que na vida real. </div><div>Assim como a cerveja dos comerciais de TV. Mas nunca se esqueça que depois da propaganda vem a advertência :</div><div>APRECIE COM MODERAÇÃO. </div><div><br></div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color blue' />
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Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-85745787529816171542022-12-25T22:20:00.001-03:002022-12-25T22:20:50.926-03:00O TDAH E A MENTE QUE NOS ENGANA<div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://lh3.googleusercontent.com/-J8Sj3bs6hNY/Y6j28FzAfyI/AAAAAAAAEcE/6pbV_-g60AstuL8Y9rZAboM5faP65GeZACNcBGAsYHQ/s1600/1672017645539396-0.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
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</div><br></div><div>Uma das coisas que mais me irritam é palpite de um não TDAH sobre o que devemos fazer para melhorar nossa produtividade. Algumas sugestões chegam a ser ridículas, por exemplo:<br></div><div><b>Faça listas das tarefas mais importantes</b>. Nessa sugestão temos três problemas básicos do TDAH: o primeiro é lembrar de fazer a lista, o segundo é lembrar de consultar a lista e o terceiro e mais grave, temos muita dificuldade em priorizar tarefas de acordo com importância. Muitas vezes elegemos aquelas que nossa mente se sente recompensada, e não a mais importante. E aqui entramos na verdadeira questão deste texto, como não se deixar influenciar pelo próprio pensamento.</div><div>Quem não é TDAH ou quem não estudou profundamente o transtorno tende a qualificá-lo de maneira superficial e tola. Sugestões como organizar tarefas, fazer listas, colocar lembretes no celular funcionam se você não tem TDAH. Vou tentar explicar como nossa mente funciona:</div><div>Ao ouvir o alarme do celular tocar pela milésima vez o não TDAH pega o telefone e lê o que está na tela antes de desligar o alarme. Ele sabe que aquele alarme fora de hora tem uma função de lembrete e vai consultá-lo para saber o que fazer. Assim, várias vezes por dia ele consultará os lembretes gravados. O portador de TDAH age de maneira completamente diferente: ao ouvir o primeiro e o segundo lembretes ele vai consultar, a partir do terceiro ou quarto aquilo começa a ser um componente irritante, uma amolação e a tendência é que comecemos a desativar o alarme sem lê-lo. Mas esse é o segundo passo, o primeiro é que nossa mente vai nos dizer que sabe do que se trata aquele lembrete e que, afinal de contas, ele não é tão importante assim. E passamos a desativar o alarme sem ler. E começamos a esquecer o que o alarme deveria nos lembrar. Num momento seguinte nossa mente começa a desqualificar a utilidade do alarme. Se estou esquecendo as tarefas mesmo com o uso do alarme, isso não tem nenhuma utilidade. E paramos de usar. Essa sequência de fatos funciona de maneira exatamente igual quando se trata de tarefas sequenciais ao longo do tempo. Conferir certos trabalhos ou rotinas diariamente. Isso exige um esforço hercúleo pois a tendência é que nossa mente boicote essa chatice diária, afinal o trabalho, o estudo e as coisas sérias reduzem o tempo de divagações e prazeres mentais tão necessários pra uma mente TDAH.</div><div>Antes que os críticos de plantão venham dizer que basta que tenhamos força de vontade tentarei ilustrar como nossa mente funciona. </div><div>O pensamento TDAH não vem embalado em papel colorido ou tem um letreiro colorido escrito TDAH. Absolutamente não, são pensamentos normais, pensamentos que nos guiam por uma vida inteira. Pensamentos que cada um de nós reconhece como nosso, como próprio e como correto. Quando desativamos um alarme sob o falso argumento de já sabermos do que se trata, não há porque duvidar do próprio pensamento. Mesmo após o diagnóstico, muitas vezes nos esquecemos da existência do transtorno e desligamos sem perceber. Outra característica do TDAH é não aprender e/ou não reconhecer os próprios erros, com isso acreditamos realmente que o alarme é inútil e o desativamos erradamente como já fizemos com outras ferramentas auxiliares anteriormente.</div><div>Por isso é muito perigoso que não TDAHs ou mesmo profissionais que não estudaram profundamente o transtorno saiam por aí dando conselhos que na prática acabam por desqualificar o portador de TDAH. Afinal é só fazer uma listinha, um check lista, um lembrete no celular que tudo estará resolvido. Não estará. Esse entendimento raso do TDAH é típico do período superficial que estamos vivendo, a criatura lê a manchete e tem certeza de já saber o conteúdo.</div><div>A batalha contra o TDAH é uma batalha contra a própria mente, a mesma mente que nos dirigiu a vida inteira, a mesma mente que reputamos como nossa, sob nosso controle e que por isso jamais suspeitamos de que fosse nos enganar. </div><div>Nossa mente não é nossa. Pelo menos não toda. Nossa mente traz escondido o TDAH e sequer conseguimos avaliar o tamanho da participação dele em nosso cérebro. </div><div>É uma luta contra nós mesmos, e por isso dura, dolorida e sofrida. E quase sem chances de uma grande vitória. </div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color blue' />
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Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-82828665410395741452022-09-20T22:18:00.000-03:002022-09-20T22:18:35.128-03:00O TDAH SONHA DE OLHOS ABERTOS <div><br></div><div><br></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://lh3.googleusercontent.com/-MN58uwDLvMQ/YypmFqGWrUI/AAAAAAAAEaY/bBPJ2Ow6BAkBvceZPuwcwxcH0BOibaP5gCNcBGAsYHQ/s1600/1663723026808305-0.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
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</div><br></div><div><br></div>Um comentário sob o apelido de VISÃO, me tirou da inércia e motivou a existência desse post.<div>O comentário brilhante, aponta o cerne da desatenção como sendo uma tentativa de nossa mente de compensar a deficiência de dopamina que ocorre no cérebro do portador de TDAH. Segundo VISÃO, os portadores de TDAH passam boa parte do tempo em viagens idílicas sobre o presente ou futuro que existem apenas nas nossas mentes. A tradução disso é: sonhamos acordados. Qual é o problema de se sonhar acordado? Nenhum e todos. Quando se sonha, ocasionalmente, acordado, problema nenhum. Quando esse hábito de sonhar acordado invade o horário de trabalho, de estudo, ou outros momentos em que deveríamos estar atentos, é um problema sério, muito sério.</div><div>Segundo o comentário basta que desarmemos esse 'gatilho' que conseguiremos levar uma vida produtiva e feliz. Basta apenas desarmar o gatilho. Apenas desarmar o gatilho. Desarmar o gatilho... Que gatilho? Esses pensamentos fazem parte da minha vida desde sempre. Lembro-me de devaneios infantis a partir de nove, dez anos.</div><div>A enorme maioria dos TDAHs leva uma vida de frustrações, derrotas e perdas pessoais recorrentes. Esses pensamentos são espaços felizes que nos poupam das dores diárias, da triste imagem que temos diante do espelho. A cada dor, uma fuga para esses pensamentos prazerosos. Enfim, nesses momentos, vencemos nossas limitações, nossas falhas... Ali tomamos as decisões acertadas, falamos as palavras certas, no tom certo, no momento certo. Ali ninguém ri de nossas desatenções, de nosso destrambelhamento, de nossa falta de coordenação... Ali, somos infalíveis. Ali, somos felizes.</div><div>E não o reconhecemos. Esses pensamentos fazem parte da nossa vida de forma natural como a respiração ou o abrir e fechar dos olhos. Se eu desarmar esse 'gatilho' o que vai sobrar da minha vida? Gostarei de me defrontar com minha realidade? Todos os outros sintomas do TDAH desaparecerão com o fim do gatilho, ou terei que conviver com todas as outras características sem o alívio dos sonhos felizes ao meio do dia? </div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color blue' />
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Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-14798455587315969532022-04-03T10:11:00.001-03:002022-04-03T10:11:10.827-03:0010 COISAS QUE NÃO SE DEVE DIZER AO TDAH <div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://lh3.googleusercontent.com/-OROK1Ma72aQ/Ykmcuwp4cQI/AAAAAAAAEXs/3YRKbs_zBII6F4auMT2JfYpWIR7DpYu0wCNcBGAsYHQ/s1600/1648991415967952-0.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://lh3.googleusercontent.com/-OROK1Ma72aQ/Ykmcuwp4cQI/AAAAAAAAEXs/3YRKbs_zBII6F4auMT2JfYpWIR7DpYu0wCNcBGAsYHQ/s1600/1648991415967952-0.png" width="400">
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</div><br></div><div><br></div><div>1) BASTA ANOTAR - essa afirmação é uma das maiores provas de desconhecimento do que é o TDAH. Não anotamos. Se anotarmos, esquecemos de consultar. Se consultarmos, não enxergaremos todos os itens ou tópicos, ou nossa mente só se importará com aquilo que é importante para ela e o restante cairá no limbo.<br></div><div>2)TENHA UMA AGENDA, PROGRAME SEU DIA - Essa é uma variação da anterior e demonstra a ignorância completa em relação ao TDAH. Tive um sem número de agendas (físicas e virtuais), todas foram abandonadas. Nos primeiros dias é perfeito, tudo anotado com riqueza de detalhes, à medida que o tempo passa, as anotações vão ficando mais vagas e espaçadas. Até que um dia acabam. Em geral, dura, no máximo, um ou dois meses.</div><div>3) FAÇA UMA LISTA DE PRIORIDADES - Não sabemos elencar prioridades. Simples assim. Nosso cérebro prioriza o que lhe é interessante, o que ele quer. Entenda, é um transtorno, uma doença, nosso cérebro funciona diferentemente do seu, ele tem uma lógica própria que, para nós portadores, é a correta pois não conhecemos outra. Se conseguimos fazer uma lista de prioridades razoável, as intercorrências do dia a dia subverterão essa ordem e ela será abandonada.</div><div>4) SE TEM QUE SER FEITO, FAÇA NA HORA - Uma das características do TDAH é a PROCRASTINAÇÃO, ou o adiar indefinidamente aquilo que deve ser feito. Na visão dos trouxas (os não portadores) isso é apenas irresponsabilidade ou preguiça. Nada mais enganoso. Sabemos o que deve ser feito, sabemos quando deve ser feito, sabemos porque deve ser feito. Mas não CONSEGUIMOS fazer. E o pior, sofremos por não conseguir fazer. A paralisia é sofrida, é incômoda, mas, na maioria das vezes, é insuperável. Só conseguimos reagir quando o desastre é iminente ou inevitável. Em geral tarde demais.</div><div>5) PENSE NO AMANHÃ, NO SEU FUTURO -</div><div>O cérebro humano funciona através de recompensas, o cérebro sem TDAH consegue projetar recompensas futuras, mais ou menos assim: vou fazer esse sacrifício hoje para no mês que vem ou ano que vem eu colha os frutos. O cérebro do TDAH não, ele só reconhece recompensas imediatas. Semana que vem já um futuro distante. Imagine ano que vem. Precisamos da recompensa AGORA.</div><div>6) PRESTE ATENÇÃO - Somos desatentos porque queremos? Pelo amor de Deus, ninguém é desatento por opção, principalmente ao ponto da desatenção tornar-se um problema, um dano. A DESATENÇÃO É PARTE DO TRANSTORNO. Eu posso estar olhando pra você, reagindo ao seu diálogo e não estar mentalmente presente. Meu cérebro 'reserva' uma pequena parcela de atenção ao seu diálogo desinteressante ou desagradável, o restante, a grande maioria na verdade, pode estar em Nárnia, na Terra Média ou em Hogwarts. Ou simplesmente num diálogo mais interessante na mesa ao lado, ou numa música que toca ao longe, ou na TV ligada...</div><div>No dia seguinte aquele diálogo foi deletado de nossas mentes e se você se referir a ele, para nós será uma absoluta surpresa. </div><div>7) DEIXE DE SER PREGUIÇOSO/PREGUIÇOSA - Obviamente que o que vou dizer vai parecer uma mera defesa da preguiça, mas não é preguiça, é inércia. Podemos ter preguiça de dar uma resposta e ter que continuar uma conversa. Mesmo que isso possa prejudicar nossa situação naquele diálogo. Podemos fingir que não lemos aquela mensagem por preguiça de ter que se explicar porque não quer sair, encontrar os amigos, beber... Podemos ficar quietinhos em casa e não atender à campainha insistente por preguiça de ver gente. Mesmo pessoas que gostamos. Podemos escolher não entrar na piscina de casa em um dia de forte calor, simplesmente por preguiça de trocar de roupa, andar alguns metros até a piscina e entrar na água fria. Podemos, e temos, ter preguiça para coisas e situações que nos beneficiem, que dê prazer, que nos dê lucro, simplesmente porque o que queremos é manter a inércia, manter aquele momento de... sei lá, tenho preguiça de pensar nisso.</div><div>8) SAIA MAIS CEDO, COLOQUE O DESPERTADOR... A noção de tempo é uma das maiores aberrações do cérebro TDAH. Trinta dias pra mim, é quase uma eternidade. E sempre sou surpreendido pela rapidez com que um mês chega diante de mim. Uma semana? Ixiiii, é muito tempo. Seis meses? Nem sei o que é isso...</div><div>Quantas vezes saí em direção a um compromisso com meia hora de antecedência sem considerar que o trânsito intenso daquele horário tornava a meia hora impossível de ser cumprida. Aí eu dirigia como um louco, fazendo ultrapassagens Irresponsáveis, xingando e brigando com todos as 'lesmas' que se arrastavam na minha frente.</div><div>Quantas vezes na infância ouvi minha mãe perguntar: Você não viu que estava escuro, que já tinha lua no céu? Não, não tinha percebido. Na verdade tinha, mas na minha cabeça haviam passado poucos minutos desde que ela surgiu. Talvez fossem seis e meia e não nove da noite.</div><div>9) VOCÊ SÓ SE LEMBRA DO QUE TE INTERESSA - Sim e não. Em geral essa frase é dita num tom de crítica a uma pessoa desonesta, que diz se lembrar apenas do que lhe interessa. Não é bem assim, o cérebro TDAH 'não ouve' o que não lhe interessa, o que não desperta sua atenção ou desejo. Não é proposital, é uma doença, um transtorno que nos impede de 'arquivar' parte do que ouvimos, falamos ou vivenciamos. Não é escolha.</div><div>10) VOCÊ É FRIO/FRIA, INDIFERENTE, SÓ SE IMPORTA COM VOCÊ. Sinceramente, não nos importamos nem com a gente mesmo. Se só nós importássemos com a gente não nos sabotaríamos tanto, não passaríamos por tantos empregos, por tantos relacionamentos, por tantos constrangimentos, por tantas perdas. Muitas vezes não respondemos porque não estamos presentes, embora nosso corpo esteja ali. Parecemos indiferentes porque passamos por cima dos detalhes, esquecemos as datas, perdemos a hora, erramos o caminho, repetimos os mesmos erros...</div><div>Claro, temos consciência de que não é fácil conviver com pessoas como nós. Claro que nada do que disse acima cura feridas abertas ou apaga falhas graves. As feridas continuarão doendo, as consequências das falhas ainda estarão presentes. Mas se você souber de antemão com quem está lidando poderá julgar de maneira mais isenta a personalidade do TDAH com quem convive.</div><div>TDAH não é falta de inteligência, não confunda, TDAH é um transtorno de execução. Sei o que fazer, como fazer, quando fazer, mas não consigo fazer a tempo, de maneira perfeita ou simplesmente me esqueço de fazer. </div><div>Pode parecer um monte de coisas: irresponsabilidade, inconsequência, preguiça, desrespeito, indiferença...</div><div>Mas é TDAH. </div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color blue' />
Este artigo pertence ao <a href="http://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/">TDAH-Reconstruindo a Vida</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-29681295841233783722022-01-22T07:47:00.001-03:002022-01-22T07:47:49.994-03:00O TDAH E A EXAUSTÃO DA PANDEMIA <div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjP7BmQdbX4-kqpH8szVB7wwD2UetQ_YWPNIAfRbFrnEb7IiPd_R3hpBjjlz27QeUnrADQsBvXxymlsk2Gdb3ST1W9ih6RLMcX2qzTwiTsivGNnkj3tk_fKwj-rGlSuA8k14Vfj4fkT0x2Ds0P8dGVgvR7N3KKjYF1fc55GGpGd0uUDi6ZiEbIgxQF63g" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
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</div><br></div><div><br></div><div>Estamos entrando no terceiro ano de pandemia e a maioria de nós está cansado, esgotado de tanta tensão, tantas medidas de prevenção, tantas más notícias, enfim...</div><div>E nós, TDAHs, como estamos?</div><div>Minha mulher acha que passo incólume por tudo isso. Não é verdade. Talvez eu passe de maneira diferente, mas nunca incólume.</div><div>A exaustão mental que todos estamos sentindo faz parte da rotina diária do TDAH adulto. A tensão que vivemos para tentar evitar a próxima falha, o próximo esquecimento. O terror quase diário ao descobrirmos que erramos novamente, esquecemos novamente, seremos advertidos novamente, seremos demitidos novamente... Essa expectativa não nos abandona e, em grande parte dos TDAHs, toda essa história de vida ‘evolui’ para ansiedade crônica, pânico e afins. Vivemos aos sobressaltos. Ninguém imagina o que é ‘achar’ que errou ou esqueceu de algo importante para lembrar-se segundos depois que fez o que deveria. Uma descarga de adrenalina atravessa todo o corpo, uma sensação de pânico assalta a alma, um filme dos piores erros já cometidos passam num flash na mente seguido das possíveis consequências advindas dessa nova falha. De repente lembramos que sim, fizemos a tal tarefa, ou não nos esquecemos do que não deveríamos nos esquecer. Em geral, um leve sorriso de alívio surge no rosto. O corpo relaxa imediatamente e uma sensação de paz toma conta da alma. Mas por quanto tempo? Dias? Semanas? Meses? Doce ilusão... Podemos ter esse conflito interno várias vezes por dia. Diariamente é praticamente garantido. Somos programados pela cultura atual a sermos máquinas de produtividade infalíveis. Devemos ser perfeitos em todas as áreas: pessoal, profissional, afetiva... Existe uma propaganda do analgésico Advil cujo slogan eu odeio: <b>para você fazer</b> <b>mais por mais tempo</b>. Isso é insuportável. Ninguém deveria ser submetido a isso. Mas somos, e essa nova cultura do fazer mais por mais tempo nos desmascara, praticamente não temos tempo para apagar os rastros dos nossos erros. Ou de simplesmente consertá-los antes que sejam descobertos. Ou, no mínimo, conseguirmos boas desculpas para o enésimo esquecimento. Não há tempo. Tudo é em tempo real. Tudo é agora, on line e com dezenas, centenas de pessoas com acesso ao que deveríamos ter feito.</div><div>A exaustão da pandemia nos é familiar. É nossa companheira, nossa irmã siamesa. Carregamos o inimigo dentro de nós mesmos e o combatemos vinte e quatro horas por dia, sem descanso, sem pausa... Mesmo nas férias, nos fins de semana, quando o aspecto profissional descansa precisamos estar atentos ao lado pessoal, precisamos medir o que falamos aos nossos parceiros, precisamos parecer interessados nos assuntos alheios, interagir socialmente... Não há pausa quando tudo que se quer é que o mundo pare e nos deixe respirar, pensar e agir no nosso tempo, do nosso modo.</div><div>Conviver com a exaustão não é novidade para o TDAH, a novidade é que agora podemos externá-la sem medo de sermos apontados como fracos ou anormais. Não sei quanto tempo isso vai durar. A pandemia, que no início parecia que iria revelar o melhor lado do ser humano, está revelando o que há de pior na humanidade, quem pode explora os mais frágeis da forma mais despudorada imaginável. Não há solidariedade, empatia ou complacência. Como diz o ditado: farinha pouca, meu pirão primeiro.</div><div>Quem, como os TDAHs, vieram com menos armas, ou armas inaptas para essa batalha, que se dane. Viva às turras com suas próprias deficiências e fracassos. Por isso são tão importantes as políticas públicas afirmativas. As políticas públicas visam dar a todos senão as mesmas armas, dotar os mercados de regras que igualem o jogo. Mas isso é pedir demais do ser humano, que ao longo da história se notabilizou por explorar os fracos, legislar em causa própria e expoliar seus pares. </div><div><br></div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color blue' />
Este artigo pertence ao <a href="http://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/">TDAH-Reconstruindo a Vida</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-58714245204938508782021-12-17T08:44:00.000-03:002021-12-17T08:44:06.994-03:00O TDAH EM BUSCA DA PAZ<br>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-bO7KAlNPIk4/Ut6RDmeD1mI/AAAAAAAACTo/3vp-U2ezdVs/s1600/hauer-001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-bO7KAlNPIk4/Ut6RDmeD1mI/AAAAAAAACTo/3vp-U2ezdVs/s1600/hauer-001.jpg" height="255" width="400"></a></div>
Do filme Blade Runner<br>
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Onde encontraremos a paz?<br>
<div>
A paz descansa dentro de cada um de nós.</div>
<div>
A que se rasgar o peito, rasgar a alma, prospectar o coração; ali encontraremos nossa paz.</div>
<div>
"A vida é um rasgar-se e remendar-se"</div>
<div>
Rasgamo-nos quando quebramos o silêncio necessário.</div>
<div>
Rasgamo-nos quando atiramo-nos de abismos.</div>
<div>
Rasgamo-nos quando explodimos sem motivo.</div>
<div>
Rasgamo-nos quando esquecemos...</div>
<div>
Rasgamo-nos quando trilhamos, de novo, o caminho errado.</div>
<div>
Mas, quando conseguimos calar a palavra ferina; remendamo-nos. </div>
<div>
Quando namoramos com o abismo e damos um passo atrás, remendamo-nos.</div>
<div>
Quando conseguimos divisar o outro através da cortina rubra de nossa ira, remendamo-nos.<br>
<div>
Quando vislumbramos o caminho errado e retornamos, remendamo-nos.</div>
</div>
<div>
Rasgar-se e remendar-se, duas faces do TDAH que a sensibilidade do genial Guimarães Rosa sintetizou nessa frase. </div>
<div>
Rasgamo-nos e remendamo-nos diariamente em nossa infinita busca da paz.</div>
<div>
Que essa colcha de retalhos que criamos com nossos remendos, desenhe a face definitiva da paz interior que sonhamos e buscamos incessantemente.</div>
<div>
Mas jamais nos esqueçamos; de nada vale procurar a paz nos outros o no mundo exterior. </div>
<div>
A paz somos nós.<br>
<br>
Obs.: Inspirado no comentário de Emily Silva</div>
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Este artigo pertence ao <a href="http://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/">TDAH-Reconstruindo a Vida</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-9768532197308759982021-09-28T22:07:00.000-03:002021-09-28T22:26:14.878-03:00TDAH, UMA BATALHA PARA A VIDA TODA... <div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://lh3.googleusercontent.com/-iOkVRcU1jvw/YVO8XGGT7UI/AAAAAAAAEUk/oZV290fmN3Q1lKWqeommUM7pC3Ws3ke8QCLcBGAsYHQ/s1600/1632877657300531-0.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
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</div><br></div></div>O título desse post é uma frase que tirei de um comentário feito no blog pelo leitor Alam e define com perfeição o que é o TDAH.<div>Tenho 60 anos de idade e fui diagnosticado há dez anos. Quando soube que meus inexplicáveis comportamentos auto destrutivos tinham nome, sobrenome e tratamento, senti um enorme alívio. Imaginei que em alguns meses, ou na pior das hipóteses, uns poucos anos eu seria uma nova pessoa. </div><div>Ai, ai, nada mais enganoso...</div><div>Dez anos depois, centenas, talvez milhares, de comprimidos de Ritalina, dezenas de comprimidos de Ritalina L.A. e pouco mais de uma centena de cápsulas de Venvanse, o que posso dizer é que me debato com os mesmos problemas de antes. Memória péssima, desatenção, impulsividade, procrastinação, dificuldade com regras...</div><div>Mas, afinal de contas, o que mudou?</div><div>Quase tudo.</div><div>Em primeiríssimo lugar: hoje eu tenho consciência de tudo. Se não ajo para minorar ou sanar completamente o problema é por culpa minha. Claro que me perdoo se tento e sou derrotado.</div><div>A consciência do diagnóstico e sua aceitação são libertadores, mas aumenta nossa responsabilidade. </div><div>No que melhorei?</div><div>Procrastinação. Já não procrastino como antes, pelo menos em relação ao trabalho e coisas importantes. Me arrasto até a loja, me obrigo a fazer a tempo e a hora. Depois que quebra a inércia é fácil. O que fiz pra mudar? Me conscientizei de que se eu me forçar eu pego no tranco. E forço.</div><div>Variação de humor e ataques de fúria. Isso eu diminuí muito. Eu tinha crises súbitas de fúria que metia medo em quem estivesse ao redor. Algumas vezes estive à beira de fazer uma grande merda. Hoje me controlo muito mais. Essas crises graves são parte do passado. O que fiz? Comecei a me controlar quando percebia a crise chegando. Dizia pra mim mesmo: esse não é você, é o TDAH agindo em seu nome. Isso bastava para o ódio diminuir. Eu tinha momentos de um abatimento inexplicável. De repente uma tristeza profunda me abatia de tal forma que meus braços e pernas pareciam de chumbo. Isso acabou completamente. Quando as crises tentam me abordar eu penso:</div><div>Vade retro TDAH!!! Aqui não! Claro que isso só funciona se a crise não é provocada por motivos reais. Essa tristeza a que me refiro surge do nada, sem motivo ou explicação. Isso é do TDAH e, se não é meu, não preciso conviver com ele. </div><div>Organização. Sou outra pessoa hoje em dia. Meu lado do guarda roupas é bastante organizado, as gavetas idem... Minha mesa de trabalho ainda não alcançou o ideal, mas quem me conheceu antes do diagnóstico jamais imaginaria esse nível de organização que atingi. Mudei convivendo com pessoas organizadas e percebendo que a vida é muito mais fácil e melhor quando somos organizados. Assim como a procrastinação, me obrigo a fazer e pronto.</div><div>Impulsividade. Digamos que foi um pequeno ganho. Muitas das vezes consigo controlar, mas nem sempre. Ainda ajo por impulso e pago por isso. </div><div>Me lembro de participar de grupos de apoio aos portadores de TDAH em Juiz de Fora, organizados pela minha médica Dra Valéria Modesto, e uma das coisas que dizíamos é calarmo-nos por 5 segundos antes de falar ou fazer algo. Esses 5 míseros segundos nos impediria de fazer grandes besteiras. </div><div>É isso. Funciona. O diabo é que muitas vezes nos lembramos depois de acontecido. Mas seguimos na batalha. </div><div>Memória, desatenção e tempo, creio ser meus maiores problemas. Ainda não consegui nenhum suporte, ideia, ajuda ou sei lá o que seja, que realmente funcione. </div><div>Os idiotas da objetividade dizem: Anota!!!! Meu Deus, como não pensei nisso? Que ideia magnífica! Só uma pergunta: quem vai me lembrar de anotar? Desatenção! No meio de algo sério e importante voo para a estratosfera. Pode ser o que for, aonde for, com quem for. De repente escapo. </div><div>E perco muito com isso. Muito mesmo.</div><div>E o tempo? Ah o tempo... Nada mais mágico e inexplicável... Como aqueles trinta dias que me pareciam tão distantes chegaram em apenas um mês? Ontem parecia tão distante... Uma das únicas coisas que aprendi e que me ajudam é colocar o despertador do celular para tocar de hora em hora no período do trabalho. Isso é ótimo, se estou viajando na maionese e toca o alarme das dez horas caio na real e volto ao trabalho. </div><div>De resto, o TDAH é uma batalha para a vida toda. E não é uma batalha diária, é uma batalha a cada minuto, a cada segundo, sem trégua. Parece muito? </div><div>E é muito, mas se não fizermos nada, acumularemos derrotas em sequência para o TDAH. E ele sabe deixar suas marcas em nossas vidas. </div><div><br></div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color blue' />
Este artigo pertence ao <a href="http://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/">TDAH-Reconstruindo a Vida</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-63896865741842633222021-06-19T07:21:00.000-03:002021-06-19T07:21:08.591-03:00O QUE SENTE UM TDAH : 1- INSATISFAÇÃO <div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://lh3.googleusercontent.com/-Pd0bAoDw5qo/YM3FEqiM0yI/AAAAAAAAERg/_krFs8w9yWcNJ0glG0r6yDTFlLYUlfUkQCLcBGAsYHQ/s1600/1624098063286604-0.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
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</div><br></div><div>No princípio tudo são flores. Amor intenso, emprego perfeito, a casa dos sonhos, o curso imaginado, o carro desejado...<br></div><div>Os dias passam, passam-se semanas, correm os meses... </div><div>Um pequeno desconforto em relação aquela vida. Nada de importante, só superficial. Mas vai aumentando. Aos poucos aquele sorriso cativante passa a parecer um pouco cínico. O chefe que apoiava seu crescimento vira um pequeno ditador. A casa sonhada tem alguns defeitinhos inconvenientes. Curso chato, professores incompetentes. E o carro? Não era exatamente o imaginado, mas...</div><div>A vida vai ficando pesada, difícil, transforma-se numa adversária implacável. Cobranças e mais cobranças e pouquíssimo retorno. </div><div>Acordar com aquela voz... Enfrentar aquele banheiro apertado... Um carrinho bem chinfrim... E passar o dia sob o jugo daquele ditadorzinho infeliz. Ainda bem que abandonou aquele curso inútil. Estudar para trabalhar naquela empresinha maldita? Com aquele déspota semianalfabeto?</div><div>Aquela sensação de arrependimento por ter se endividado por aquele apartamento mequetrefe. Ouvir os outros e comprar aquela versão mais simples do carro. E o casamento? Meu Deus, pra quê?</div><div>Não adianta trocar o carro, o apartamento, o emprego, a mulher, o curso...</div><div>A insatisfação é sua. É minha. É nossa. É do TDAH.</div><div>Não sabemos porque nem como age. Somente sentimos, somos por ela apossados. Das pequenas às grandes coisas e situações. </div><div>Nem uma Ferrari, nem a Giselle Bundchen, nem uma castelo na França, nem o Brad Pitt... </div><div>A insatisfação é um sintoma do nosso transtorno. E não é aquela insatisfação criadora que move o mundo. É uma insatisfação demolidora, nefasta que nos faz abandonar tudo, de qualquer jeito, a qualquer hora, sem medir ou analisar as consequências. A Ritalina não cura, o Venvanse não cura. Aliás, nada cura.</div><div>A solução parece idiota, mas funciona. </div><div>Conheça-se e conheça a sua doença.</div><div>E pra que serve isso?</div><div>Conhecendo sua doença e a você mesmo, você passará a saber o que é da sua personalidade e o que é do TDAH.</div><div>Ao ser assaltado pela eterna insatisfação você a reconhecerá e terá força e discernimento para agir contra ela. Deixará de ser um passageiro da insatisfação para assumir a sua direção e impedir que ela cresça e tome conta de sua vida.</div><div>Não estou pregando a estagnação, a submissão a qualquer circunstância, mas sabedor de que essa insatisfação pode ser fruto do TDAH você terá condições de analisar o contexto e agir dentro da realidade objetiva. Não será mais movido por um sentimento confuso que te empurra em direção à mudanças contínuas e infrutíferas pois o novo só será novo e atraente por um curto espaço de tempo. </div><div>Em breve um pequeno desconforto nascerá dentro de você...</div><div><br></div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color blue' />
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Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-81919183168638729502021-04-16T22:19:00.000-03:002021-04-16T22:19:16.362-03:00O QUE SENTE UM TDAH... <div><br></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://lh3.googleusercontent.com/-lRVFb8jHoso/YHo3f2zGMWI/AAAAAAAAEPE/BTHf_uBwosQn5QOxgMkXvOvLmfECowR3ACLcBGAsYHQ/s1600/1618622331710199-0.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://lh3.googleusercontent.com/-lRVFb8jHoso/YHo3f2zGMWI/AAAAAAAAEPE/BTHf_uBwosQn5QOxgMkXvOvLmfECowR3ACLcBGAsYHQ/s1600/1618622331710199-0.png" width="400">
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</div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div>Temos em nós todos os sonhos do mundo... Ao mesmo tempo... E isso muitas vezes nos paralisa. </div><div>Mas em nossas bocas boia o amargo sabor do fracasso...</div><div>Não o perseguimos, mas não o rejeitamos. Em alguns momentos da vida</div><div>ele é quase sedutor, muitas vezes somos atraídos por ele. </div><div>Tem o medo... Ahhh, o medo... O medo de sermos descobertos cedo demais...</div><div>Somos fraudes, somos falsários em vias de sermos descobertos...</div><div>A esperança... Quando o tempo passa e não descobriram a fraude que somos, brota a esperança de que, dessa vez, conseguiremos manter a fachada. E relaxamos...</div><div>Ao relaxarmos a fachada desmorona... E somos descobertos...</div><div>O desânimo... As vezes, com ou sem motivo aparente um desânimo acachapante desaba sobre nossas vidas... Os membros pesam, a cabeça fica nublada a visão acinzentada...</div><div>Então, subitamente como começou, o desânimo se esvai dando lugar a uma leveza, quase uma alegria...</div><div>Uma alegria que pode ser atravessada por uma prostração, uma inércia, uma quase paralisia... Uma prostração capaz de nos manter no sofá por horas, zapeando sem sentido e sem objetivo. Apenas para deixar o tempo passar. E empurramos o tempo, empurramos o</div><div>emprego, empurramos a vida. Apenas para não enfrentar aquele problema ou pessoa que será inevitável enfrentar... A ciência médica chama isso de procrastinação, vivenciamos como uma fuga da realidade...</div><div>Inferioridade... Nossa fiel companheira. Às vezes traveste-se de medo, noutras vezes explode em crises de raiva. Mas no fundo são manifestações desse sentimento que nos apossa desde</div><div>a mais tenra infância calcado nas críticas às contínuas falhas, nos comportamentos hiperativos ou aéreos... Somos inadequados, inferiores, fraudes ambulantes... </div><div>E ainda existem médicos(?) que não acreditam em TDAH, pedagogos(?) que ignoram o TDAH. </div><div>Pais que são enganados por esses falsos profissionais, ou simplesmente preferem ignorar </div><div>que seus filhos, ou filhas, têm um transtorno mental. E deixam que todos esses sentimentos cresçam e se multipliquem ao ponto de quase amputar as chances profissionais e afetivas </div><div>de seus filhos. </div><div>Esse post ficaria muito grande se eu narrasse tudo o que me povoa a mente e a mente de todos os TDAHs. </div><div>A solução?</div><div>Conheça-se e conheça o TDAH.</div><div>Siga este blog, todas as páginas sérias sobre o assunto, todos os canais sérios do YouTube, Instagram, Facebook... Viva o TDAH, pratique o TDAH, mas não se esconda sob o TDAH. </div><div>Informar-se sobre o TDAH nos deixa mais atentos, mais alertas e portanto, mais aptos a corrigir nossos próprios rumos. Após este virão vários posts sobre cada sentimento separadamente.</div><div>Cuide-se. Procure um bom médico. Se possível, pague a consulta, sua vida vai ser mais feliz e produtiva. Vale o investimento. Tome remédio, faça terapia e informe-se. </div><div>Faça até onde for possível lembrando-se de que você é o principal beneficiário e em consequência todos os que estão à sua volta. </div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color blue' />
Este artigo pertence ao <a href="http://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/">TDAH-Reconstruindo a Vida</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-91232545316041362052021-03-31T21:51:00.000-03:002021-03-31T21:51:34.043-03:00O TDAH E O REVERSO DO HIPERFOCO <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://lh3.googleusercontent.com/-WUlXahjMNpg/YGUZFLzUhCI/AAAAAAAAEOM/BkohSEPxRQ4cql2MNvaH16BgQ6U00ZpnACLcBGAsYHQ/s1600/1617238287928742-0.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://lh3.googleusercontent.com/-WUlXahjMNpg/YGUZFLzUhCI/AAAAAAAAEOM/BkohSEPxRQ4cql2MNvaH16BgQ6U00ZpnACLcBGAsYHQ/s1600/1617238287928742-0.png" width="400">
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</div>Em dezembro de 2018 publiquei um post sobre a beleza de se observar uma TDAH trabalhando hiperfocada. <div>Pois bem, a pandemia, a ganância e a obtusidade da elite brasileira usurparam o hiperfoco desta TDAH. Iniciou-se ali um processo que ainda não terminou, mas que desnudou toda a riqueza, complexidade e dificuldade que um portador - neste caso portadora - tem em libertar-se do hiperfoco.</div><div>Passada a perplexidade inicial, todos os sentimentos estão exacerbados nesse período de caos em que vivemos, esta portadora deparou-se com situações inusitadas em sua vida: eu sou alguém além daquele hiperfoco? Conseguirei desempenhar outra função em outro ramo de trabalho, em outra empresa, em outra realidade além do meu hiperfoco?</div><div>Assaltada pelo sentimento de inferioridade típico do TDAH e com as perspectivas reduzidas pela pandemia, o processo de renascimento parecia mais difícil e doloroso. E foi.</div><div>Todas as tentativas iniciais pareciam limitadas por aquela armadura de mais de uma década de hiperfoco. Qualquer dificuldade, qualquer pequeno revés típico dos iniciantes em qualquer área profissional era visto como incapacidade de viver fora daquele ambiente de hiperfoco. O que parece ser um benefício do TDAH se transforma em pesadelo e tortura quando se tem tolhido o direito de a ele se dedicar.</div><div>Mas TDAH que é TDAH não se entrega. Chora, sofre, se descabela, mas segue em frente. Muitas vezes parece inerte, mas borbulha freneticamente interiormente. Em meio à pendemia e à quarentena, essa TDAH começou a vislumbrar a verdadeira razão de seu hiperfoco: sua mente, sua inteligência, sua perspicácia, sua sensibilidade. Ainda que de uma maneira aparentemente tímida e titubeante essa portadora experimenta novos caminhos, se abre a novas experiências e todas se mostram frutíferas e bem sucedidas. Claro que os primeiros passos jamais são estrondosos, mas são sólidos e significativos. Descortina-se diante dessa TDAH a infinidade de possibilidades a que sua mente brilhante esta apta a exercer e, ao mesmo tempo, prova a ela que o hiperfoco de que tanto se orgulhava só era possível porque era ela. Centenas de outras pessoas antes e depois passaram pelos mesmos cargos, nenhuma delas com a mesma ascensão meteórica e o mesmo desempenho. Não é o hiperfoco que forma o TDAH, muito pelo contrário, o TDAH por suas características é que se hiperfoca naquilo que particularmente o interessa.</div><div>Ao se confrontar com sua capacidade de ser eficiente, eficaz e produtiva em qualquer área, nossa portadora descobriu que é muito maior que seu hiperfoco, pois se este gera produtividade, limita e restringe seu desempenho e suas possibilidades. Agora não, livre das amarras do hiperfoco ela está pronta para alçar voos jamais imaginados pela hiperfocada. Sem o hiperfoco ela está apta a experimentar novas facetas de seu TDAH: a criatividade, a infinita capacidade de se reinventar, de renascer e de reagir.</div><div>Os longos anos de hiperfoco toldaram-lhe a visão de um passado profissional rico e diverso e do qual ela mal se lembrava, assim como o futuro que se abre para uma mente brilhante e liberta. </div><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color blue' />
Este artigo pertence ao <a href="http://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/">TDAH-Reconstruindo a Vida</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-45162358862508075112020-10-25T11:11:00.011-03:002020-10-25T12:28:15.950-03:00O TDAH E A BATALHA MENTAL COM A PREGUIÇA<p> </p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-V3DVYoIhyT0/X5WHLHdC44I/AAAAAAAAELY/fzoRocZUVg0Xl-4H1zI_-eXngz6Hm_2dQCLcBGAsYHQ/s275/pregui%25C3%25A7a.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" src="https://1.bp.blogspot.com/-V3DVYoIhyT0/X5WHLHdC44I/AAAAAAAAELY/fzoRocZUVg0Xl-4H1zI_-eXngz6Hm_2dQCLcBGAsYHQ/s0/pregui%25C3%25A7a.jpg" /></a></div><br /><p>
<b>Ouça agora mesmo:</b>
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Peguei a panela de arroz para misturar a alguns fragmentos de frango que sobraram do almoço para dar um gostinho à ração dos cachorros. Deve ser horrível comer ração. Ao derramar o arroz no prato onde estava o frango alguns grãos caíram sobre a pia, uns oito ou dez. Minha primeira reação foi ignorar, ou melhor, fingir que não vi. Continuei colocando o arroz colher a colher, mas aí pensei: tenho que juntar esses grãos que caíram na pia. Ao que eu me respondi: juntar pra quê? Sempre caem uns grãos da vasilha deles; ou eles mesmos deixam alguns... Armado de muita coragem retruquei mentalmente: mas não tem sentido eu deixar esses grãos sobre a pia. Ao que novamente rebati a mim mesmo: não tem sentido é pegar esses grãos que provavelmente não serão aproveitados em nada... Neste momento percebi que estava há alguns segundos paralisado nessa insana e inútil discussão mental sobre alguns grãos de arroz caídos acidentalmente sobre a pia. Juntei-os, coloquei no prato com o frango e os outros 'arrozes' e dei aos cachorros. Vitória! Eles comeram tudo. Inclusive os grãos que haviam caído sobre a pia.</p><p>Me esforço muito para manter minhas roupas organizadas no guarda roupas. Me esforço mesmo! Outro dia separei algumas calças mais velhas e as coloquei em baixo das bermudas. São calças que uso pouco, ou quase nada e achei que ficariam bem ali. Ontem resolvi usar uma delas e descobri que está muito apertada. Engordei ultimamente. Usei-a por alguns minutos e voltei pro guarda roupas. Como guardei?Em cima das bermudas. E não vou mentir, percebi na hora que deveria colocar embaixo das bermudas, mas ignorei. Hoje, ao lembrar da batalha do arroz lembrei-me da calça e fui colocá-la em seu devido lugar. Outra vitória!</p><p>Muitos podem achar ridículo cantar vitória por duas atitudes tão simples e básicas, mas quando se luta contra a própria mente, qualquer vitória é importante e merece ser comemorada. Mas sabe porque eu consegui vencer a preguiça? Porque estou mais atento ao meu TDAH. Voltei a dar importância a ele e enfrentá-lo. Falo isso há dez anos, desde que comecei a escrever este blog, e no entanto, eu mesmo havia me descuidado do TDAH. Ando tentando me lembrar de cabeça coisas que deveriam estar anotadas e revisadas. TDAH nenhum pode fazer nada sem ser checado e conferido. Trazemos a semente do erro, do esquecimento e da negligência. Não podemos descuidar um único segundo e o TDAH nos atropela e apronta das suas. Estando absolutamente atento ao TDAH evitamos situações vergonhosas e constrangedoras.</p><p>A fórmula mais eficaz de evitar, ou reduzir, os danos provocados pelo TDAH é a conscientização e a aceitação de que o transtorno é incurável e perigoso. Basta uma única oportunidade e ele pode destruir nossos relacionamentos, nossos empregos, nossa moral.</p><p>Como fazer? Em primeiro lugar, pratique seu TDAH. Jamais se deixe esquecer de que é portador de um transtorno incurável. Como uma oração, introduza no seu dia a dia o hábito de ler uma página sobre o assunto, assistir a um vídeo, ou conversar com alguém que conheça o TDAH. Isso mantém viva na sua memória a existência e a malignidade do transtorno. A partir daí, torne um hábito confrontar suas atitudes com os sintomas do TDAH. Por exemplo: se no trabalho você precisa entregar algo a seu chefe ou colega, por mais simples que seja, pense antes: vou revisar o que escrevi pois se tiver alguma falha evito novas críticas e ironias a meu respeito. É uma defesa. Uma auto defesa. Claro que sei que nesse momento você está pensando: esse cara acha que é fácil fazer isso... Pode ter certeza, eu sei que não é fácil. Adotei isso há cerca de dez anos e vinha funcionando super bem. Tão bem que me senti livre da necessidade de me manter alerta e tenho cometido um monte de erros. Se eu consegui, você consegue. Pouca gente nesse mundo é tão desatenta como eu. Você não tem nada a perder. Experimente! Tente!</p><p>Imagine o seguinte cenário: Você entra numa discussão com seu marido/mulher; ela(e) diz algo mais forte. Se eu nos conheço um turbilhão de agressões chegam à ponta da língua. Numa fração de segundos sua mente conecta fatos presentes com outros antigos, aparentemente desconexos. Mas sua mente brilhante foi capaz de, naquele instante de raiva, encontrar uma conexão entre esses fatos tão distantes. Agora é a hora de despejar todo o seu dicionário de ofensas e agressões. Que em dez minutos você se arrependerá de ter dito... Nessa hora você vai dizer para si mesmo: TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE. Mas não vale pensar na sigla, tem que pensar no nome completo. Nisso, uns cinco segundos se passaram. Miraculosamente o ódio diminuiu. Você vai se lembrar desse post ou de outras histórias de portadores, ou mesmo suas, em que foi preciso implorar por desculpas para não destruir o relacionamento. Isso, claro, em flashes de frações de segundos. Mais cinco segundos se passaram nesses flashes. A temperatura da fúria diminuiu mais um pouco. Se possível, vá beber água, vá ao banheiro. Mas sempre lembrando do seu TDAH. Pense: esse sou eu ou é o TDAH agindo em meu lugar? Se o acesso de fúria lhe parecer, ou lhe recordar, um momento de impulsividade já vivido, engula a raiva. Cale-se! Calar-se é melhor do que pedir desculpas depois e ter de ouvir um monte de coisas desagradáveis sobre você, mas que são verdadeiras e incontestáveis.</p><p>Não será fácil! Mas já não é fácil. Tente! Vale à pena! Você não vai vencer todas, não vai se controlar em todas as vezes, mas nas vezes em que conseguir sentirá um prazer incomensurável; um prazer inenarrável. Tente, é possível. E viável! </p><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color blue' />
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Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-89051680371204076852020-09-28T21:43:00.005-03:002020-09-28T23:26:57.119-03:00UM TDAH DE VOLTA À RITALINA<audio controls="">
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<div><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><span style="font-size: medium;"><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-RCCeTzlELYc/X3KB2Mp-9rI/AAAAAAAAEJ8/vglY1qHf6ZM-7jeiEnVBhktnmrlW38BkACLcBGAsYHQ/s504/Perdido-na-multidao.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="379" data-original-width="504" src="https://1.bp.blogspot.com/-RCCeTzlELYc/X3KB2Mp-9rI/AAAAAAAAEJ8/vglY1qHf6ZM-7jeiEnVBhktnmrlW38BkACLcBGAsYHQ/s320/Perdido-na-multidao.jpg" width="320" /></a></div></div><div><br /></div><div><br /></div>Quando se soma a insatisfação com a desatenção o resultado é nitroglicerina pura. </span><div><span style="font-size: medium;">Imagine a seguinte situação: Você, TDAH, chega no trabalho em determinado dia e se lembra de um comunicado que enviou por e-mail dias antes e um dos destinatários teve o e-mail devolvido por erro de endereço. Feliz com essa lembrança espontânea você começa a prospectar o endereço de e-mail correto. Até que decide contatar um cliente que lhe informa o número de whatsapp da pessoa. Você salva o número em seus contatos e clica em conversar. O aplicativo de contatos te joga para o whatsapp e você fica perplexo ao descobrir que já havia uma conversa sua com aquele contato. Estupefato, relê aquela troca de mensagens ocorrida dez dias antes em que, você não apenas enviou o tal comunicado à pessoa como corrigiu o endereço de e-mail e acertou o cadastro no sistema da empresa.
A primeira reação é de incredulidade; não é possível que eu fiz isso. Mesmo diante da troca de mensagens você não se recorda.
A segunda reação é vergonha. Vergonha de que alguém possa ter percebido e vergonha de si próprio, tal a magnitude do erro.
Depois vem a revolta, a raiva de si mesmo, do transtorno, de si mesmo, da desatenção, de si mesmo, de si mesmo...
Quando me lembro desse episódio a imagem do whatsapp volta nítida em minha mente. O sentimento de incredulidade. Aquele episódio desapareceu da minha cabeça como se jamais houvesse existido. </span></div><div><span style="font-size: medium;">Um misto de irritação, frustração, vergonha, cansaço, desânimo, vontade de sumir... </span></div><div><span style="font-size: medium;">Quem não é TDAH pode pensar: mas isso tudo por causa de um erro sem consequências. Que bom que já havia resolvido a questão antes...</span></div><div><span style="font-size: medium;">Não é o tamanho do erro que incomoda; é sua infindável repetição. Quantos esquecimentos na mesma semana... No mês não dá pra contar...</span></div><div><span style="font-size: medium;">Naquele dia cheguei em casa disposto a procurar um médico, um bom médico e retomar a Ritalina abandonada há muito tempo. Mais de um ano. Depois, mais calmo, concluí que, pela enésima vez, me auto sabotei ao abandonar o tratamento medicamentoso. E reconheci tardiamente todo o percurso que nós, TDAHs, repetimos à exaustão:</span></div><div><span style="font-size: medium;">A primeira 'constatação' é a de que o remédio não funciona mais. Depois, a dificuldade de conseguir receita; o remédio é até muito barato, mas pagar uma consulta por mês pesa muito. Mais um passo é dado ao começar a economizar no consumo da Ritalina; em lugar de dois comprimidos por dia, concentrei-me em apenas um, na parte da tarde quando sou menos produtivo. Logo passei para dia sim, dia não, e parei...</span></div><div><span style="font-size: medium;">Com tantos anos de estrada, escrevendo e vivenciando o TDAH, como pude cair nessa?</span></div><div><span style="font-size: medium;">Simples, o TDAH é incurável e está dentro de nossas mentes. Ele é um componente indissociável de nossa vida e, confesso, é cansativo viver o tempo todo em estado de alerta. Em alguns momentos optamos conscientemente por deixar o TDAH agir. E esse conscientemente, já não sei se foi por nosso próprio livre arbítrio, ou se já era a influência nefasta do TDAH. Creio que foi no excelente livro do Dr. Barkley Russel sobre TDAH em adultos (que a Amazon espertamente está anunciando num blog de TDAH), que ele afirma textualmente que o portador de TDAH tem seu livre arbítrio prejudicado. Nem todas as nossas escolhas são nossas realmente, grande parte delas, ou a sua totalidade, são feitas sob a influência do TDAH.</span></div><div><span style="font-size: medium;">Sinto-me hoje como Sísifo, a personagem do mito grego, que como punição aos seus erros era obrigado a rolar uma enorme pedra de mármore montanha acima e ao se aproximar do cume, via a pedra rolar montanha abaixo até seu ponto inicial. E Sísifo era obrigado a empurrá-la montanha acima diariamente. Sinto-me no ponto de partida novamente.</span></div><div><span style="font-size: medium;">A grande vantagem que tenho sobre Sísifo é ter TDAH. Sim, ao esquecer-me da maioria das minhas experiências passadas, apago a maior parte do sofrimento que foi empurrar a pedra morro acima, e volto a empurrá-la alegremente na certeza de que atingirei o cume da montanha com facilidade.</span></div><div><span style="font-size: medium;">A mesma falta de memória que nos prejudica e envergonha, nos dá o antídoto à depressão e ao desespero do eterno recomeço. Ciclicamente, como fênix, renascemos das cinzas, reerguemo-nos do mais profundo e escuro abismo e atingimos o brilho do sol, onde passamos a acariciar com estranheza e curiosidade o enorme número de cicatrizes que trazemos na alma. Sim, somos incapazes de aprender com nossos próprios erros, e muito menos aprendemos com os erros alheios. Simplesmente esquecemos aquilo que vivenciamos, e voltamos a cometer os mesmos erros.</span></div><div><span style="font-size: medium;">Se a mão que afaga é a mesma que apedreja, a mão que apedreja é a mesma que afaga.</span></div><div><span style="font-size: medium;">Aqui vou eu; ao infinito e além!</span></div><div><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-size: medium;"><br /></span></div>
<iframe style="width:120px;height:240px;" marginwidth="0" marginheight="0" scrolling="no" frameborder="0" src="//ws-na.amazon-adsystem.com/widgets/q?ServiceVersion=20070822&OneJS=1&Operation=GetAdHtml&MarketPlace=BR&source=ac&ref=tf_til&ad_type=product_link&tracking_id=tdahreconstru-20&marketplace=amazon®ion=BR&placement=8536326123&asins=8536326123&linkId=dc61c06b60b99e0348bec91119ed36c2&show_border=true&link_opens_in_new_window=true&price_color=333333&title_color=0066c0&bg_color=ffffff">
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Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-8016166610352680892020-09-21T22:20:00.007-03:002020-09-21T22:20:47.088-03:00TDAH - NÃO IMPONHA UM FUTURO A SEUS FILHOS<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-u-fhsN1KCfc/X2lQtf9sLQI/AAAAAAAAEJc/ksx3MMgXrV8mikQoH2F2-suyLT4qd2V8gCLcBGAsYHQ/s1200/the_wall.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" width="320" data-original-height="675" data-original-width="1200" src="https://1.bp.blogspot.com/-u-fhsN1KCfc/X2lQtf9sLQI/AAAAAAAAEJc/ksx3MMgXrV8mikQoH2F2-suyLT4qd2V8gCLcBGAsYHQ/s320/the_wall.jpg"/></a></div>
<p>Qualquer pai ou mãe que se preze sonha com um filho de sucesso.</p><p>Sucesso profissional, sucesso social, sucesso financeiro...</p><p>Mas poucos destes pais e mães se lembram de perguntar aos filhos se é este sucesso que ele, filho, deseja pra sua própria vida. Nada de novo, há dezenas de gerações os pais querem interferir no 'futuro' de seus filhos. Há dezenas de gerações um bom percentual de vidas é estragada pela prepotência e arrogância dos pais. Claro, tudo isto mudou. Mudou nada. Mudou a forma de agir dos pais; ficaram mais espertos, mais sutis. Nada é imposto. Desde os três anos os filhos estão nas aulas de balé, inglês, informática, futebol e outro sem números de tarefas que vão dirigindo a vida das crianças para onde querem os pais.</p><p>E aí o menino que começou o inglês super animado quer abandonar com dois meses de aula...</p><p>Como pode uma menina tão talentosa largar o balé com menos de seis meses...</p><p>_ O que esse menino vai ser sem falar inglês?, pergunta a mãe preocupada.</p><p>O pai, não menos preocupado, exige que a filha escolha um outro esporte. E a garota vai para a natação.</p><p>Parece até um peixinho... Três meses depois foge das aulas, finge doente, fala mal da professora...</p><p>E ninguém consegue convencer aquele menino a largar o violão e fazer algo de útil, que lhe dê futuro.</p><p>De experiências impostas em experiências impostas, os pais e os filhos se estressam, gastam dinheiro, brigam e nada vai pra frente. </p><p>Empurrados entram na faculdade que não queriam e se arrastam (quando conseguem) até a formatura. Uma formatura de que só se lembrarão da festa de arromba e da bebedeira lendária. A partir daí um novo martírio começa: ele um advogado que perde as datas de audiências e recursos, que viaja mentalmente em meio às audiências a que consegue comparecer. Ela, uma administradora de sucesso, implacável, eficiente, que aos 40 anos terá, além do TDAH, depressão e síndrome do pânico.</p><p>Ele, ajudado pelo sobrenome de seu pai, um grande advogado, arrasta-se pela vida perdendo clientes e casos, e ninguém entende como um cara tão inteligente não consegue deslanchar na vida.</p><p>Nas horas vagas ele toca seu violão e sua guitarra, sonhando com a vida que poderia ter levado.</p><p>Ela, aos finais de semana, tenta se reconectar ao seu eu interior, pensando na terapeuta holística que não conseguiu ter coragem de exercer.</p><p>O TDAH é isto, um mundo de possibilidades que não conseguimos exercer. Opções que nos dão tesão, mas não dão dinheiro, não dão sucesso, não dão satisfação aos pais. Hoje, prestes a chegar aos sessenta, grito aos pais: não façam isso com seus filhos! Deixe-os exercer o que amam, o que lhes desperta o hiperfoco. Ainda que isto seja fazer bijuteria na praia. Se não for o que realmente ama, ele vai abandonar em poucos meses...</p><p>Arrastar o TDAH ao longo de uma vida que não se escolheu é infernal, torturante e contraproducente. Desde a quinta série História é a matéria que mais amo. Meu pai tinha uma coleção de livros chamada Biblioteca Life; a série dedicada a História da Humanidade era minha paixão; passava horas lendo e relendo a saga do ser humano desde a era pré histórica até os dias mais próximos. Ali aprendi a amar a Grécia e Roma. Apaixonei-me perdidamente por Florença. Ainda hei de conhecê-la antes da morte. Estava certo de que seria um professor de História. Não consegui enfrentar as críticas à minha escolha e, por vários motivos acabei indo cursar Direito. Arrastei-me por infindáveis anos em duas faculdades para abandonar definitivamente ao fim do sexto período. Já casado, pai de família, tentei cursar Filosofia. Não consegui; questões pessoais e financeiras me impediram.</p><p>Tudo o que fiz a partir daí foi de má vontade ou sem vontade. Uma indiferença que jamais me permitiu alcançar todo o potencial que tenho. Claro que mesmo como professor de História eu teria de derrotar o TDAH diariamente. Mas o amor pela matéria me levaria a ser muito melhor profissionalmente do que consegui ser até hoje. Ontem ou antes de ontem me apareceu no Instagram um curso de História à distância. Confesso que me abalou. Mas quem contrataria um professor recém formado com quase 65 anos?</p><p>Será que o sucesso não é atingir aquilo que se deseja, se sonha, se ama?</p><p>Enriquecer é algo para um ou dois porcento da população. O resto é batalha diária, dura e difícil. Por isso afirmo com a mais absoluta certeza: não obrigue seu filho a ser infeliz! Não contribua conscientemente com a frustração de quem você ama. Aceite que os objetivos de seus filhos podem não ser os mesmos dos seus.</p><p>Deixe-os escolher os caminhos que amam...</p><p><br /></p>
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Este artigo pertence ao <a href="http://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/">TDAH-Reconstruindo a Vida</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-81980354101235095392020-09-13T21:41:00.001-03:002020-09-13T21:41:42.487-03:00O TDAH E O MEDO DO FRACASSO <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-WglYVXZx19M/X168CDdlxgI/AAAAAAAAEI0/wPQw5gG0YYQOSfAZeOnFmGEXxJZrn4srQCLcBGAsYHQ/s1024/medo-do-fracasso.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="678" data-original-width="1024" src="https://1.bp.blogspot.com/-WglYVXZx19M/X168CDdlxgI/AAAAAAAAEI0/wPQw5gG0YYQOSfAZeOnFmGEXxJZrn4srQCLcBGAsYHQ/s320/medo-do-fracasso.jpg" width="320" /></a></div><br /><p> Está tudo certo, é o mesmo trabalho que é feito há dois anos e o chefe faz uma pergunta corriqueira sobre o trabalho: os lançamentos estão em dia ? Ou : Você encaminhou aquele e-mail ?</p><p>Nesse instante bate uma dúvida... Os batimentos aceleram, as borboletas se agitam no estômago e vem a resposta : Sim. Mas um sim sem convicção. Um sim que traz em seu bojo o medo de haver erros, um medo de faltar lançamentos, de o tal e-mail ter tido uma resposta que não foi percebida...</p><p>E assim , segue a vida.</p><p>Uma vida povoada de dúvidas ,de incertezas, de desconfiança em relação a nós mesmos .</p><p>Fiz mesmo?</p><p>E o pior, o contrário também é possível. Há muito tempo não retruco mais quando me dizem que fiz ou disse determinada coisa que não me lembro. Centenas de vezes eu briguei e discuti alegando que estavam colocando palavras na minha boca, que eu jamais disse aquilo. E havia dito. Ou feito. Depois que me descobri TDAH parei de discutir sobre isso. Claro que a princípio eu nego, mas se a pessoa começa a dar detalhes da conversa eu logo desisto.</p><p>Todos esses episódios povoam nosso dia a dia, nos transformando em pessoas inseguras, aprofundando ainda mais nosso sentimento de inferioridade.</p><p>Já disse isso num post antigo, no momento em que ergui as portas de aço da minha primeira loja de tintas eu pensei: quanto tempo isso vai durar? Foi algo tão negativamente forte que eu jamais me esqueci.</p><p>Eu sabia que iria fracassar. </p><p>Imagine conviver com esse tipo de sentimento. E isso não é um sentimento ocasional, faz parte da nossa personalidade, faz parte do nosso acervo de cicatrizes. Desde a infância ouvimos críticas por não completarmos o que começamos, ou os elogios vêm acompanhados de um 'mas... ' Ele é um bom aluno, mas não para quieto. Ele é um garoto esforçado, mas não para de falar um segundo. Ele é bom aluno, mas os cadernos dele são muito bagunçados.</p><p>Assim vai se construindo a personalidade do TDAH. As conquistas sempre virão acompanhadas de um 'mas...'</p><p>Temos sim medo do fracasso. Muitas vezes superamos o temor e conseguimos vencer os desafios. Mas nosso maior sucesso é a sobrevivência. E até a isso devemos ao TDAH. A infinita capacidade de renascer vem de uma certa falta de noção da realidade. Temos quedas épicas, repletas de testemunhas, mas seguimos adiante aparentemente incólumes. E na maioria das vezes, saímos incólumes mesmo. E não é por mérito ou falta de caráter ou de sensibilidade, mas por um apagamento das sensações experimentadas por aquele revés. O mesmo apagamento responsável pela repetição dos erros anteriores. Como se não aprendêssemos com os erros. E não aprendemos mesmo. Exatamente porque o erro não nos marcou ou marcou momentaneamente. Ao nos defrontarmos com uma situação semelhante àquela já vivenciada, não a reconhecemos e agimos exatamente igual agimos anteriormente. E somos punidos por algo que sequer lembramos, ou não temos consciência de haver errado. </p><p>Muitos a esta altura dirão: mas então é melhor identificar-se portador de TDAH desde o princípio. AO que responderei com uma pergunta: Que princípio? Identifique-se TDAH numa entrevista de emprego e fatalmente será descartado. Objetivamente falando, ninguém vai contratar uma pessoa com dificuldade de manter a atenção, o foco, desorganizada, sujeita a ataques de fúria, impulsiva... Li recentemente que empresas do mercado financeiro estão procurando autistas para trabalharem com os complexos cálculos que a função exige; o autista é hiperfocado, tem uma memória absurda e, em grande parte, não é muito sociável, o que durante o expediente é ponto positivo. Então, se declarar TDAH é fora de questão.</p><p>O Dr Russel Barkley afirma que o mais eficaz é adaptar o ambiente de trabalho/estudo em que o TDAH exerce sua função. Sem se declarar TDAH, é importante que criemos rotinas e processos que devemos seguir rigidamente para evitar erros. Planilhas, post-it, agenda física ou de celular, todas são ferramentas importantes e úteis para diminuir o estresse de responder ao chefe as coisas mais banais e corriqueiras.</p><p>Mas para eliminar o medo do fracasso é preciso muita terapia, muito tratamento e muita mudança de vida. Para nós adultos é ainda mais complexo, ao longo da vida criamos instintivamente estratégias de sobrevivência que, na verdade, perpetuam os erros ou os agrava. mas que são extremamente difíceis de se livrar. Algo como pisar torto para evitar uma dor crônica na parte interna do pé, por exemplo. Ao longo dos anos você pode criar um desvio da coluna ou do quadril com piores consequências do que a dor que tentou evitar. </p><p>Claro que não é impossível, mas também não é fácil. Exige muita disciplina, atenção, auto conhecimento e conhecimento da doença. Características que não nos são muito presentes, mas que nossa infinita capacidade de renascimento acaba por nos propiciar aprender e adquirir.</p><p><br /></p><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color blue' />
Este artigo pertence ao <a href="http://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/">TDAH-Reconstruindo a Vida</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-87010665596203512462020-09-05T21:36:00.003-03:002020-09-05T22:11:08.162-03:00TDAH: SONHO e REALIDADE<div><br /></div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-IWJiisuVmus/X1Q2inEQCZI/AAAAAAAAEIQ/knxbU2a5g-IpTbXr420gNLJpB9m1nOQ1ACLcBGAsYHQ/s600/tdah%2B-%2Bsonho%2Be%2Brealidade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="600" src="https://1.bp.blogspot.com/-IWJiisuVmus/X1Q2inEQCZI/AAAAAAAAEIQ/knxbU2a5g-IpTbXr420gNLJpB9m1nOQ1ACLcBGAsYHQ/s320/tdah%2B-%2Bsonho%2Be%2Brealidade.jpg" width="320" /></a></div><br /><div><br /></div><div><br /></div><div>
Ganhar na mega sena.</div>
<div>
Ser sorteado no bingo.</div>
<div>
Encontrar um velho conhecido na rua procurando alguém exatamente com o seu perfil para contratar para um excelente emprego.</div>
<div>
O acidente que o deixa quase à morte e leva as pessoas da família a o valorizarem e reconhecerem os próprios julgamentos a seu respeito.</div>
<div>
O amor imortal que não se cansa, não se desgasta, não fenece.</div>
<div>
O reconhecimento, ainda que tardio, da Academia Brasileira de Letras.</div>
<div>
Um olheiro anônimo de uma grande gravadora que descobre seu desconhecido talento musical.</div>
<div>
Ou simplesmente um fato que, inesperadamente, resolva os maiores problemas que enfrenta.</div>
<div><a href="https://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/2011/03/o-tdah-e-imaturidade-das-solucoes.html" target="_blank">Isso tudo é fruto da imaturidade, dirão os apressados e detratores de plantão</a>.</div>
<div>
Não! Isso é fruto da inadaptação do TDAH ao mundo atual. Ou ao mundo de sempre. Se o sonho existe, é para ser sonhado. Todos sonhamos. Uns o sufocam em prol da realidade. Outros o alimentam e se descolam da realidade. O TDAH não o controla. Uma torrente de pensamentos assola nossa mente. <a href="https://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/2011/03/o-tdah-e-imaturidade-das-solucoes.html" target="_blank">Sonho e realidade se alternam e se misturam. Se sobrepõem e se substituem. Se completam e se destroem</a>. No mesmo segundo, no mesmo assunto, no mesmo fato, nossa mente é capaz de forjar teorias concretas e factíveis que serão imediatamente sobrepostas por um desejo irracional de que a situação seja resolvida num passe de mágica.</div>
<div>
Na era da informação e da racionalidade, o TDAH poderia ser representado por aquele que ainda acredita que dar três pulinhos e pedir a São Longuinho ajuda a encontrar um objeto perdido. No nosso caso que tudo perdemos, de três em três pulinhos acabaríamos dando a volta ao mundo ao fim de uma semana...</div>
<div>
E quando a realidade começa a ser muito dura, damos asas a essa imaginação. Deixamo-la dominar nosso dia a dia. Basta que saiamos do foco, que nossa cabeça se descole da utilidade e um pensamento irreal toma seu lugar. Quantos de nós já perdeu o ponto de descer do ônibus... Quantas vezes chegamos dirigindo a um destino sem nos recordarmos do caminho percorrido... Quantas discussões poderiam ter sido evitadas se ouvíssemos o que diziam em lugar de estar viajando em outra estratosfera...</div>
<div>
Antes que chovam as críticas, muitas pessoas passam por situações parecidas e não são TDAHs. A diferença é que no TDAH isso é rotineiro, é constante, se repete inúmeras vezes. TDAH é incontrolável! TDAH é inconsciente! TDAH é prejudicial! Isso diferencia o TDAH dos 'trouxas', como se dizia no Harry Potter.</div>
<div>
Lembro-me, no começo do tratamento, de chegar ao fim do dia tendo resolvido e lembrado de várias coisas de pensar exatamente assim: Então é assim que as pessoas que se lembram agem... Era para mim uma novidade. E ainda é surpreendente.</div>
<div>
TDAH não é sonhador por escolha. Sonha acordado porque tem imensa dificuldade de agir sob as pressões cotidianas; porque teme não saber resolver o que se apresenta; porque sonhar é um alento; porque é portador de TDAH.</div>
<div>
E então, casa-se com um (uma) racionalista empedernido. Ahhhh, que maravilha de vida! Um cônjuge que tudo resolve, tudo soluciona, é tudo - e sempre - praticidade. E os choques começam; porque começam em qualquer relacionamento. E o jeito sonhador, romântico, aéreo, engraçado, dos tempos de namor, começam a irritar na vida prática. O esquecimento folclórico de antes vira proposital. </div>
<div>
<b>_ E essa mania insuportável que você tem de acreditar em histórias da carochinha já me encheram o saco!</b></div>
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Novas promessas e tentativas de ancoragem na realidade; remédios, terapias; tentativas... Ou então novos relacionamentos, novos sonhos, novas tentativas de viver no mundo da lua, a dois. As intermináveis tentativas...</div>
<div>
A vida pede concretude, e pune os sonhadores.</div>
<div>
Por isso rechaço quem afirma que a criatividade ou essa capacidade de sonhar do TDAH é benéfica. Não é, na medida em que esses atributos não são domáveis e não são concretizados. Nada mais são do que uma infindável cachoeira de imagens que se sucedem sem controle e sem fim.</div><div>E muitas vezes, essa tal cachoeira nos afoga...</div>
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<b><br /></b></div>
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Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-65815249008158065672020-05-31T17:42:00.003-03:002020-09-05T22:58:22.976-03:00TDAH, ENFRENTE-SE OU NÃO MUDARÁ JAMAIS!<br />
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-RzXakhI7x0Y/XtQWpLepDRI/AAAAAAAAEE0/EdcL9aiVfKkwmUks6QaeyKQa7VdsGpRogCLcBGAsYHQ/s1600/SAVE_20200531_174106.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://1.bp.blogspot.com/-RzXakhI7x0Y/XtQWpLepDRI/AAAAAAAAEE0/EdcL9aiVfKkwmUks6QaeyKQa7VdsGpRogCLcBGAsYHQ/s320/SAVE_20200531_174106.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Onde quer que se reúnam mais de dois TDAHs<br />
o tema é sempre o mesmo: os erros recorrentes,<br />
as falhas intermináveis...<br />
Indefectível também o tom lamuriento, como um refém absolutamente à mercê de seu carrasco. Nos grupos de TDAH das redes sociais é comum alguém postar possuir um dos sintomas do transtorno e receber de volta dezenas, centenas de comentários no mesmo tom de lamúria e desânimo.<br />
Confesso que perdi um pouco o interesse por esses grupos, até mesmo pelo TDAH, doença incurável que é.<br />
Cansei de me bater contra uma Rocha intransponível, um monólito do mais puro granito que eu sequer consegui infligir um sofrimento, uma dor. Pedra não sofre, pedra não sente dor. Assim como o TDAH. O TDAH não existe.<br />
TDAH é uma sigla. Nada mais. Passamos a tratá-lo com se existisse; como uma entidade, quase como um amigo. E tentamos enfrentar o TDAH.<br />
E perdemos. Perdemos como perdeu Dom Quixote ao se defrontar com os moinhos de vento.<br />
Estamos enfrentando o inimigo errado!<br />
O TDAH não existe!<br />
TDAH é uma sigla criada por médicos para definir comportamentos que se repetem em um determinado grupo de seres humanos; eu,você, ele, ela...<br />
Precisamos mudar de foco. Precisamos nos concentrar no verdadeiro inimigo: nós mesmos. Precisamos enfrentar todos os comportamentos que nos são prejudiciais, nos fazem sofrer,<br />
nos ridicularizam. Não temos graça, somos risíveis. E isso não tema menor graça.<br />
A maioria dirá: se fosse fácil ninguém teria TDAH. E tem razão.<br />
Enfrentarmos a nós mesmos é dificílimo. Mas muito mais difícil é viver à mercê dos sintomas do TDAH. Essa vida mal vivida, essa vida farsesca, quase burlesca.<br />
O fundamental é prestar atenção a si mesmo: está diante de um problema? Pense nos caminhos a seguir e compare-os aos sintomas do TDAH, se sua escolha fizer parte dos sintomas<br />
do TDAH, abandone-a. Se em meio a uma discussão banal você for tomado de um ódio súbito e inexplicável, lembre-se de que<br />
isso é o TDAH. Abandone a discussão ou o ambiente, respire, beba água, vá ao banheiro, mas não perca o foco de que toda essa raiva súbita é do transtorno, não sua. Se seu dia caminha<br />
dentro da normalidade e do nada surge uma <a href=" gv-pvobjmfzrvf4ze.dv.googlehosted.com">tristeza profunda</a>, um desânimo enorme que pesa os músculos e derrota a alma, pare e reflita sobre o que te deixou nesse estado; se foi fruto de um<br />
erro bobo no trabalho ou estudo, ou mesmo se surgiu sem nenhum gatilho específico está na hora de agir. Assim como os outros exemplos você está sofrendo de um sintoma típico<br />
do TDAH; combata-o. Lembre-se de que está sob um sentimento artificial, desproporcional. E como num milagre sua tristeza se dissipará.<br />
Tudo isso parece idiota, mas funciona. <a href="https://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/2017/11/tdah-manual-de-instrucoes.html">Eu era assaltado por esses ataques de fúria</a>, quase não os tenho hoje em dia. Os episódios de tristeza paralisante também desapareceram.<br />
Claro, as decisões, as escolhas, são mais complicadas pois muitas das vezes definem o futuro. Mas as tomo com muito mais confiança e tranquilidade. Mesmo que não tenha o resultado esperado tenho a tranquilidade de saber<br />
que agi da maneira mais correta possível.<br />
Muitas vezes cedi à tentação de optar pelo caminho apontadop elo TDAH; o que parecia impulsividade, o que parecia procrastinação, o que parecia a opção do imediato em troca<br />
do benefício futuro. Mas quando cedi ao TDAH cedi com consciência, cedi por acreditar estar fazendo o que queria, e não tenho mais desculpa ou direito de responsabilizar oTDAH.<br />
Pode parecer pesado, mas é libertador.<br />
<div>
<br /></div>
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Este artigo pertence ao <a href="http://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/">TDAH-Reconstruindo a Vida</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-3519664485574724362019-04-12T21:39:00.001-03:002020-09-05T23:04:33.669-03:00ROMPENDO A CADEIA DO TDAH<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
</div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-vRVSwvRpA0I/XLEvQ-G6N1I/AAAAAAAAEA4/0SYOM31XQN4Dzp5gI55mX0UDj6UyzPYBwCLcBGAs/s1600/tethahealing.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="551" data-original-width="810" height="271" src="https://2.bp.blogspot.com/-vRVSwvRpA0I/XLEvQ-G6N1I/AAAAAAAAEA4/0SYOM31XQN4Dzp5gI55mX0UDj6UyzPYBwCLcBGAs/s400/tethahealing.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
Dia deste me submeti a uma terapia chamada TETHAHEALING, uma terapia energética em que a terapeuta entra num nível de meditação chamado de tetha e nós, pacientes, entramos também em consequência. Através de um diálogo que vai se aprofundando à medida que a terapia vai avançando o paciente vai tendo insights sobre aquilo que o incomoda ou atrapalha, e que o levou até ali.<br />
Confesso que sempre fui muito cético em relação a estas terapias alternativas, mesmo aquelas praticadas por psicólogos, mas em algum momento da vida nos encontramos em uma encruzilhada e temos que tomar um caminho diferente do habitual.<br />
Não sei se entrei em tetha ou se aquilo é conversa pra boi dormir, mas o que sei é que entrei em busca de uma ajuda para minha auto sabotagem que andava em alta e uma frase não me saía da cabeça:<br />
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<a href="https://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/2017/07/tdah-de-cabeca-erguida.html" target="_blank">SERÁ QUE ME APRISIONEI NO CONCEITO DE TDAH?</a><br />
<br />
Esta constatação me trouxe ao mesmo tempo alívio e apreensão.<br />
Alívio porque me pareceu uma sacada inteligente e pertinente.<br />
Apreensão porque terei que mudar meu pensamento dos últimos dez anos.<br />
Uma semana após esta constatação posso dizer que nem uma coisa nem outra; encontrei sim um novo caminho, ou melhor, uma nova forma de enxergar e conviver com o TDAH.<br />
Ao longo destes quase dez anos de diagnóstico conquistei muitas vitórias sobre o TDAH, mas ao mesmo tempo, e sem perceber, deixei-me aprisionar por alguns de seus conceitos básicos e mais evidentes em minha personalidade: DESATENÇÃO, ESQUECIMENTO E AUTO SABOTAGEM.<br />
Resultado: mesmo com<a href="https://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/2011/02/ritalina-faz-milagres.html" target="_blank"> Ritalina</a> eu caí nas mesmas armadilhas, afinal eu tinha que cumprir meu papel de TDAH. A melhor forma de derrotar a Ritalina é esquecer-se de tomá-la. Repeti ao longo de algum tempo esta 'estratégia', comprar a Ritalina, tomá-la regularmente até que abria a última caixa, a partir daí eu começava a 'economizar' o remédio. Em lugar de dois comprimidos por dia, apenas um. Ao entrar na última cartela, dia sim, dia não. Depois, semanas sem o remédio até que uma grande besteira me lembrasse de que estava sem medicamento.<br />
E tome desatenção; e tome esquecimento; um primor de auto sabotagem.<br />
Nesta Tethahealing me dei conta disto.<br />
Não decepcionar ao meu TDAH e a mim mesmo, preciso cumprir meu papel. Manter-me dentro do padrão do transtorno.<br />
Percebi o quão inteligente é nossa mente para burlar a ela mesma.<br />
Saí da terapia imbuído de que tenho que romper esta cadeia a que me impus deliberadamente.<br />
Já escrevi aqui, há muitos anos, que o TDAH não me define; mas permiti que ele me definisse.<br />
Acordei novamente. Tive uma semana muito melhor, mais produtiva e atenta.<br />
Como em tudo no TDAH, é um exercício diário de combate ao dogma do transtorno.<br />
TDAH não tem cura, mas não é indomável. O TDAH é esperto, mas eu sou mais. Não me posso permitir me entregar docilmente a ele.<br />
O TDAH não vai me derrubar.<br />
Venho exercitando diariamente uma espécie de reprogramação mental que criei. Nenhuma novidade, nada de sensacional; apenas digo a mim mesmo que sou focado, atento e capaz.<br />
Não sei se meu cérebro acredita nisto ou se isto o mantém alerta, o que sei é que tem funcionado.<br />
Parei de participar daquelas discussões facebookianas do tipo: EU SOU ASSIM, QUEM É IGUAL?<br />
Não vou cair na esparrela de achar que o TDAH não existe, sou sua maior vítima, mas não posso usá-lo como uma armadura.<br />
Sou maior e melhor do que o meu TDAH !<br />
Ao infinito e além!!!!<div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color blue' />
Este artigo pertence ao <a href="http://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/">TDAH-Reconstruindo a Vida</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-46786020109600891002019-02-16T22:57:00.001-02:002020-09-05T23:12:58.423-03:00O TDAH EM BUSCA DA TRAGÉDIA<div class="OutlineElement Ltr SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; clear: both; color: black; cursor: text; direction: ltr; font-family: quot; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin: 0px; orphans: 2; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<div class="Paragraph SCXO224551245 BCX1" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-style: normal; font-weight: 400; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;" xml:lang="X-NONE">
<span class="TextRun SCXO224551245 BCX1" face="" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-size: 14.66px; font-style: normal; font-weight: 400; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" xml:lang="X-NONE"><span class="NormalTextRun SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px;"><br /></span></span></div>
<div class="Paragraph SCXO224551245 BCX1" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-style: normal; font-weight: 400; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;" xml:lang="X-NONE">
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<div class="Paragraph SCXO224551245 BCX1" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-style: normal; font-weight: 400; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;" xml:lang="X-NONE">
<span class="TextRun SCXO224551245 BCX1" face="" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-size: 14.66px; font-style: normal; font-weight: 400; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" xml:lang="X-NONE"><span class="NormalTextRun SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-YvSnA8OMxas/XGiw5f4z7lI/AAAAAAAAD_s/AtCBymZTc2MWgFFC7TwM2gkye3bBTD8BwCLcBGAs/s1600/ABISMO.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="387" height="310" src="https://2.bp.blogspot.com/-YvSnA8OMxas/XGiw5f4z7lI/AAAAAAAAD_s/AtCBymZTc2MWgFFC7TwM2gkye3bBTD8BwCLcBGAs/s400/ABISMO.png" width="400" /></a></div>
<div class="Paragraph SCXO224551245 BCX1" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-style: normal; font-weight: 400; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;" xml:lang="X-NONE">
<span class="TextRun SCXO224551245 BCX1" face="" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-size: 14.66px; font-style: normal; font-weight: 400; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" xml:lang="X-NONE"><span class="NormalTextRun SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px;"><br /></span></span></div>
<div class="Paragraph SCXO224551245 BCX1" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-style: normal; font-weight: 400; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;" xml:lang="X-NONE">
<span class="TextRun SCXO224551245 BCX1" face="" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-size: 14.66px; font-style: normal; font-weight: 400; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" xml:lang="X-NONE"><span class="NormalTextRun SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px;"><br /></span></span></div>
<div class="Paragraph SCXO224551245 BCX1" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-style: normal; font-weight: 400; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;" xml:lang="X-NONE">
<span class="TextRun SCXO224551245 BCX1" face="" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-size: 14.66px; font-style: normal; font-weight: 400; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" xml:lang="X-NONE"><span class="NormalTextRun SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px;"><a href="https://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/2011/01/auto-sabotagem-tdah-classico.html" target="_blank">Nada mais fascinante para um TDAH do que um abismo</a>. Quanto mais negro e mais profundo, mais sedutor. Se seu fundo for formado por rochas pontiagudas, aí sim, fica perfeito!</span></span><span class="EOP SCXO224551245 BCX1" face="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; font-size: 14.66px; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; clear: both; color: black; cursor: text; direction: ltr; font-family: quot; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin: 0px; orphans: 2; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<div class="Paragraph SCXO224551245 BCX1" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-style: normal; font-weight: 400; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;" xml:lang="X-NONE">
<span class="TextRun SCXO224551245 BCX1" face="" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-size: 14.66px; font-style: normal; font-weight: 400; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" xml:lang="X-NONE"><span class="NormalTextRun SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px;">A velha vontade de sentir a adrenalina inundando o cérebro. A qualquer custo, a qualquer preço. Mesmo sabendo que seu corpo se despedaçará, a emoção da queda é quase irresistível. Ademais, quantos abismos um TDAH adulto já experimentou? Quantas vezes cada um de nós já reuniu seus próprios despojos, reuniu-os como num enorme quebra cabeças, e retomou a vida com a sensação de saciedade digna de um pós banquete. As horrendas cicatrizes dão a falsa sensação de que jamais semelhante loucura se repetirá. Ledo engano! As cicatrizes se suavizam, as dores desaparecem e um estranho sentimento de imortalidade emocional começa a se formar na confusa mente TDAH. <a href="https://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/2011/01/auto-sabotagem-tdah-classico.html" target="_blank">Esse sentimento somado ao fastio provocado por uma vida normal e tranquila fazem com que, de tempos em tempos, o TDAH comece a sentir uma certa nostalgia do abismo</a>. A dor e o sofrimento da queda são superados pelo imenso prazer do salto. Um gigantesco mergulho na adrenalina. </span></span><span class="EOP SCXO224551245 BCX1" face="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; font-size: 14.66px; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; clear: both; color: black; cursor: text; direction: ltr; font-family: quot; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin: 0px; orphans: 2; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<div class="Paragraph SCXO224551245 BCX1" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-style: normal; font-weight: 400; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;" xml:lang="X-NONE">
<span class="TextRun SCXO224551245 BCX1" face="" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-size: 14.66px; font-style: normal; font-weight: 400; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" xml:lang="X-NONE"><span class="NormalTextRun SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px;">Pouco importa se nesse salto algumas pessoas que estavam ligadas ao TDAH tenham caído juntas. Pouco importa se a queda dessas pessoas tenha sido mais grave ou dolorosa. Pouco importa se ao reunir seus despojos, essas pessoas não consigam se reunir completamente; e sigam incompletas e despedaçadas pelo resto da vida.</span></span><span class="EOP SCXO224551245 BCX1" face="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; font-size: 14.66px; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; clear: both; color: black; cursor: text; direction: ltr; font-family: quot; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin: 0px; orphans: 2; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<div class="Paragraph SCXO224551245 BCX1" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-style: normal; font-weight: 400; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;" xml:lang="X-NONE">
<span class="TextRun SCXO224551245 BCX1" face="" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-size: 14.66px; font-style: normal; font-weight: 400; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" xml:lang="X-NONE"><span class="NormalTextRun SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px;">O que importa é sentir toda aquela sensação novamente...</span></span><span class="EOP SCXO224551245 BCX1" face="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; font-size: 14.66px; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; clear: both; color: black; cursor: text; direction: ltr; font-family: quot; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin: 0px; orphans: 2; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<div class="Paragraph SCXO224551245 BCX1" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-style: normal; font-weight: 400; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;" xml:lang="X-NONE">
<span class="TextRun SCXO224551245 BCX1" face="" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-size: 14.66px; font-style: normal; font-weight: 400; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" xml:lang="X-NONE"><span class="NormalTextRun SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px;">E vivemos à mercê dessa necessidade recorrente? </span></span><span class="EOP SCXO224551245 BCX1" face="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; font-size: 14.66px; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; clear: both; color: black; cursor: text; direction: ltr; font-family: quot; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin: 0px; orphans: 2; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<div class="Paragraph SCXO224551245 BCX1" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-style: normal; font-weight: 400; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;" xml:lang="X-NONE">
<span class="TextRun SCXO224551245 BCX1" face="" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-size: 14.66px; font-style: normal; font-weight: 400; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" xml:lang="X-NONE"><span class="NormalTextRun SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px;">Não. Não precisamos viver.</span></span><span class="EOP SCXO224551245 BCX1" face="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; font-size: 14.66px; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; clear: both; color: black; cursor: text; direction: ltr; font-family: quot; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin: 0px; orphans: 2; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<div class="Paragraph SCXO224551245 BCX1" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-style: normal; font-weight: 400; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;" xml:lang="X-NONE">
<span class="TextRun SCXO224551245 BCX1" face="" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-size: 14.66px; font-style: normal; font-weight: 400; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" xml:lang="X-NONE"><span class="NormalTextRun SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px;">Precisamos sim estar atentos aos sinais que o TDAH emite. São repetitivos e reconhecíveis. </span></span><span class="EOP SCXO224551245 BCX1" face="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; font-size: 14.66px; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; clear: both; color: black; cursor: text; direction: ltr; font-family: quot; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin: 0px; orphans: 2; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<div class="Paragraph SCXO224551245 BCX1" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-style: normal; font-weight: 400; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;" xml:lang="X-NONE">
<span class="TextRun SCXO224551245 BCX1" face="" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-size: 14.66px; font-style: normal; font-weight: 400; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" xml:lang="X-NONE"><span class="NormalTextRun SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px;">Começam com a desqualificação da pessoa ou daquilo que proporciona a tranquilidade. Os defeitos e falhas são supervalorizados, enquanto as qualidades se transformam em incômodos e chateações. Um novo objetivo surge na vida, e esse sim, é perfeito. Em poucos dias o novo alvo assume o controle da mente e da vida do TDAH. E ele mergulha profundamente nessa nova vida. Agora sim, a vida perfeita! A vida sonhada e desejada. Abismos nunca mais...</span></span><span class="EOP SCXO224551245 BCX1" face="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; font-size: 14.66px; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; clear: both; color: black; cursor: text; direction: ltr; font-family: quot; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin: 0px; orphans: 2; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<div class="Paragraph SCXO224551245 BCX1" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-style: normal; font-weight: 400; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;" xml:lang="X-NONE">
<span class="TextRun SCXO224551245 BCX1" face="" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-size: 14.66px; font-style: normal; font-weight: 400; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" xml:lang="X-NONE"><span class="NormalTextRun SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px;">Até que um dia o novo e sonhado emprego fica velho e cansativo, sem desafios. Aquele sorriso que tanto cativara agora parece um esgar irônico e debochado.</span></span><span class="EOP SCXO224551245 BCX1" face="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; font-size: 14.66px; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; clear: both; color: black; cursor: text; direction: ltr; font-family: quot; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin: 0px; orphans: 2; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<div class="Paragraph SCXO224551245 BCX1" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-style: normal; font-weight: 400; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;" xml:lang="X-NONE">
<span class="TextRun SCXO224551245 BCX1" face="" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-size: 14.66px; font-style: normal; font-weight: 400; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" xml:lang="X-NONE"><span class="NormalTextRun SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px;">O vento frio do abismo se torna, de novo, sedutor. </span></span><span class="EOP SCXO224551245 BCX1" face="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; font-size: 14.66px; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; clear: both; color: black; cursor: text; direction: ltr; font-family: quot; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin: 0px; orphans: 2; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<div class="Paragraph SCXO224551245 BCX1" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-style: normal; font-weight: 400; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;" xml:lang="X-NONE">
<a href="https://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/2016/08/tdah-recomeco-ou-renascimento.html" target="_blank"><span class="TextRun SCXO224551245 BCX1" face="" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-size: 14.66px; font-style: normal; font-weight: 400; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" xml:lang="X-NONE"><span class="NormalTextRun SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; margin: 0px; padding: 0px;">Quais serão os próximos capítulos? </span></span><span class="EOP SCXO224551245 BCX1" face="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; font-size: 14.66px; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></a></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCXO224551245 BCX1" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; clear: both; color: black; cursor: text; direction: ltr; font-family: quot; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin: 0px; orphans: 2; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<div class="Paragraph SCXO224551245 BCX1" lang="" style="-ms-touch-select: none; -ms-user-select: text; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: transparent; color: black; font-style: normal; font-weight: 400; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;" xml:lang="X-NONE">
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<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><br /><div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color blue' />
Este artigo pertence ao <a href="http://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/">TDAH-Reconstruindo a Vida</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-81081464312918740032018-12-23T22:30:00.004-02:002020-09-07T22:09:59.260-03:00TDAH; VOCÊ SE SENTE UMA FRAUDE? <br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-JIewri7oT6M/XCAmSjxATHI/AAAAAAAAD-w/AAW0ShUGV0YC4EQX6rd7EGse0p-Wi8fAACLcBGAs/s1600/lobo-com-pele-de-cordeiro.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="335" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-JIewri7oT6M/XCAmSjxATHI/AAAAAAAAD-w/AAW0ShUGV0YC4EQX6rd7EGse0p-Wi8fAACLcBGAs/s320/lobo-com-pele-de-cordeiro.jpg" width="268" /></a></div>
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Trabalho ao lado de uma pessoa brilhante. Sem nenhuma formação específica essa moça coordena toda a complexa linha de produção da empresa. Toma decisões de maneira rápida, segura e acertada que me enchem de admiração e inveja.<br />
Seu conhecimento e capacidade são respeitados por todos os funcionários, alguns muito mais velhos, ou mais antigos de casa.<br /><a href="https://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/2015/10/tdah-teoria-e-pratica.html" target="_blank">A algum tempo venho suspeitando de que ela seja portadora de TDAH</a>. Sua vida pessoal louca e caótica, baseada sempre em atitudes impulsivas e inconsequentes, abuso de bebida, inquietação mental e física, a necessidade de expor-se e chocar as pessoas. Caos que só foi controlar-se após a gravidez de risco e a maternidade.<br />
Essa semana ela disse a frase que mais caracteriza um TDAH. Ao vê-la atender uma nova cliente potencial, com a desenvoltura e confiança costumeiras, não resisti à tentação de elogiá-la; sua resposta foi sintomática : " quando estou atendendo um cliente sempre penso que estou representando um papel. SEMPRE ME SINTO UMA FRAUDE. "<br />
Poucos sentimentos são tão fortes e representativos do TDAH quanto esse; por mais que o portador tenha noção de sua capacidade, e ela tem, ele não acredita nela. Todos os erros cometidos ao longo da vida deixam a sensação de que vai errar de novo e será descoberto, será desmascarado; sua verdadeira essência de incapaz será desnudada. Junte a esse sentimento de inferioridade outro sintoma basilar do TDAH, a auto sabotagem, e teremos uma tragédia anunciada: um erro grave por negligência, irresponsabilidade ou inconsequência que, enfim, irá desmascarar o TDAH restituindo-o ao limbo que ele merece.<br />
Felizmente não é o caso de minha companheira de trabalho, ela encontrou no trabalho seu hiperfoco, e ninguém supera um TDAH hiperfocado. Nem a carga de trabalho, nem a quantidade de trabalho, muito menos desafios; este sim, o verdadeiro combustível de um TDAH. Somos movidos por desafios, por superações, por transpor obstáculos; e quando eles não existem, nós os criamos. Em geral com funestas consequências.<br />
Mas trabalhar ao lado de uma TDAH hiperfocada é mais que um prazer, é um privilégio. Fico com a certeza de que, uma vez encontrado o hiperfoco, o que nos motiva, ninguém nos supera.<br />
Obrigado por essa chance de vê-la em ação de maneira tão firme quanto brilhante, sem perder o humor ácido e o sorriso fácil.<br />
Mais TDAH, impossível!<br />
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Este artigo pertence ao <a href="http://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/">TDAH-Reconstruindo a Vida</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-26901927134394511722018-10-19T22:48:00.000-03:002018-10-19T22:48:49.349-03:00TDAH, INIMIGO ÍNTIMO <div dir="ltr">
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-v3Y4gyKvrq0/W8pQK6hubaI/AAAAAAAAD-Q/PLaVIIgtLJ8vO4QMr78SIhYlIc30dXqnwCLcBGAs/s1600/autossabotagem.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="650" height="245" src="https://1.bp.blogspot.com/-v3Y4gyKvrq0/W8pQK6hubaI/AAAAAAAAD-Q/PLaVIIgtLJ8vO4QMr78SIhYlIc30dXqnwCLcBGAs/s400/autossabotagem.jpg" width="400" /></a></div>
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É como um abcesso, começa como um pequeno grão e com o tempo enche-se de pus até romper numa explosão de consequências imprevisíveis. </div>
<div dir="ltr">
De repente, um sorriso do cônjuge -que antes era lindo - transforma-se num esgar irônico e ofensivo. A sabedoria do chefe soa num belo dia como arrogância humilhante. A voz desagradável de um único professor começa a contagiar todo o curso. </div>
<div dir="ltr">
Sem que o portador perceba, a mente TDAH começa a fomentar pensamentos, conclusões e intrincadas correlações entre raciocínios criando imagens, muitas vezes fraudulentas, daquela pessoa escolhida como alvo. </div>
<div dir="ltr">
Como se fosse inspirado pelo além, uma sucessão de pensamentos desairosos povoa a mente TDAH criando um monstro que deve a todo custo ser combatido. E esse combate torna-se irresistível! </div>
<div dir="ltr">
Inicia-se então a segunda etapa desse processo: a criação de justificativas para a decisão radical que se aproxima. O ser amado é alçado à condição de mau caráter por esse quebra cabeça mental.A partir daí, não tem volta. Outro caminho pode ser o auto convencimento: premido pelos próprios erros (ou pelo medo de cometê-los) o antes funcionário ambicioso e com gana de alçar cargos elevados na empresa, convence-se de que é um ser humano desapegado e incapaz de se violentar para ascender materialmente. Ainda que nada disso esteja sendo exigido dele. Novamente uma caminho sem volta. </div>
<div dir="ltr">
A terceira, e última, etapa é previsível: o rompimento definitivo. Em geral dolorosíssimo, porque foi precedido por agressões verbais e acusações duríssimas. O elo que parecia sólido é repentinamente rompido e o TDAH segue seu caminho aparentemente incólume. A outra parte fica perplexa, ferida e surpresa pois tudo isso aconteceu apenas na mente do TDAH. </div>
<div dir="ltr">
A sucessão de rompimentos dá ao portador um amargo sentimento de fracasso e uma genérica sensação de ser ele o único responsável. Mas a mente envenenada pelo TDAH não consegue reconhecer que a fraude estava no pensamento criado por ele, e não na realidade. E segue a vida fazendo novas vítimas na tentativa de acertar. </div>
<div dir="ltr">
Não quero dizer aqui que não existam maridos e esposas vis, chefes tirânicos ou empresas massacrantes; não. Narro um comportamento comum e nefasto do TDAH. A auto sabotagem no mais alto grau de sofisticação e crueldade. </div>
<div dir="ltr">
Como escapar? </div>
<div dir="ltr">
Auto conhecimento, auto policiamento e uma vontade férrea de mudança. É fundamental querer mudar de vida. É imprescindível querer amar a pessoa que está ao seu lado. É muito, muito importante ter a consciência de que não se pode mais jogar fora aquela oportunidade profissional. </div>
<div dir="ltr">
Ao se policiar, ao se tratar adequadamente, ao estar alerta em relação ao TDAH, o portador começa a reconhecer as conexões estapafúrdias de comportamento; começa a reconhecer que o desânimo em relação ao emprego é artificial e que uma atitude radical requer situações mais concretas e palpáveis que uma sucessão de pensamentos negativos e sem embasamento. </div>
<div dir="ltr">
Se mesmo sob essas análises a realidade ainda for dura e insuportável, rompa-a; e não precisará conviver com a culpa de estar repetindo os desatinos de outrora.</div>
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Este artigo pertence ao <a href="http://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/">TDAH-Reconstruindo a Vida</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-58733396719221773852018-09-12T22:31:00.001-03:002018-09-12T22:39:10.242-03:00TDAH INCAPAZ DE OUVIR UM NÃO<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-VaRCorQ3F3I/W5m5EAKTetI/AAAAAAAAD9o/t0_9Yqz7G3IK7qbwCGBpiOxK0khzRM0UQCLcBGAs/s1600/a-praia-lotada-image.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="645" height="297" src="https://2.bp.blogspot.com/-VaRCorQ3F3I/W5m5EAKTetI/AAAAAAAAD9o/t0_9Yqz7G3IK7qbwCGBpiOxK0khzRM0UQCLcBGAs/s320/a-praia-lotada-image.jpg" width="320" /></a></div>
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Em quase todas as viagens surgem imprevistos e surpresas desagradáveis. Alguns portadores não sabem lidar com essas situações. Chegam a criar resistência à viagens, o que pode causar problemas se o cônjuge ou a família gostam de viajar. Tem cheiro de conflito no ar.<br />
Mas vamos lá, será mesmo que o problema está nos imprevistos de uma viagem? Ou na viagem em si?<br />
Uma das características marcantes do TDAH é a tendência ao isolamento. Seja por críticas recebidas ao longo da vida ou simples fastio de gente, muitos de nós detesta interação social. Odeia sair da segurança do seu ninho. Imagine a tortura em que se transforma uma viagem em família. Não pela família, mas por todo o entorno da viagem. Praias lotadas, pessoas que puxam conversa nas filas, o pagodão comendo solto no boteco da esquina, a gritaria excitada das crianças no apartamento entulhado de traquitanas e parentes, o cunhado que bebe e grita sem parar... E o TDAH sonhando com o último dia daquele inferno para que possa voltar para sua casa, sua TV, seu controle remoto e, acima de tudo, seu isolamento.<br />
Quando sai de casa no primeiro dia de férias, o TDAH já está uma pilha de nervos. À medida que a data fatídica se aproxima a tensão aumenta e uma gigantesca vontade de dizer não e desistir da viagem se apossa dele. Contrariado ele diz sim e segue em frente. Como bom TDAH esqueceu-se de revisar o carro, não se informou direito sobre o melhor caminho, não conferiu antes de sair se a reserva do hotel havia sido confirmada, conforme alertou o funcionário da operadora. Na ante véspera da viagem uma levíssima dor de dente apareceu, e o TDAH procrastinou a visita ao dentista para depois da viagem. O resultado é previsível. O carro quebra, opta-se pelo pior caminho, a reserva não foi feita e o dente dói no meio das férias. O sentimento é de morte pois todos os erros foram fruto do esquecimento ou da negligência, e a culpa é do próprio portador.<br />
Mas a esposa é detalhista e previdente, revisou o carro, escolheu o melhor caminho, confirmou a reserva e obrigou ao marido TDAH ir ao dentista. Ainda assim, imprevistos acontecem, e eles atingem outra característica marcante do TDAH : a absoluta incapacidade de ouvir um não! A absurda dificuldade em cumprir regras e conviver com limites. Imprevisto é um não na cara do TDAH. Não tem vaga! Não pode prosseguir nessa direção! Não posso liberar antes do prazo! Não aceitamos cães !<br />
A cada não o TDAH toma uma bofetada na cara. O não é uma ofensa pessoal e não uma regra a ser cumprida por todos os hóspedes.<br />
A panela de pressão mental vai explodir!<br />
A culpada será sempre a esposa!<br />
O relacionamento volta das férias abalado e o TDAH afirma que aquela foi sua última viagem.<br />
Imagino o desânimo de quem convive com um de nós. Calma, nem tudo está perdido; nem todos somos iguais. Eu, por exemplo, amo viajar. Por mim viajaria 365 dias por ano; e de carro pois adoro dirigir.<br />
Mas de resto, me encaixo em tudo.<br />
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Este artigo pertence ao <a href="http://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/">TDAH-Reconstruindo a Vida</a>.<br/>
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2682242855780515945.post-10243389412380324942018-08-27T09:17:00.000-03:002018-08-27T09:17:03.338-03:00TDAH, VOCÊ DORME?<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-Yqy-yMlIdcg/W4Prl-OhlbI/AAAAAAAAD9M/Ge5qgYqXudEAvmLoBwhG86apDgg4ZxStACLcBGAs/s1600/insonia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="465" data-original-width="620" height="240" src="https://3.bp.blogspot.com/-Yqy-yMlIdcg/W4Prl-OhlbI/AAAAAAAAD9M/Ge5qgYqXudEAvmLoBwhG86apDgg4ZxStACLcBGAs/s320/insonia.jpg" width="320" /></a></div>
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Basta que se apague a luz e encoste a cabeça no travesseiro para a enxurrada de pensamentos desabar sobre nossas mentes. Ao contrário do que se pode imaginar, não são pensamentos em sequência lógica ou que, pelo menos, tenha um fio condutor; nada disso, na maioria das vezes trata-se de uma sucessão de imagens e ideias em alta velocidade, completamente sem sentido e desconexas. Mas na maioria dos casos todos esses pensamentos tem uma coisa em comum: um viés negativo.<br />
Problemas que jamais ocorrerão, problemas com baixíssima probabilidade de ocorrer, problemas reais, tudo se mistura no silencioso escuro da noite. Todos estes problemas ganham dimensões gigantescas e surgem e desaparecem com tamanha rapidez que não dá tempo de pensar ou elaborar uma solução. Ficam apenas o medo, a apreensão, a ansiedade...<br />
E o sono desaparece.<br />
E começa a surgir o receio do momento do sono. O receio daquele momento de estar absolutamente sozinho, à mercê de uma catarata mental descontrolada e incontrolável. E cria-se uma enorme ansiedade pré sono, que tira o sono. Empurra o momento de deitar para cada vez mais tarde. Tornando o que seria prazeroso num momento de ansiedade, de pânico.<br />
O tratamento à base de Ritalina, Concerta ou Venvanse deveria resolver esse problema, ou amenizá-lo. Mas sabemos que nem todos reagem da mesma maneira aos medicamentos. A Ritalina reduz sensivelmente meus pensamentos; o Venvanse não.<br />
Se o medicamento não funciona, o que fazer?<br />
Vença os pensamentos velozes, domine-os, torne-os prazerosos!<br />
Claro que tudo nessa vida exige alguma disciplina e hábito, mas essa atitude é tão típica do TDAH que acaba se tornado fácil de fazer. Desde que se lembre de fazê-la. Claro, para quem não TDAH pode parecer estranho: como alguém pode esquecer algo tão simples que pode ajuda-lo? Sim, o TDAH esquece! Faz durante uma semana, um mês, religiosamente; depois salta uns dias, salta uma semana, saltam-se algumas semanas... Caiu no limbo!<br />
Voltemos: qual é a estratégia? Pense num assunto que você goste. Qualquer assunto: maquiagem, futebol, saúde, decoração, aventura, videogame, vontade de ganhar na megasena... Qualquer assunto que te dê prazer.<br />
E o que fazer com isso? Ao deitar-se, pense naquilo que goste ou deseje; e tente vivenciá-lo com riqueza de detalhes.<br />
Exemplo: Seu sonho é ganhar na mega da virada. Imagine o ato de conferir o bilhete; será um momento solitário ou junto com alguém? Será à noite, ou durante o dia? Você sairá pulando e gritando, ou ficará chorando de alegria em silêncio pra que ninguém saiba? Em qual agência da Caixa você receberia o prêmio, perto de casa ou em outro bairro ou cidade pra que ninguém desconfie? Recebida a grana, o que fazer com ela? Ajudara família? Ajudar os amigos? Criar uma ONG para ajudar os mais necessitados? Ajudar seu time do coração? Ajudar... Neste momento você já deverá estar dormindo...<br />
Claro, nos primeiros exercícios sua linha de raciocínio será cortada por pensamentos velozes e desconexos, mas retome o fio da meada; o próprio prazer da imaginação ajudará nessa retomada. Quanto mais detalhes conseguir adicionar, mais prazeroso fica e mais relaxada sua mente vai ficando, até adormecer. Mas foque naquilo de seu maior interesse. Se seu sonho é poder ajudar à família, pense nos detalhes, na alegria que ficarão ao saber da notícia; na casa maravilhosa que dará aos pais, no tempo que terá disponível para viajar com a família ou custear a faculdade do irmão.<br />
O importante é direcionar o pensamento para algo positivo, leve e agradável. Quebrar a sequência de pensamentos rápidos e desconexos. Com o tempo você ficará craque e poderá pensar nisso ao dirigir ou retomar a narrativa na noite seguinte ao deitar-se.<br />
Parece bobo, infantil e simplista. E é! Mas nem tudo que funciona na vida precisa ser complexo e genial. Às vezes, basta substituir a dor pelo sonho, a ansiedade pelo prazer, o medo pela fantasia, que o sono vem.<br />
Tente!<br />
Boa noite!<div class="blogger-post-footer"><hr 'style: color blue' />
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Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.</div>Alexandre Schuberthttp://www.blogger.com/profile/08984430752233947303noreply@blogger.com9